"Estrelas Fracassadas" Têm Ventos Extremamente Poderosos em Suas Superfícies
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessantíssima matéria postada ontem
(17/04) no site “Canaltech” destacando que segundo pesquisadores americanos as 'Anãs Marrons' também chamadas de
"Estrelas Fracassadas", têm ventos extremamente poderosos em
suas superfícies.
Duda Falcão
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"Estrelas Fracassadas" Têm Ventos Extremamente
Poderosos em Suas Superfícies
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: NewScientist
17 de Abril de 2020 às 16h10
Anãs marrons são conhecidas como “estrelas fracassadas”,
mas isso não as torna irrelevantes quando o assunto são estudos de objetos
espaciais. Pelo contrário: um novo estudo indica que elas têm fortes ventos
chicoteando em suas superfícies, e o método usado para medi-los também pode
ajudar a descobrir como é a superfície de alguns exoplanetas.
Esses objetos gigantes, que ficam no meio termo entre
planeta gigante gasoso e estrela pequena, têm entre 13 e 72 vezes a massa de
Júpiter. Eles se formam por meio do mesmo processo que as estrelas,
mas nunca chegam a ter reações nucleares em seus núcleos. E, embora se
comportem como planetas gasosos, são grandes demais para serem considerados
planetas.
Uma equipe liderada por Katelyn Allers, da Universidade
Bucknell, na Pensilvânia, analisou uma anã marrom a 34,5 anos-luz de distância
da Terra, chamada 2MASS J10475385+2124234, e fez a primeira medição direta do
vento existente em um desses objetos. Para isso, eles observaram comprimentos
de onda infravermelhos e de rádio.
Imagem: NASA/JPL-Caltech)
Conceito artístico de uma anã marrom.
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Assim, conseguiram encontrar algo que parece ser uma
nuvem ou um ponto quente, cujo movimento ao redor do objeto foi acompanhado ao
longo de dois anos. Com o sinal de rádio, eles mediram a rotação do núcleo no
interior do corpo celeste - para isso, bastou monitorar a rotação do campo
magnético, que é determinada pela rotação do núcleo.
Eles descobriram que o núcleo desta anã marrom gira cerca
de uma vez a cada 1,76 hora, e a atmosfera uma vez a cada 1,74 hora. Isso
significa que os ventos que sopram para o leste, através da anã marrom, atingem
a velocidade média de 650 metros por segundo, muito mais veloz do que os
ventos de qualquer planeta do nosso Sistema Solar.
Este estudo
publicado na Revista Science será muito útil para o futuro da exploração
espacial. É que, com instrumentos mais poderosos, o mesmo método aplicado aqui
poderá ser usado para investigar o clima e a potencial habitabilidade de
planetas mais semelhantes à Terra em outros sistemas estelares.
No entanto, é preciso ter em mente que a
J10475385+2124234 está bem próxima de nós (em termos astronômicos, claro), o
que facilita a observação. Ainda teremos que esperar pela inauguração
de tecnologias mais avançadas, como as presentes no Telescópio Espacial James Webb, para que o método seja
usado em mundos mais distantes.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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