Equipe Internacional de Astrônomos Liderada pela Universidade de Exeter Descobre Possível Exoplaneta Com Fusão Nuclear em Seu Núcleo
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (13/01)
no site ‘Inovação Tecnológica’, destacando
que uma grande equipe internacional de
astrônomos, liderada pelo Prof.
Sasha Hinkley, da Universidade de
Exeter, no Reino Unido, descobriu um novo exoplaneta, chamado HD206893c, que parece está apresentando
sinais de fusão nuclear em seu núcleo.
Saibam mais sobre essa notícia pela matéria abaixo.
Brazilian Space
ESPAÇO
Descoberto Um Exoplaneta Com Fusão Nuclear em Seu Núcleo
Redação do Site Inovação Tecnológica
13/01/2023
Fonte: Website Inovação tecnológica - https://www.inovacaotecnologica.com.br
[Imagem: S. Hinkley et al. -
10.48550/arXiv.2208.04867]
O exoplaneta foi descoberto pelo telescópio GAIA usando uma técnica inusitada, que consiste em medir movimentos muito sutis de uma estrela. |
Planeta Com Fusão Nuclear
A fronteira
que estabelece uma divisão entre o que é uma estrela e o que é um planeta é
bem mais difusa do que parece.
Além das relativamente bem conhecidas anãs
marrons, hoje já encontramos várias estrelas
tão frias quanto planetas - há até uma estrela
tão fria quanto o Polo Norte da Terra - e também alguns superplanetas
muito parecidos com estrelas.
O conceito típico de estrela é um corpo celeste com massa
- e, por decorrência, gravidade - grande o suficiente para manter um processo
sustentado de fusão nuclear, que faz com que o corpo celeste seja responsável
por sua própria emissão de energia.
Agora, contudo, o professor Sasha Hinkley, da
Universidade de Exeter, no Reino Unido, liderou uma grande equipe internacional
de astrônomos que chegou a uma conclusão inusitada ao observar um novo
exoplaneta, chamado HD206893c, orbitando sua estrela a cerca de 480 milhões
quilômetros e com uma massa maior que a de Júpiter.
Segundo a interpretação da equipe, o exoplaneta está
apresentando sinais de fusão nuclear em seu núcleo.
Fronteira Entre Superplanetas e Estrelas
[Imagem: S. Hinkley et al. -
10.48550/arXiv.2208.04867]
Os pesquisadores confirmaram a existência do exoplaneta
usando o instrumento
Gravity, montado no VLT, no Chile, que funciona usando interferometria
óptica para sincronizar os quatro telescópios principais do Observatório
Europeu do Sul para que eles funcionem como um telescópio muito maior.
Essa técnica permite medir a posição do planeta em sua
órbita com extrema precisão, bem como medir o espectro de luz sendo emitido
pelo planeta - o que, de quebra, permite caracterizar sua atmosfera.
Foi esta análise que revelou que o planeta apresenta
claramente um "brilho" próprio. E, concluiu a equipe, isto só pode se
dever à fusão nuclear pela queima de deutério, ou hidrogênio pesado, em seu
núcleo.
"O que distingue um planeta gigante extrassolar de
uma anã marrom ainda é uma questão de debate. A definição atual da União
Astronômica Internacional para um planeta é um objeto que está abaixo da massa necessária
para a fusão termonuclear do deutério, que atualmente acreditamos ocorrer a 13
massas de Júpiter. A identificação de objetos próximos a esse limite de massa
esclarecerá quão clara é a fronteira entre planetas massivos e anãs marrons.
"No entanto, o que qualifica um objeto como um
exoplaneta pode estar mais relacionado ao seu mecanismo de formação do que
apenas à sua massa. Sistemas exoplanetários híbridos, contendo tanto uma anã
marrom quanto um exoplaneta, que presumivelmente se formaram ao mesmo tempo a
partir do mesmo disco protoplanetário, são, portanto, sistemas ideais para
estudar diferentes caminhos de formação possíveis usando diagnósticos como
proporções atômicas atmosféricas," escreveu a equipe.
Bibliografia:
Artigo: irect
Discovery of the Inner Exoplanet in the HD206893 System
Autores: S.
Hinkley et al.
Revista:
Astronomy & Astrophysics
DOI:
10.48550/arXiv.2208.04867
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