Equipe Internacional de Pesquisadores Identifica 'Molécula Orgânica' em 'Nuvem Molecular' Usando o 'Telecópio Espacial James Webb'
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então amigos, segue abaixo uma notícia postada ontem
(23/01),
no site “Canaltech”, destacando que
segundo uma equipe internacional de pesquisadores,
o ‘Telescópio Espacial James Webb’ identificou ‘Molécula Orgânica’ em Nuvem Molecular. Saibam mais dessa
história pela matéria abaixo.
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Telescópio James Webb Identifica Molécula Orgânica em
Nuvem Molecular
Por Danielle
Cassita
Editado por
Luciana Zaramela
23 de Janeiro de
2023 às 16h56
Fonte: Nature
Astronomy; Via: Webb
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA, ESA, CSA, and M. Zamani (ESA/Webb)
Uma equipe internacional de pesquisadores anunciou a
descoberta de diferentes compostos congelados nas regiões mais escuras e frias
em uma região da nuvem molecular Camaleão I, uma grande nuvem de gás e poeira
formando estrelas a 500 anos-luz da Terra. Os resultados vêm de observações do telescópio
James Webb, e vão ajudar os astrônomos a estudar as moléculas congeladas
simples que, um dia, serão incorporadas a exoplanetas.
Além de compostos congelados simples, como a água, eles
descobriram moléculas variadas (como o sulfeto de carbonila, amônia e metano),
e até moléculas orgânicas complexas, porém a mais simples delas, como o
metanol. Apesar de esta descrição soar contraditória, vale lembrar as moléculas
orgânicas do meio interestelar são consideradas complexas quando têm pelo menos
seis átomos, como é o caso do metanol.
A “receita” para criar um planeta habitável inclui compostos
congelados como principais ingredientes, já que eles podem conter alguns
elementos leves, como o carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e enxofre (ou
apenas “CHONS”, na sigla em inglês). Eles são importantes para a formação de
atmosferas planetárias e moléculas como aminoácidos
simples.
(Imagem: Reprodução/Caltech)
O levantamento é o mais abrangente já realizado com foco
em ingredientes congelados, disponíveis para a formação de novas gerações de
estrelas e planetas antes de serem aquecidos por estrelas jovens. Conforme são
agrupados em discos protoplanetários ao redor das estrelas, eles vão formar estruturas
de tamanho crescente, permitindo estudos destes materiais que, um dia, podem
formar novos
exoplanetas.
Além daqueles compostos, a equipe encontrou ainda
evidências de moléculas prebióticas mais complexas que o metanol nas nuvens
densas e com materiais congelados. A descoberta é importante porque prova, pela
primeira vez, que as moléculas complexas são formadas no interior de nuvens
moleculares congeladas antes mesmo de as estrelas nascerem.
Will Rocha, astrônomo que contribuiu para as descobertas,
explica que a identificação das moléculas orgânicas como metanol e,
potencialmente, etanol, sugerem que os vários sistemas de estrelas e planetas
em desenvolvimento ali vão herdar as moléculas com desenvolvimento químico
relativamente avançado. “Isso pode significar que a presença de moléculas
prebióticas em sistemas planetários é um resultado comum da formação estelar,
ao invés de ser uma característica única do Sistema
Solar”, acrescentou.
(Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, and M. Zamani
(ESA/Webb); F. Sun (Steward Observatory), Z. Smith (Open University), and the
Ice Age ERS Team)
Ao detectar sulfeto de carbonila congelado contendo
enxofre, os pesquisadores estimaram, também pela primeira vez, a quantidade de
enxofre nos grãos de poeira pré-estelares congelados. Eles descobriram que a
quantidade de é maior do que aquela já observada, mas ainda é menor do que o
total que esperavam encontrar — e as proporções também se aplicam para os
demais elementos CHONS.
Agora, eles planejam investigar se os elementos estão escondidos em gelo, matéria mais leve ou em rochas. “O fato de que
ainda não vimos todos os CHONS que esperávamos pode indicar que eles estão
presos em materiais mais rochosos ou suaves que não conseguimos medir”, sugeriu
Melissa McClure, investigadora principal do programa de observação.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na
revista Nature Astronomy.
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