Brasil Filia-se ao Maior Centro de Pesquisas Científicas do Mundo, Após 12 Anos de Processo
Olá leitores! Olá leitoras!
Por Duda Falcão
Segue abaixo uma interessante notícia postada dia (02/03) no
site ‘Olhar Digital’ destacando que após
12 anos de indecisão e de falta de compromisso, finalmente o Brasil filiou-se
ao Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN, na sigla em francês), o maior laboratório
de física do mundo.
Pois é amigos leitores, esse desejo da Comunidade de Física
Brasileira levou 12 anos para (ao que parece agora) se tornar uma realidade,
graças a governos sem compromisso e sem responsabilidade nenhuma com a ciência do
país, e caso realmente se concretize, só temos aqui a parabenizar o Ministro
Marcos Pontes pela iniciativa, afinal um dos lemas do BS desde a sua criação foi
sempre dar a ‘César o que é de César’.
Afinal amigos, como eu e o Prof. Rui Botelho colocamos bem
claro na ‘Coluna Espacial Semanal’ de ontem à noite (veja aqui), não temos nada de pessoal
contra o Ministro Marcos Pontes (muito pelo contrario) e sim contra a sua
gestão no setor espacial (setor que nos cabe analisar e divulgar) bem aquém do
que se esperava dele e bem longe do que o mesmo vive a propagar para Sociedade
Brasileira fantasiosamente.
É claro que não somos ingênuos a tal ponto de achar que
essa iniciativa do Ministro Pontes não tenha uma motivação política aliada a proximidade
do fim de sua gestão no MCTI e a sua eventual candidatura para Deputado
Federal, mas, independentemente disso amigos leitores, esse acordo é muito importante
para a Ciência Brasileira como um todo, ai também incluindo as atividades e
pesquisas espaciais do país, sem contudo esquecermos que, mais uma vez, ele
apenas dará sequencia a algo que já existia, e que, da mesma forma como na
questão da Base de Alcântara e de outros imbróglios, se arrastava sem solução por
anos.
Ciência e Espaço
Brasil Filia-se ao Maior Centro de Pesquisas
Científicas do Mundo, Após 12 Anos de Processo
Por Flavia Correia
Editado por Rafael Rigues
02/03/2022 - 21h50
Atualizada em 03/03/2022 - 12h01
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Foram longos 12 anos de negociações até a concretização
da adesão do Brasil ao Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN, na sigla em
francês), reconhecidamente o maior laboratório de física do mundo.
Agora, o processo de filiação está na dependência da
aprovação do Congresso Nacional, principalmente em termos financeiros, já que é
estimado que o Brasil terá de pagar US$ 10 milhões (R$ 51 milhões, na cotação
atual) anualmente para manter sua participação. No entanto, o Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) afirma que o orçamento da pasta já reservou os
recursos necessários para que a contribuição anual do país seja cumprida.
Imagem: olrat / Shutterstock
As coisas estão tão
encaminhadas que o ministro Marcos Pontes já está em Genebra para assinar o
termo de adesão, em cerimônia oficial a ser realizada nesta quinta-feira (3).
“Esse acordo é uma espera de
doze anos da comunidade científica e também do setor produtivo do Brasil”,
declarou o ministro em entrevista ao UOL. Segundo ele, o acordo permitirá maior
intercâmbio de pesquisadores e o envolvimento de entidades brasileiras em
projetos internacionais.
De acordo com Pontes, a
filiação também trará resultados para o setor produtivo, já que empresas
poderão fornecer equipamentos para a expansão e manutenção das instalações do CERN.
Em relação ao alto valor da contribuição anual, o ministro afirma que o
investimento será recuperado pela venda de produtos das empresas nacionais no
mercado global.
Imagem: Marcos Pontes –
Instagram
O ministro da Ciência,
Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, está em Genebra para assinar o contrato
de adesão do Brasil ao CERN. |
O ministro da Ciência,
Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, está em Genebra para assinar o contrato
de adesão do Brasil ao CERN.
O Que Falta Para o Brasil
Finalmente Ser Membro do CERN
Após a assinatura, começa a
correr o prazo de um ano para a ratificação do compromisso pelo Congresso
Nacional. Só depois disso é que o acordo entrará em vigor.
O
processo começou a ser delineado em 2010, ganhando fôlego no ano seguinte, sob
o governo Dilma Rousseff. Na época, diplomatas brasileiros começaram a mediar a
assinatura de uma carta de intenções entre o Ministério da Ciência e Tecnologia
e o CERN, entidade que entrou para a história com a abertura da rede mundial de
computadores, a internet, para domínio público, em 1993, e com a construção
do maior acelerador de partículas do mundo.
Em
2012, o então ministro da Ciência, Aloizio Mercadante, chegou a visitar Genebra
e prometeu acelerar o processo. Naquele mesmo ano, o CERN enviou uma comitiva
para avaliar a situação do Brasil, e o resultado foi positivo.
No entanto, em 2013, houve
certos ruídos na comunicação do CERN com o governo, e a cúpula do laboratório
mostrou-se bastante insatisfeita com a lentidão no processo.
O cientista Rolf Heuer, diretor
do CERN da época, chegou a ser irônico diante de uma pergunta sobre a falta de
retorno do governo brasileiro. “Você sabe o que é um buraco negro? É
incompreensível a demora do Brasil”.
A crise foi contornada, e o
Brasil chegou a enviar a documentação exigida pelo CERN, que anunciou que o
país atendia aos critérios de filiação. Assim, o Conselho Executivo do
laboratório suíço deu autorização para que um tratado de adesão fosse executado
entre a entidade e Brasília. Embora o contrato tenha sido enviado ao Brasil,
com previsão de assinatura em 2014, isso nunca aconteceu.
Pesquisadores Brasileiros Já
Participam de Estudos do CERN de Forma Independente
Caso as negociações finalmente
se concretizem após a assinatura do tratado pelo ministro Marcos Pontes e a
aprovação do Congresso, isso abrirá caminho para licitações milionárias e
formação de centenas de cientistas, além de permitir a participação ativa do
Brasil em alguns dos maiores projetos científicos do mundo. Além disso, nós
poderemos fazer parte do Conselho Administrativo da entidade, ainda que sem
poder de voto.
Alguns pesquisadores
brasileiros já participam ativamente de muitos dos projetos do CERN, como o
próprio acelerador de partículas. No entanto, isso ainda se dá de forma
individual ou por meio de convênios institucionais.
Caso realmente se torne membro
associado, o Brasil poderá concorrer a posições como funcionários e
pesquisadores e empresas brasileiras poderão participar de forma regular das
licitações do CERN, para fornecer tanto serviços quanto materiais.
Resta agora ficar na torcida
para que a assinatura do acordo não fique apenas nisso mesmo, e que as
tratativas finalmente sejam concluídas.
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