Nanonaves Flutuantes Vão Estudar Atmosfera de Marte e da Terra
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante notícia postada ontem (24/04)
no site “Inovação Tecnológica” destacando que Nanonaves Flutuantes no
futuro irão estudar Atmosfera de Marte e da Terra.
Duda Falcão
ESPAÇO
Nanonaves Flutuantes Vão Estudar Atmosfera de Marte e
da Terra
Redação do Site Inovação Tecnológica
24/04/2020
[Imagem: Penn/Bargatin Group]
Conceito das nanonaves corrugadas (esquerda) e foto dos
primeiros protótipos (direita).
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Nanonaves
Há indícios cada vez mais fortes de que as primeiras
espaçonaves interestelares humanas nem de perto lembrarão as gigantescas naves
tripuladas dos filmes: as primeiras nanonaves que rumarão às estrelas já estão em testes.
O conceito de "naves-cartões" - pequenas sondas
espaciais do tamanho de cartões de crédito - agora foi expandido para também
explorar a atmosfera dos planetas.
John Cortes e sua equipe da Universidade da Pensilvânia,
nos EUA, está pensando em começar por Marte,
mas o conceito tem potencial para aumentar o número de pontos de coleta de
dados em planetas e luas, barateando muito a exploração espacial, e também aqui
na Terra.
E essas nanonaves,
ou nanossondas espaciais - a equipe as chama de "nanopapelão" -,
poderiam ser levadas por naves minúsculas, ampliando o conceito dos nanossatélites
para a pesquisa interplanetária.
Naves de Papel Corrugado
As sondas realmente se parecem com pedaços de papelão
corrugado, consistindo em uma placa oca de óxido de alumínio com apenas alguns
nanômetros de espessura - a corrugação consiste em um padrão regular de canais
com paredes onduladas que dão resistência ao papelão, aumentando sua rigidez à
flexão e evitando a propagação de rasgos.
Por serem muito leves, as naves corrugadas levitam quando
uma luz forte é disparada contra sua superfície. À medida que um lado da placa
esquenta, o diferencial de temperatura faz com que o ar circule por sua
estrutura oca e saia pelos canais corrugados, dando-lhe um impulso suficiente
para tirá-la do chão e fazê-la voar pela atmosfera.
Apesar de não terem partes móveis, as nanonaves podem ser
dirigidas por meio de um laser, uma vez que a direção do ar que sai dos canais
depende de quais partes da placa são aquecidas. A equipe pretende explorar isso
projetando uma missão conjunta com um rover, um robô que liberaria as naves e
as guiaria, incluindo trazê-las de volta para juntar os dados e transmitir tudo
para a Terra
[Imagem: John Cortes et al. -
10.1002/adma.201906878]
Estrutura da nave corrugada (em cima) e banco de testes
em atmosfera rarefeita (embaixo).
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Explorando Marte e a Terra
Cortes testou o conceito em um ambiente que simula a
rarefeita atmosfera de Marte para ver o quanto de carga útil seria possível
colocar nas naves-cartões. Na verdade, o que se viu é que a atmosfera mais
rarefeita de Marte dá um impulso aos nanopapelões, permitindo que eles
carreguem cargas úteis dez vezes mais pesadas do que a própria nave. A
gravidade marciana mais fraca também promete melhorar ainda mais suas
capacidades, mas testes em gravidade controlada são mais difíceis de serem
feitos.
É claro que, mesmo no ambiente ideal da atmosfera
marciana, os pequenos cartões ainda se limitariam a levar sensores e cargas
úteis pesando no máximo alguns miligramas. Por isso a equipe já está entrando
em contato com outros pesquisadores que possam ajudá-los a miniaturizar
sensores químicos, capazes de detectar água ou metano, que são importantes
assinaturas da vida.
A equipe propõe também usar as nanonaves para coletar dados
científicos aqui na Terra.
"A mesosfera da Terra é bastante semelhante à
atmosfera marciana em termos de densidade, e atualmente não temos nada que voe
por lá, uma vez é ela muito baixa para os satélites espaciais, mas alta demais
para aviões e balões," disse o professor Igor Bargatin, coordenador da
equipe. "Em termos ideais, você também gostaria de ter alguns sensores lá.
Quanto mais conhecimento você tiver sobre o movimento da atmosfera nesse nível,
melhores previsões você poderá fazer sobre o tempo e o clima da Terra."
Bibliografia:
Artigo: Photophoretic Levitation of Macroscopic
Nanocardboard Plates
Autores: John Cortes, Christopher Stanczak, Mohsen Azadi, Maanav Narula, Samuel
M. Nicaise, Howard Hu, Igor Bargatin
Revista: Advanced Materials
DOI: 10.1002/adma.201906878
Fonte: Site Inovação Tecnológica - https://www.inovacaotecnologica.com.br
Comentário: Olha aí leitor, mais uma vez os americanos
inovando, realmente sensacional, e o buraco do nosso atraso se amplia a cada dia
de falta de atitude do Governo Bolsonaro no setor. E vale dizer leitor que nem o
COVID-19, nem a situação política conturbada de momento são desculpas Ministro Marcos Pontes, faça a parte que lhe cabe, afinal o senhor não trabalha sozinho, tem uma equipe para
isso, ou pelo menos deveria ter.
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