Afinal, o Místico Planeta X Pode Não Existir (Mas Ainda Há Esperança)
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (25/04) no site
português “ZAP - aeiou” destacando que um novo estudo realizado por Astrônomos da Universidade da Pensilvânia (EUA) questiona a existência do suposto Planeta X (Planeta 9).
Duda Falcão
CIÊNCIA & SAÚDE
Astrofísica - Geofísica - Saturno
Afinal, o Místico Planeta X Pode Não Existir (Mas Ainda Há
Esperança)
Uma nova investigação, realizada por astrónomos da
Universidade da Pensilvânia, no Estados Unidos, questiona a existência do
misterioso Planeta X, cuja teoria defende que é o nono planeta do Sistema Solar
e que orbita o Sol além de Neptuno.
Por ZAP
25 Abril, 2020
R. Hurt (IPAC) / Caltech
Desde 2014 que os astrónomos têm proposto uma panóplia de
possibilidades que poderiam explicar o estranho comportamento exibidos pelos
“objetos transnetunianos” – pequenos corpos celestes que orbitam o Sol além de
Neptuno.
Alguns astrónomos argumentaram que esses objetos poderiam
estar a ser influenciados pela atração gravitacional de uma enorme e ainda
desconhecido nono planeta, cinco vezes a massa da Terra. Outros cientistas
argumentaram que o Planeta X é simplesmente um aglomerado de rochas
espaciais mais pequenas.
No entanto, agora, investigadores da Universidade da
Pensilvânia, nos Estados Unidos, analisaram dados do Dark Energy Survey,
um estudo visível e de infravermelho próximo realizado num observatório no
Chile, e não encontraram evidências de nenhum “objeto transnetuniano
extremo” a agrupar-se.
Em declarações ao New Scientist, Pedro Bernardinelli, principal autor
do estudo submetido na arquivo de pré-impressão arXiv no início
deste mês, disse que “não teríamos formulado a ideia do Planeta X se os nossos
dados fossem os únicos que existiam”.
Bernardinelli liderou outro estudo, publicado no mês de março, que afirmava ter descoberto 139
planetas menores – mundos demasiado pequenos para serem considerados
planetas propriamente ditos, mas também não cometas nem rochas espaciais – a
orbitar o Sol além de Neptuno, usando dados do Dark Energy Survey.
“À medida que descobrimos mais destes objetos distantes,
a distribuição começa a parecer mais uniforme”, disse Samantha Lawler,
da Universidade de Regina, no Canadá, que não participou no estudo, ao New
Scientist. “É muito mau para a ideia do Planeta X”.
Porém, de acordo com a investigadora, ainda não é hora de
desistir da ideia da existência do Planeta X. “A forma como a hipótese do
Planeta X é construída é que é completamente impossível falsificá-la – a
única forma de provar que não existe é procurar em cada centímetro quadrado do
céu e não encontrá-lo”, disse.
A existência do Planeta X, que os cientistas acreditam
ser gigante e gélido, foi prevista pela primeira vez no trabalho de Konstantin Batygin e Mike Brown em janeiro de
2016. As suas propriedades físicas e químicas devem ser semelhantes às de Urano
e Neptuno e o misterioso mundo deverá ter um longo período de órbita: 15 mil
anos.
Há cientistas que sustentam ainda que o “novo” membro do
Sistema Solar possa ser também responsável pela inclinação incomum do Sol.
Os defensores da hipótese do Planeta X ainda mantêm a
esperança e alegam que não há dados suficientes para chegar a uma
resposta, uma vez que as órbitas incomuns dos objetos transnetunianos os levariam
a distâncias extremas do Sol, onde se tornariam incrivelmente difíceis de detectar.
Fonte: Site Português ZAP – aeiou - https://zap.aeiou.pt
Comentário: Pois é, a verdade é que conhecemos muito
pouco ainda sobre os confins de nosso Sistema Solar para termos 100% de certeza
de que esse suposto planeta nove não existe. Portanto essa discussão entre os
que acreditam e os que não acreditam vai perdurar ainda por muito tempo, até
que se tenha mesmo 100% de certeza de quem realmente está certo.
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