Estudante Será Homenageado Pelo Governo Mineiro

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada dia (11/09) no site do jornal mineiro “O Tempo” destacando que o jovem estudante mineiro Flávio Henrique de Vasconcelos Alves que estagiou na NASA no inicio do ano será homenageado hoje (12/09) pelo governador de Minas.

Duda Falcão

Universitário que Estagiou na

NASA Ganha Medalha de Honra

Estudante mineiro será homenageado

pelo governador em cerimônia amanhã

Tatiana Lagoa

O TEMPO

11/09/2010

CRISTIANO TRAD

Felicidade. Flávio Henrique de Vasconcelos Alves, 23: do Serro para a NASA, passando pela UFMG

Depois de fazer um estágio de dois meses na NASA (agência espacial norte-americana, no Estado do Texas), o estudante universitário mineiro Flávio Henrique de Vasconcelos Alves, 23, vai receber, amanhã, em Diamantina, a Medalha de Honra Presidente Juscelino Kubitschek, do governo do Estado. Apesar de estar muito feliz com o reconhecimento, essa não é, para ele, a maior alegria que teve depois que retornou para o Brasil. "Fui fazer uma palestra em uma escola da periferia de Belo Horizonte e vivi a maior emoção da minha vida. Nunca mais vou me esquecer da alegria daquelas crianças da terceira série por terem conversado com alguém que veio da NASA. Não há medalha que supere isso", conta.

Flávio era estudante do nono período de engenharia de controle e automação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) quando conseguiu o estágio no National Space Biomedical Research Institute (NSBRI), o instituto de pesquisas biomédicas da NASA. Lá, ele teve a oportunidade de desenvolver três projetos. Quando chegou aos EUA, trabalhou na área de metabolismo cerebral, para avaliar o nível de atividade do cérebro. Mas não fez muito sucesso nessa primeira tentativa. "Eles me disseram que o que o tinha descoberto eles já tinham desenvolvido há 50 anos", contou.

Já com os outros dois projetos, o estudante impressionou os norte-americanos. Um deles foi um programa capaz de avaliar as condições cardíacas dos astronautas antes e depois de irem ao espaço. No outro trabalho, considerado o mais relevante, ele criou um software de decodificação dos dados cardíacos. Com ele, o tempo necessário para se descobrir as condições do coração dos astronautas reduziu de 30 minutos para 1 minuto e 48 segundos. "Esses trabalhos são importantes porque uma das maiores dificuldades de se levar um astronauta ao espaço são as condições biológicas dele, que têm que ser monitoradas", disse.

Recompensa - Flávio voltou para o Brasil em fevereiro e agora vai ter o trabalho reconhecido ao receber, das mãos do governador Antonio Anastasia, uma medalha de honra. Para o jovem, ser homenageado em Diamantina, município próximo ao Serro, onde ele nasceu, torna o momento mais especial. "Fico muito feliz de saber que o meu esforço valeu à pena. E ser recebido na minha região me deixa mais satisfeito ainda", diz.

De acordo com a assessoria de comunicação do governador, aproximadamente 200 pessoas receberão a medalha por terem contribuído para o crescimento de instituições políticas e governamentais.

Histórico

Medalha JK - Foi criada pela lei nº 11.902 de 5 de setembro de 1995. A premiação acontece todo dia 12 de setembro, aniversário do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek.

Exigência - "Fracasso Não é Opção"

“Trabalhar na NASA é igual a namorar menina rica. Você nunca sabe o que vai dar porque ela já tem tudo”. Com essa analogia, o jovem Flávio Henrique de Vasconcelos Alves, 23, tenta explicar o grau de exigência a que foi submetido durante o período em que esteve na NASA.

Ele conta que essa “pressão” ficava bem clara todos os dias quando olhava para o próprio crachá. Nele estavam os dizeres: “O fracasso não é opção”.

“Fiquei impressionado em ver como as pessoas lá eram objetivas e como o trabalho tinha que ser perfeito. Uma coisa é se equivocar com algo na terra porque dá para corrigir. Outra coisa é no espaço. Erro não é admitido”, contou.

O jovem, que chegou na NASA com muito conhecimento de engenharia e pouco da área médica, teve que se especializar para conseguir dar conta do trabalho. Segundo ele, quando não estava executando projetos, estava lendo a pilha de artigos que indicaram para ele ler.

“Quando viram que eu não sabia muito de medicina, eles me deram várias coisas para eu ler. Passei várias madrugadas, incluindo Natal e Ano Novo estudando. Mas acho que valeu a pena ”, conta. (TL)

Fonte: Site do jornal O Tempo - 11/09/2010