O 'Telescópio Espacial James Webb' Confirmou a Existência de Um 'Exoplaneta Rochoso' a 41 Anos-Luz da Terra
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então amigos, segue abaixo uma notícia postada ontem
(11/01), no site “Canaltech”,
destacando que o Telescópio James Webb confirmou a existência de um Exoplaneta Rochoso a 41 Anos-Luz da Terra. Saibam mais dessa
história pela matéria abaixo.
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Telescópio James Webb Confirma Exoplaneta Rochoso a 41
Anos-Luz
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
11 de Janeiro de 2023 às 16h20
Fonte: Webb
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte; NASA, ESA, CSA, L. Hustak (STScI)
Através de dados do telescópio James Webb, uma equipe de
pesquisadores liderada por Kevin Stevenson e Jacob Lustig-Yaeger, ambos da
Universidade Johns Hopkins, confirmou a presença de um novo exoplaneta (aqueles
que orbitam outras estrelas). Chamado “LHS 475 b”, o exoplaneta tem cerca de 99% do diâmetro da Terra e orbita uma estrela a apenas 41
anos-luz.
Após analisar dados do telescópio Transiting Exoplanet
Survey Satellite (TESS), que sugeriu a existência deste mundo, os pesquisadores
decidiram observá-lo com o telescópio James Webb. A decisão foi acertada: em
apenas duas observações de trânsito (quando o planeta passa entre a estrela e o
observador), o instrumento
NIRCam, que equipa o Webb, capturou o planeta com clareza.
(Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, L. Hustak (STScI)
Representação do exoplaneta LHS 475 b; ele leva apenas dois dias terrestres para orbitar sua estrela. |
O LHS 475 b leva apenas dois dias para orbitar sua
estrela. Apesar de estar mais próximo dela do que Mercúrio está do Sol, este
mundo orbita uma estrela anã vermelha com menos da metade da temperatura do
nosso astro. Assim, a equipe acredita que o planeta possa ter mantido sua atmosfera.
Como o Webb é capaz de revelar a característica das
atmosferas de exoplanetas do tamanho da Terra, os pesquisadores analisaram o
espectro de transmissão para tentar identificar os compostos atmosféricos por
lá. Apesar de os dados indicarem se tratar de um planeta do tamanho da Terra,
eles ainda não sabem ao certo se ele realmente é cercado por uma atmosfera.
Por outro lado, eles já conseguiram descartar alguns
tipos de atmosferas. “Ele não pode ter uma atmosfera espessa, dominada por
metano, como aquela da lua Titã, de Saturno”, observou Lustig-Yaeger. Existe a
possibilidade de que o planeta não tenha atmosfera ou, se tiver, ela talvez
seja composta por alguns gases específicos, como dióxido de carbono. Novas
observações são necessárias para descobrir as características atmosféricas do
planeta.
(Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, L. Hustak (STScI), K.
Stevenson, J. Lustig-Yaeger, E. May (Johns Hopkins University Applied Physics
Laboratory), G. Fu (Johns Hopkins University), and S. Moran (University of
Arizona)
O espectro de transmissão do exoplaneta LHS 475 b não revela quantidades detectáveis de elementos ou moléculas. |
“Estes primeiros resultados observacionais de um
exoplaneta rochoso, do tamanho da Terra, abrem a porta para muitas
possibilidades futuras de estudos de atmosferas planetárias de mundos rochosos
com o Webb”, acrescentou Mark Clampin, diretor da divisão de astrofísica na NASA. “O Webb está nos
deixando cada vez mais próximos de um novo entendimento de mundos próximos da
Terra fora do Sistema
Solar, e a missão está apenas começando”, finalizou.
Ainda, as descobertas representam também a oportunidade
de identificar exoplanetas do tamanho da Terra orbitando pequenas estrelas anãs
vermelhas. “Esta confirmação do exoplaneta rochoso destaca a precisão dos
instrumentos da missão, e é apenas a primeira de muitas descobertas que ele
fará”, afirmou Lustig-Yaeger. “Com este telescópio, os exoplanetas rochosos são
a nova fronteira”.
Os resultados foram apresentados durante uma coletiva de
imprensa da American Astronomical Society (AAS).
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