Greve e Negociação Garantem Concurso em 2014 Para 71 Vagas no CPTEC
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado no site do “Jornal do
SindCT” de Fevereiro de 2014, jornal esse editado
pelo “Sindicato dos Servidores Públicos Federais na Área de C&T
(SindCT)” dando destaque ao imbróglio do Concurso do CPTEC.
Duda Falcão
Nosso Trabalho 2
Nosso Trabalho 2
Greve e Negociação Garantem Concurso
em 2014 Para 71 Vagas
no CPTEC
Shirley Marciano
Jornal do SindCT
Fevereiro de 2014
A direção do INPE anunciou que seria confirmada até 28 de fevereiro a realização de
concurso público para preenchimento de vagas de servidor público, em
substituição aos servidores temporários contratados, em 2010, num processo
seletivo simplificado marcado por irregularidades, conforme sentença expedida
pela Justiça Federal, que acolheu ação do Ministério Público Federal (MPF) e
declarou nulas 111 das 126 contratações temporárias em questão. O novo concurso
previsto para 2014 é resultado de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC),
assinado em 27 de novembro pelo MPF, pela Advocacia Geral da União em São Paulo
e pelo INPE.
O
TAC objetiva regularizar as ilegalidades apontadas na sentença judicial e
estende até fevereiro de 2015 a extinção completa do quadro de temporários,
buscando, assim, evitar que se prejudique a continuidade dos importantes
serviços prestados pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos
(CPTEC-INPE).
No
dia 27 de agosto de 2013, o INPE foi sentenciado pela Justiça Federal a anular
as contratações temporárias em 45 dias. A ação do MPF também menciona um
possível favorecimento à Fundação de Ciências Aplicadas e Tecnologias Espaciais
(FUNCATE), por constar em edital “experiência profissional específica”,
critério que privilegia os funcionários dessa entidade privada.
Surgiu
um impasse, pois a demissão dos temporários comprometeria serviços essenciais:
previsão do tempo, monitoramento das queimadas e desmatamentos, alertas de
desastres naturais e a manutenção do supercomputador Tupã. Diante dessa
situação, o SindCT, mesmo não sendo representante legal desses trabalhadores,
tomou posição contra as demissões e foi à porta de CPTEC conversar com os
terceirizados, para juntos buscarem uma solução.
“O
objetivo era primar pelo diálogo e, sobretudo, assegurar que não fosse colocado
em risco este órgão tão importante para o país. O bom desfecho ocorreu pela
união de todos os esforços”, esclarece Ivanil Elisiário, presidente do SindCT.
Assim,
no dia 4 de outubro, os funcionários deliberaram por uma greve por tempo
indeterminado, com o objetivo de sensibilizar a direção do INPE a encontrar um
meio de resolver a questão.
Em
reunião com o diretor do instituto, Leonel Perondi, ele se comprometeu a buscar
soluções nos ministérios de Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e
Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), e os funcionários decidiram suspender
a paralisação, em 7 de outubro. Dessa forma, em 12 de outubro, a Justiça
Federal prorrogou o prazo, atendendo a uma solicitação do MPOG, por meio de um
TAC.
Foi
definido o seguinte cronograma: “publicação da autorização de concurso público
de provas e títulos até 28/2/2014, publicação do edital até 30/4/2014, nomeação
dos candidatos até 15/2/2015, os quais substituirão todos os agentes
temporários irregularmente contratados”.
Perondi
explica que desde 2012, o INPE vinha promovendo a regularização do quadro de
servidores temporários, antecipando- se à publicação da sentença referente à
ação do MPF. No concurso público realizado em 2012, 40 vagas foram reservadas
para a substituição integral de todo o quadro de servidores temporários de
nível médio. Adicionalmente, foram extintos 15 contratos temporários, de modo
que, ao final de 2012, 55 dos 126 contratos temporários já contavam com
adequação legal, seja por substituição por servidores concursados, seja por
extinção de contratos.
Em
novembro de 2012, foi encaminhado aviso ministerial do MCTI ao MPOG (Aviso 225/
MCTI), solicitando vagas para a substituição do restante do quadro de
temporários por servidores concursados. O concurso realizado em 2012 vai
preencher 40 das 111 vagas questionadas. Assim, restarão 71 para o concurso de
2014, dos quais 52 para atuar na área de previsão do tempo. “Com diálogo e
negociação foi alcançado o objetivo final, que é garantir os importantes
serviços prestados pelo CPTEC-INPE, mas dentro das conformidades da Justiça”,
ressalta Perondi.
“Estou
aguardando que os prazos presentes no TAC sejam cumpridos, ou seja, que até
janeiro de 2015 o concurso tenha sido realizado, e os aprovados estejam
nomeados e empossados. É essa a minha expectativa. No momento estou estudando
para prestar o concurso”, comenta Giovanni Dolif, meteorologista do CPTEC.
Fonte: Jornal do SindCT -
Edição 28ª - Fevereiro de 2014
Sinceramente, eu não vejo isso com bons olhos. No final das contas, eles vão trocar seis por meia dúzia. O que adiantaria era trabalhar com pessoas contratadas por empresas do setor privado que dependessem de seu desempenho e de um critério de meritocracia para almejar promoções e maiores salários. Como funcionários públicos, eles vão se juntar aos demais e aguardar a aposentadoria diferenciada ganhando um belo salário sem esquentar a cabeça, pois vão ter a tal "garantia de emprego".
ResponderExcluirIsso pra mim não ajuda em nada. Me provem que um funcionário público com emprego garantido terá um desempenho melhor que um funcionário de empresa privada que precisa demonstrar sua competência a cada dia para manter o emprego que eu me calo.