China Cria Novos Foguetes de Combustível Sólido Para Ampliar Potência Espacial, Enquanto no Brasil o Governo Permanece Inoperante

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Por Duda Falcão
 
Segue abaixo uma interessante notícia publicada dia (18/03) no site “Canaltech”, destacando que a China está criando novos ‘Foguetes de Combustível Sólido’ para ampliar sua Potência Espacial.
 

Pois é caros amigos leitores e leitoras do BS, está é mais uma prova de que a China não está pra brincadeira no espaço, e de que quando se há seriedade, boa gestão, dinamismo e comprometimento, a trajetória para sucesso tornar-se muito mais fácil.
 
Recordo-me que quando eu era associado do saudoso NSI (National Space Institute, um instituto criado em 1975 pelo Dr. Wernher von Braun para ajudar a manter o apoio do público ao programa espacial dos Estados Unidos, e que em 1987 fundiu-se com a ‘Sociedade L5’ fundada por fãs do trabalho de Colonização e Industrialização Espacial do Dr. Gerard K. O'Neill, para assim se tornar a atual National Space Society) em meados da década de 80 do século passado, recebia em casa mensalmente a não menos saudosa revista ‘Space World’ que era editada pelo NSI. Pois então, já naquela época seus editores sinalizavam que em pouco mais de duas décadas o Programa Espacial Chinês se tornaria um grande concorrente para as atividades espaciais de americanos e russos, e hoje os russos já foram colocados no bolso pelos chineses e os americanos, bom, eles que abram os olhos.
 
A saudosa revista 'Space World' editada pelo National Space Institute (NSI)
 
Pois então, enquanto isso no nosso pífio universo de nosso Programa Espacial governamental, o ignorante e estúpido governo brasileiro teima em não enxergar o que está acontecendo mundo afora, e assim continua não dando a importância devida ao setor espacial do país, quando deixa de fazer a parte que lhe compete, ou seja, o de estabelecer um universo político, de cobrança por resultados, de estabelecimento de metas e desafios, orçamentário, legislativo adequado e de gestão propício para o desenvolvimento espacial do setor, permitindo assim que oportunistas de plantão se aproveitem e se beneficie das brechas de todas as ordens escancaradas pela baderna que se tornou as atividades espaciais do país.
 
Enfim... quem me acompanha pelo BS sabe que desde 2016 eu venho dizendo que, se não houvesse uma mudança de atitude e de postura do Governo, nada mudaria, pois então, estava eu enganado????
 
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China Cria Novos Foguetes de Combustível Sólido Para Ampliar Potência Espacial
 
Por Wyllian Torres
Editado por Patrícia Gnipper
18 de Março de 2022 às 17h10
Fonte: Via SpaceNews 
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br 
 
Diversas empresas estatais da China estão trabalhando para construir uma série de foguetes de combustível sólido para atender à crescente demanda do país — e, assim, estabelecer sua potência espacial completa. O primeiro desses veículos, chamado Jielong-3, está previsto para ser lançado em setembro deste ano. 
 
Também conhecido como Smart Dragon-3, o Jielong-3 será lançado tanto da terra quanto do mar — inclusive, a China desenvolveu novas instalações para lançamentos marítimos. O objetivo é reduzir a sobrecarga de demandas dos principais espaçoportos do país e flexibilizar os lançamentos. 
 
(Imagem: Reprodução/CASC) 
Atualmente, o Long March 11 é o principal e mais poderoso foguete de combustível sólido da China.

O novo foguete de combustível sólido é desenvolvido pela Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento (CALT), subordinada à China Aerospace Science and Technology Corp. (CASC) — principal fabricante de espaçonaves chinesas —, e é o mais recente de um linha de foguetes de potência parecida. 
 
Enquanto os foguetes de carga leve se concentram em lançamentos mais ágeis a partir de diversos espaçoportos, os de carga pesada forneceriam opções capazes de implementar estruturas como estação espaciais, constelação de satélites e até mesmo a alcançar o espaço profundo. 
 
O Jielong-3 terá capacidade de enviar até 1.500 kg de carga útil para uma órbita síncrona do Sol a 500 km de altitude. Os foguetes da série Smart Dragon, são conduzidos pela filial da CALT, a China Rocket. O menor deles, o Smart Dragon-1, foi lançado uma única vez em agosto de 2019. 
 
Ampliando as Opções de Foguetes na China 
 
A CAS Space, empresa desmembrada da Academia Chinesa de Ciências (CAS), também trabalha em foguetes de combustível sólido. Em novembro do ano passado, um teste em solo foi realizado com o foguete de quatro estágios ZK-1A, cujo primeiro lançamento deve acontecer em breve. 
 
(Imagem: Reprodução/CMSA) 
A China almeja estabelecer sua potência espacial completa, dos menores foguetes ao espaço profundo.

Ele também terá capacidade de transportar até 1.500 kg de carga útil para o mesmo tipo de órbita do Jielong-3. Em 2021, o módulo maior da empresa, o ZK-2, estava programado para voar até o final desse ano, podendo lançar até 3.550 kg em uma órbita síncrona do Sol a 700 km de altitude. 
 
Todos esses modelos superam a capacidade de envio do Long March 11, o principal e mais potente foguete de combustível sólida da China. Enquanto isso, a estatal CASIC, um “irmã” da CASC, desenvolve a série de foguetes Kuaizhou — o Kuaizhou-1A já decolou 14 vezes. 
 
O maior da série, chamado Kuaizhou-31, lançará até 70 mil kg apara a órbita terrestre baixa — cerca de três vezes a capacidade do maior foguete da China, o Long March 5B. A CASIC planeja estabelecer uma constelação de 80 satélites de banda estreita que será operada pela filial Leobit. 
 
Para este ano, a CASC almeja realizar mais de 50 lançamentos, mas apenas alguns devem utilizar o Long March 11 e o Jielong-3. A China também trabalha para testar um novo Long March 6A, que testará pela primeira vez a combinação de combustíveis sólido e líquido.

Comentários

  1. Semana passada mandei mensagens ao ministro Marcos Pontes e à AEB cobrando um cronograma de lançamento do VS-50.

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    1. Olá Diego!

      Parabéns pela iniciativa, é de ações efetivas como essa que esperamos da Sociedade Civil, porém tenho que lhe sincero, duvido que sua cobrança seja levada em conta, infelizmente. Quiçá a maioria do povo brasileiro tivesse ações como a sua, aí sim, a possibilidade de ser ouvida ou pelo menos levada em conta seria bem maior. Abs

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