Apagão na Astronomia: os Maiores Observatórios do Mundo Estão Fechados
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (09/04) no site “Canaltech”
destacando que os maiores observatórios do mundo estão fechados.
Duda Falcão
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Apagão na Astronomia: os Maiores Observatórios do Mundo
Estão Fechados
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Astronomy
09 de Abril de 2020 às 12h49
O Telescópio do Polo Sul é um dos últimos dos grandes
instrumentos de observação espacial ainda ativos na monitoração do céu noturno.
É que, devido às medidas de distanciamento social para evitar a disseminação do
novo coronavírus, a maioria dos observatórios teve que ser fechada, mas a
Antártica, onde fica este observatório, ainda não corre riscos de contaminação.
Assim, o telescópio de 10 metros de diâmetro localizado
na estação Amundsen–Scott, permanece em suas atividades normais. O último voo
da região decolou em 15 de fevereiro; portanto, não há necessidade de
isolamento ou quarentena. Os funcionários do observatório permanecem juntos,
trabalhando em observações de vários tipos de ondas do espectro eletromagnético
para medir a emissão da radiação cósmica de fundo (CMB).
Em contrapartida, a revista Astronomy descobriu que mais
de 100 dos maiores telescópios da Terra foram fechados nas últimas semanas
devido à pandemia do COVID-19. Isso significa que a astronomia observacional
está praticamente paralisada. Mesmo que os observatórios possam ser mantidos
por poucas pessoas, a maioria exige que os pesquisadores se locomovam até o
local para acessar os dados coletados - e isso não pode ser feito durante a
quarentena.
(Imagem: Astronomy/Roen Kelly)
Os maiores telescópios ópticos do mundo fecharam em massa
nas últimas semanas.
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Diretores de observatórios dizem que as instalações podem
ficar desligadas por três a seis meses - ou mais. Para retomar as operações, as
equipes deverão criar maneiras de trabalhar durante uma pandemia, e isso pode
não ser viável em alguns lugares que exigem uma equipe de técnicos para operar
os instrumentos. Em outras palavras, esse pode ser um período em que haverá uma
lacuna nos dados astronômicos. Assim, se alguma coisa interessante acontecer no
espaço, talvez nunca teremos conhecimento.
“Se tivermos nossa primeira supernova brilhante em
centenas de anos, isso seria terrível”, diz o astrônomo John Mulchaey, diretor
dos Observatórios Carnegie. Os pesquisadores aguardam ansiosos pela
oportunidade de ver e estudar a explosão de uma estrela em supernova. “Mas,
exceto por eventos realmente raros como esse, a maior parte da ciência será
realizada no próximo ano”, pondera Mulchaey. “O universo tem 13,7 bilhões de
anos. Podemos esperar alguns meses”.
Ainda assim, especialistas também estão preocupados com
outros fatores. É que danos permanentes à economia global podem inviabilizar
financeiramente os planos para a próxima década de pesquisa astronômica. Tony
Beasley, diretor do Observatório Nacional de Radioastronomia, prevê que “vai
ser difícil construir novos telescópios, pois milhões de pessoas estão
desempregadas”. Ele teme que “o maior impacto [na astronomia] será o inverno
nuclear financeiro que estamos prestes a viver”.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
Comentário:Como se já não bastasse os problemas que a Astronomia tem de enfrentar com essas constelaçoes de satélites da SpaceX e de suas concorrentes, agora ainda mais essa, enfim...
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