Cooperação Espacial Entre os Países do BRICS
Olá leitor!
Ficou definindo no Primeiro Encontro de Ministros de Ciência, Tecnologia e
Inovação do BRICS (grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul), realizado no início desta semana na Cidade do Cabo, África do Sul, que a
Tecnologia Geoespacial e suas aplicações além da Astronomia serão duas das cinco
áreas temáticas em que o BRICS decidiu aprofundar a cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).
Além
destas, outras três áreas temáticas de trabalho foram definidas. Foram elas:
-
Alterações climáticas e mitigação de desastres naturais;
-
Recursos hídricos e de tratamento da poluição; e
-
Energias alternativas e renováveis.
Sendo que ao Brasil caberá
a liderança nos trabalhos em Alterações Climáticas e Mitigação de Desastres Naturais (área que tem interessado ao Brasil desde a criação do Centro
Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), a Índia caberá à liderança em Tecnologia Geoespacial
e suas aplicações, enquanto que a África do Sul liderará os esforços em Astronomia.
Vale ainda dizer que o documento final do encontro também faz referência genérica
à cooperação nos seguintes campos:
- Tecnologia espacial e
aeronáutica;
- Expressa a 'intenção de
enfrentar os desafios socioeconômicos globais e regionais comuns ao bloco;
- Gerar novos
conhecimentos e produtos inovadores, serviços e processos; e
- Promover parcerias com
outros atores estratégicos no mundo em desenvolvimento.
Duda Falcão
Duda Falcão
Foto: GCIS
Ministros aprovaram declaração na Africa do Sul. |
Fonte: Formulado com informações do Blog Panorama
Espacial e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Comentário: Sinceramente não acredito que surja projetos sérios
e significativos dessa iniciativa ou qualquer outra iniciativa que envolva a
cooperação espacial, ciências espaciais e de ciência e tecnologia enquanto estiverem
no poder esta corja de energúmenos que militam os bastidores políticos de nossa
obscura capital federal. Este é o clássico compromisso assinado por servidores
sem poder decisório que vale apenas como propaganda política, mas que não tem
qualquer chance de obter apoio daqueles que tem o poder de decisão, ou seja, a Presidência
da República e o MPOG. Veja o exemplo do projeto do satélite IBAS, iniciativa
lançada em 2010 no governo do humorista LULA pelo Brasil, Índia e a África do
Sul (Grupo de países que forma o IBAS) que até o momento não passou de uma simples
promessa. Uma verdadeira ducha fria para os Sul-Africanos que eram os maiores
interessados e que acreditavam no lançamento dos dois satélites previstos no
acordo em quatro anos. Uma pena, já que um programa de cooperação sério nessas
áreas entre os países do BRICS e do IBAS na minha opinião seria muito
interessante para o Brasil, mas isso exige seriedade e compromisso de um
governo que nunca tivemos em nosso país e que pelo andar da carruagem, jamais
teremos.
Mais uma daquelas "cartas de intenção". Como já sabemos que por aqui não há a menor intenção de fazer algo que preste, também sou cético. Também me parece puro marketing eleitoral.
ResponderExcluir