'Inmet' do Brasil Sinaliza a NASA e a Empresa Obayashi Seu Interesse em Participar do Projeto do 'Elevador Espacial'
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma curiosíssima matéria postada ontem (08/01)
no site da ‘Agência Brasil’, destacando
que o Instituto Nacional de Meteorologia
(Inmet) do Brasil enviou a NASA e à empresa japonesa Obayashi, um pedido para participar do controverso
projeto do tal Elevador Espacial.
Saibam mais sobre essa proposta do Inmet pelo matéria abaixo.
Bom leitor, não sou de ficar em cima do muro, e assim sinceramente
não acredito no êxito deste projeto, mas a tecnologia espacial vem nos impressionando
dia-a-dia com resultados que poderiam muito bem passar por ficção científica,
portanto, vamos aguardar. Bom, pelo menos vocês mais jovens poderão fazer isso, pois esse que vos fala
certamente não chegará à 2045. Já quanto ao terrível erro crasso do
autor do texto (pintado de
vermelho), deem o desconto, pois infelizmente a nossa impressa em sua
maioria é muito ignorante sobre o tema
espacial entre outras coisas.
Agora quanto à participação do Inmet, a iniciativa me parece positiva se conduzida com seriedade, mesmo
que este projeto não venha dá certo, pois de qualquer forma estaria envolvendo outro
órgão governamental, ampliando assim o interesse dentro do governo por
atividades espaciais. Porém amigos e amigas do BS duvido muito que esta iniciativa venha passar da intenção, já
que os interesses do atual governo estarão direcionados para outros rumos.
Enfim...
Brazilian Space
GERAL
Inmet Quer Participar de Projeto Para Construção de
Elevador Espacial
Pedido foi encaminhado à NASA e a empresa japonesa
Por Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil – Brasília
Edição: Valéria Aguiar
Publicado em 08/01/2023 - 09:08
Fonte: Website da Agencia Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Áudio da matéria: https://tts-app.ebc.com.br/media/tts/196465.mp3
Uma ideia que, a princípio, parece absurda, a partir de
2045 poderá começar a se tornar realidade: a criação de um elevador espacial
que, aproveitando a força centrífuga da rotação da Terra, manterá esticado um
cabo de 100 mil quilômetros, de forma a viabilizar o primeiro elevador espacial
da História. Se tudo der certo, entre os colaboradores deste fantástico
empreendimento estará o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O pedido para participação no empreendimento já foi
apresentado pelo Inmet à agência espacial norte-americana (NASA) e à empresa
japonesa Obayashi. A China também desenvolve pesquisas visando o
desenvolvimento de uma estrutura desse tipo. Os estudos atuais abrangem
conceitos, construção, implantação e operação do elevador. Segundo o Inmet, um
projeto dessa magnitude possibilitaria, ao Brasil, “um grande salto” econômico,
social e tecnológico.
Vantagens
Entre as vantagens projetadas estão a redução do custo de
envio de cargas úteis para o espaço; a possibilidade de transporte diário e em
quantidade ilimitada de qualquer material ao espaço; a criação de novas
estações espaciais; lançamento de estruturas frágeis, como satélites de energia
solar para o fornecimento de energia limpa e renovável; pontos “insuperáveis”
de observação da Terra para aplicações militares e de inteligência; e avanços
nas áreas de telecomunicações, meteorologia e meio ambiente.
No caso específico da área de atuação do Inmet, além de
possibilitar o envio de novos satélites meteorológicos ao espaço (ampliando a
capacidade de monitoramento da atmosfera), o elevador espacial auxiliará na
cobertura de áreas remotas sobre oceanos e continentes, e favorecerá “de
maneira significativa”, o desenvolvimento da agricultura brasileira.
“Em resumo, o elevador será uma estrutura de transporte
permanente alternativo para o espaço com pegada de carbono zero, podendo
movimentar milhões de toneladas de carga com abordagem ambiental neutra, além
de permitir missões ambientais significativas que vão melhorar o meio ambiente
da Terra”, informou o Inmet.
Cabo
Para facilitar a compreensão dessa estrutura, basta
entender que o elevador espacial é uma espécie de teleférico vertical ligado a
um cabo sob tensão. Com a rotação da Terra, ele se manteria esticado em um
procedimento similar ao que se tem ao amarrar uma pedra em uma linha e girá-la.
“Os estudos mais avançados sobre o tema defendem a
instalação de uma estação base na superfície terrestre, onde o cabo ficaria
preso e se estenderia até 100
mil quilômetros (km) de altitude. Com isso, uma das pontas permaneceria
fixa à base, enquanto a outra continuaria flutuando no espaço presa a um
contrapeso, o que manteria o cabo sempre esticado ao seguir o movimento de
rotação do planeta. Isso porque as forças concorrentes da gravidade na
extremidade inferior e a aceleração centrífuga na extremidade mais distante
mantêm o cabo sob tensão e estacionário em uma única posição na Terra”,
explicou, em nota, o Inmet.
Segundo o instituto, a estação base, chamada de âncora,
ficará provavelmente instalada em alto mar, no Atlântico Sul, próximo à linha
do Equador, onde não há registros de tempestades e raios.
Estações
De acordo com os pesquisadores, os elevadores poderão, ao
longo do percurso de 100 mil km,
fazer “paradas estratégicas nas órbitas da Terra, onde, inclusive, deverão ser
instaladas estações espaciais com inúmeras finalidades”.
Foguetes e naves espaciais poderão ser lançados
aproveitando essa estrutura. Para suportar tamanho peso, o material a ser
utilizado será “altamente resistente e de baixíssima densidade”.
Um dos materiais indicados é o monocristal de grafeno
(composto por seis carbonos ligados infinitamente), também chamado de “folha de
grafeno”, que é cerca de 100 vezes mais forte do que o aço, sendo capaz de
suportar temperaturas extremas, ventos fortes, radiação e meteoritos.
De acordo com os estudos iniciais, o cabo poderá ser
escalado por “meios mecânicos (ascensores por tração) para a órbita da Terra
usando um sistema de feixe de energia a laser que atingirá os painéis
fotovoltaicos dos ascensores e energizará um motor elétrico”. A instalação do
elevador poderá ser feita em várias etapas e com a ajuda de grandes foguetes
convencionais e estruturas de espaçonaves.
“Na etapa inicial, o transporte de todo o cabo de 100 mil km seria feito até a
órbita terrestre baixa, onde os satélites estão abaixo de 2 mil km. Neste
ponto, a espaçonave seria montada e, em seguida, subiria com o cabo até a
órbita geossíncrona (35.800 km de altitude ou cerca de um quarto da distância
até a Lua). De lá, iniciaria o desdobramento de ambas extremidades do cabo até
a inferior atingir a superfície da Terra e a superior atingir a altura de 100
mil km. O contrapeso na ponta superior seria um conjunto formado pela
espaçonave e ascensores, que, posteriormente, reforçariam o cabo”, detalhou o
Inmet.
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