Parte da Cauda de Cometa Verde Brilhante Que Se Aproxima da Terra é Perdida
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma matéria postada ontem (20/01) no
site ‘Olhar Digital’ destacando que
uma imagem capturada por um ‘Caçador de Cometas Europeu’ revela uma desconexão
na cauda de um impressionante Cometa Verde que está se
aproximando da Terra. Saibam mais pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
Cometa Verde Brilhante Perde Parte da Cauda a Caminho
da Terra
O cometa C/2022 E3 (ZTF), que vai passar próximo à Terra
no mês que vem, foi atingido pelo vento solar e perdeu parte da cauda
Por Flavia Correia
20/01/2023 - 12h26
Atualizada em 20/01/2023 - 21h43
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Uma imagem capturada por um caçador de cometas europeu
revela uma desconexão na cauda de um cometa verde impressionante que está se
aproximando da Terra.
Crédito: Jose Francisco Hernández (APOD NASA 09/01/2022)
Foto do cometa C/2022 E3 (ZTF) que foi escolhida como Imagem Astronômica do Dia (APOD) pela NASA em 9 de janeiro de 2023. |
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, nos dias 1º e 2 de
fevereiro, o recém-descoberto cometa C/2022 E3 (ZTF) vai passar perto do nosso
planeta de forma tão brilhante que poderá ser visto a olho nu. Segundo os
astrônomos, a última vez que ele cruzou a órbita da Terra, ela era habitada
pelos neandertais, há 50 mil anos.
O objeto já vem sendo flagrado pelas lentes de diversos
telescópios amadores e profissionais do mundo todo – e, claro, a maioria dessas
imagens já está “pipocando” nas redes sociais.
Um desses registros, feito na terça-feira (17) pelo
astrofotógrafo Michael Jäger, da Áustria, mostra o que os astrônomos chamam de
evento de desconexão: um enfraquecimento na cauda do cometa que faz parecer que
ela está se rompendo.
Jäger precisou dirigir 800 km até a Baviera, na Alemanha,
para ter uma visão mais clara do céu noturno. “A viagem não foi em vão”, disse
ele em entrevista ao site Space.com, acrescentando que, quando se trata
de capturar imagens de cometas, um astrofotógrafo não pode perder tempo, pois
essas bolas geladas mudam rapidamente quando atingem as regiões mais quentes do
Sistema Solar interno.
Essa ruptura na cauda é provavelmente causada pelo clima
espacial turbulento, ou seja, o vento solar mais forte do que o habitual que
foi liberado durante uma recente ejeção de massa coronal (CME).
As CMEs são explosões de partículas altamente energéticas
da coroa do Sol, que viajam pelo Sistema Solar, interferindo nas atmosferas de
planetas e outros corpos.
“Um pedaço da cauda do cometa ZTF foi arrancado e está
sendo levado pelo vento solar”, diz uma publicação na plataforma SpaceWeather.com. “As CMEs que atingem cometas podem
causar reconexão magnética nas caudas, às vezes arrancando-as inteiramente”.
A cauda de um cometa é feita de material vaporizado e
poeira liberada pelo corpo gelado à medida que aquece ao chegar mais perto do
Sol. Enquanto o cometa em si geralmente não tem mais do que alguns quilômetros
de largura, a cauda pode se estender por centenas de milhares de quilômetros
através do Sistema Solar interno, proporcionando um espetáculo celestial que
leva astrônomos e astrofotógrafos à loucura.
Cometa Pode Ser Atingido Novamente
Atualmente, existem oito manchas solares ativas voltadas
para a Terra, de acordo com o Met Office, serviço de meteorologia espacial do
Reino Unido. Isso quer dizer que, além das CMEs que já atingiram o cometa
C/2022 E3 (ZTF), outras estão por vir.
O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está
atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número se refere
aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.
No auge dos ciclos solares, o Sol tem uma série de
manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia. À medida
que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar”
e gerar rajadas de energia.
De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas
do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela. Os
clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras estabelecido
pela NOAA – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas
liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do último.
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