Inspetora-Geral da NASA Cobra a Agência Por Uma Melhor Coordenação Com os Países Que Assinaram o 'Programa Artemis'

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma notícia postada dia (18/01) no site ‘Gizmodo Brasil’ destacando que a inspetora-geral da NASA, Karen Feldstein, publicou na última terça-feira (17) um relatório criticando a agência espacial dos EUA por não ter feito um bom trabalho na coordenação das suas várias parcerias internacionais do ‘Programa Artemis’. Saibam mais pela matéria abaixo.
 
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NASA é Cobrada Para Dividir Custos da Artemis Com Brasil e Outros Países
 
Por Hemerson Brandão
Publicado em 18 de janeiro de 2023 - 20:10
Atualizado em 18 de janeiro de 2023 - 20:48
Fonte: Site Gizmodo Brasil - https://gizmodo.uol.com.br
 
Imagem: NASA/Divulgação

A inspetora-geral da NASA, Karen Feldstein, publicou um relatório em que critica a agência espacial dos EUA por não ter feito um bom trabalho ao coordenar as suas várias parcerias internacionais durante o desenvolvimento do programa Artemis.
 
O documento, publicado na última terça-feira (17), diz que a NASA fechou acordos sem seguir uma “estratégia abrangente” ou “abordagem coordenada”. Isso acabou criando “confusão” em seus parceiros internacionais sobre como eles podem contribuir para as missões lunares.
 
Atualmente, 23 nações assinaram os Acordos de Artemis, da NASA, incluindo o Brasil. Esses acordos possuem uma série de princípios e práticas para a exploração espacial de forma sustentável, além de abrir brecha para que a indústria de cada país possa desenvolver novas tecnologias para ser usada ao longo do programa.
 
Até outubro do ano passado, haviam sido assinados 54 acordos de cooperação na exploração lunar entre a NASA e outras agências espaciais ao redor do mundo. Deste total, 23 deles estavam concentrados na ESA (Agência Espacial Europeia) e JAXA (Agência Japonesa de Exploração Espacial), e o restante com outros 14 países.
 
Quanto ao Brasil, é destacado no relatório que a NASA assinou um acordo com a AEB (Agência Espacial Brasileira) em que expressa um desejo mútuo de desenvolver atividades cooperativas na superfície lunar. Porém, o documento não detalha essa participação brasileira, muito menos uma data prevista para que ela ocorra.
 
O “puxão de orelha” na NASA é compreensível, uma vez que a agência pretende gastar US$ 93 bilhões de dólares para levar novamente humanos à Lua, até o ano de 2025. A ideia é que esse montante seja melhor distribuído, com os países tendo maior participação e, claro, ajudando a pagar a conta.
 
O relatório levantou dados em que aponta que outros projetos da NASA que contam com contribuições internacionais tiveram menor crescimento de custos do que aqueles sem tais parcerias. Trocando em miúdos, os EUA conseguiriam economizar mais no retorno à Lua, se a NASA estivesse mais aberta para uma maior participação de outros países.
 
A projeção atual é que apenas 6% dos custos das três primeiras missões Artemis serão pagos por parceiros internacionais. Na ISS (Estação Espacial Internacional), por exemplo, os países parceiros pagam cerca de 25% dos custos para poder utilizar o segmento americano do laboratório orbital. 
 
A NASA Não é 100% Culpada 
 
Por outro lado, o documento reconhece que as normas de controle de importações/exportações dos Estados Unidos limitam a atuação na NASA junto com os seus parceiros internacionais. Um exemplo é que os regulamentos dificultam a participação de astronautas de outros países em projetos ligados ao programa Artemis, a menos que eles sejam formalmente designados para uma determinada missão.
 
Para exemplificar esta questão, o documento aponta que, apesar de prevista uma importante participação do Japão na construção da futura Estação Espacial Gateway, a JAXA ainda não pôde enviar um astronauta japonês para os EUA para iniciar o seu treinamento para futuras missões.
 
Há também problemas com legislações norte-americanas confusas e conflitantes entre si.
 
No caso do Módulo de Serviço – usado durante a missão Artemis 1 –, ele foi desenvolvido pela ESA, com o equipamento sendo regido pelos regulamentos de exportação do Departamento de Comércio dos EUA. Porém, quando o mesmo módulo é conectado ao adaptador que o liga à espaçonave Orion, ele passa a ser supervisionado pelo Regulamento Internacional de Tráfego de Armas (ITAR), através do Departamento de Estado.
 
O relatório apontou 10 recomendações de melhorias que podem ajudar a NASA a expandir a colaboração com os outros países, com a agência acatando todas elas. A única exceção é a recomendação que pedia “uma análise detalhada de lacunas e estimativa de custo” para missões além da Artemis 4, pois a NASA alegou ser difícil estimar um custo em um programa que terá duração de “várias décadas”.
 
Segundo apontou o site especializado SpaceNews, o programa Artemis tem o potencial de se tornar a maior coalizão de parceiros internacionais focada em exploração espacial da história.

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