IAE Realiza Destruição de Materiais Explosivos Vencidos - Operação Fumaça II/2020

Olá leitor!

Segue abaixo a nota postada ontem (01/04) no site “Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)” destacando que o instituto realizou a destruição de materiais explosivos vencidos durante a “Operação Fumaça II/2020”, e entre as atividades desta operação foi realizada a queima de um Envelope Motor (EM) S31 carregado com propelente não curado.

Duda Falcão

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Destruição de Materiais Explosivos Vencidos – Operação Fumaça II/2020 

Por IAE
Última atualização em 01 Abril 2020

Fonte/imagens: Comissão de Destruição e Ensaio de Material Ativo

Comissão de Destruição e Ensaio de Material Ativo do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), designados pela Portaria IAE nº 04/GAB-SMB, de 18 de setembro de 2019, atendendo o Plano de Logística Sustentável (PLS/2019) do IAE e o Gerenciamento de Resíduos Sólidos do DCTA (ICA 12-22/2012) realizou no período de 11 a 28 de março 2020, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), o descarte de 5.2 ton (toneladas) de material ativo (resíduos de propelentes da produção da área espacial e explosivos vencidos de material bélico em desuso do COMAER).

A Comissão foi composta por militares do DCTA e IAE, bem como com o apoio de militares da BASP e EEAR, todos com competências/qualificações preconizadas pelo Manual de Segurança de Explosivos (MCA 135-2/2012) para atuação na destruição de explosivos nos três níveis de execução: curso de Explosive Ordenance Disposal (EOD), curso Neutralização e Destruição de Artefatos Explosivos (CNDAEX) e o curso de Manipulação de Material de Demolição (CMMAD). Além do MCA 135-2/2012, os trabalhos e procedimentos operacionais adotados no CPBV também foram norteados pela ICA 135-21/2012 - Planejamento e Execução de Operações de Neutralização e Destruição de Artefatos Explosivos Falhados (UXO).


Aliados ao pessoal técnico na área de explosivos, a Operação também recebeu um apoio de vital importância na execução da neutralização de explosivos: militares do Esquadrão de Saúde (ES-SJ) para compor a Equipe Médica, do 1º/1º GT (Esquadrão Gordo) pelo transporte de pessoal e material durante a ida da Operação, do 2º/10º GAV (Esquadrão Pelicano) para realizar as ações de Alerta EVAM e apoio de transporte de pessoal e material durante a volta da Operação, da Seção Contraincêndio (SCI) e Equipe de Apoio do CPBV, além dos demais envolvidos.

Imagem: 1º Ten Av Pimenta (2º/10º GAV)

Um exemplo do compromisso pela missão na Operação Fumaça II/2020 foi realizado de forma inédita, a queima de um Envelope Motor (EM) S31 carregado com propelente não curado pelo método de combustão com total segurança, possibilitando a preservação do Envelope Motor (Casco) para possível reutilização. O propulsor S31 é utilizado em um dos estágios do Veículo Suborbital Brasileiro (VSB-30) tendo um custo estimado de cento e sessenta mil euros (€ 160.000).


Destaca-se, que apesar do alto grau de complexidade da atividade de destruição, os óbices foram superados pelo excepcional grau de comprometimento, profissionalismo e espírito de equipe dos seus integrantes, tendo como resultado obtido à totalidade do material destruído que foi planejado na Operação Fumaça II/2020. Confira alguns vídeos da Operação:

Queima de resíduos de material contaminado.


Detonação de resíduos propelentes.


Fonte: Site do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) - http://www.iae.cta.br

Comentário: Pois é leitor, você entendeu mesmo, cento e sessenta mil euros (€ 160.000), não fui eu que disse e sim o próprio IAE que está reconhecendo isto. Este é o custo estimado do Envelope Motor (Casco) do propulsor S31 usado como um dos estágios do foguete VSB-30, custo este que poderá aumentar ainda mais, caso a Avibras (agora detentora dos direitos de industrialização deste veículo) continuar praticando a sua politica de outrora com a conivência do governo. Detalhe leitor, existe sim soluções que tornariam esse foguete ainda mais competitivo comercialmente e tecnologicamente mais avançado, mais nenhuma delas envolveria a Avibras, pelo menos não de forma direta. Enfim... vai ficar difícil leitor fazer um verdadeiro programa espacial no país tendo essa gente a frente dando as cartas.

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