O Exitoso Programa NANOSATC-BR, Presente e Futuro

Olá leitor!

Enquanto o PEB continua sem a devida atenção do ‘Governo Bolsonaro’ e seguindo por um caminho que certamente levará o país a mais uma década perdida neste setor, nem tudo leitor em nosso pífio programa espacial  tem a marca da incompetência, da corrupção e da falta de resultados, sendo o ‘Programa NANOSATC-BR’ desenvolvido pelo Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais (CRS) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), um grande exemplo disto.

Vale dizer amigo leitor que apesar do programa ter sido prejudicado pelo MCTIC/AEB em alguns momentos pela demora em liberar recursos para cumprir os prazos do projeto principalmente na 'Era COELHO', com perseverança e dedicação os profissionais e alunos envolvidos conseguiram no dia 19 de junho de 2014 lançar com sucesso (abordo do foguete russo DNEPR) o primeiro cubesat do programa, ou seja, o NanosatC-Br1 (chamado também de NCBR1), um 1Ucubesat (10x10x11.3 cm) que continua funcional no espaço até hoje, superando em muito o seu prazo de vida útil previsto em órbita, o que é um resultado espetacular para um cubesat.

Atualmente, a equipe do programa se prepara para em novembro próximo lançar através de um foguete russo (estava previsto para julho, mas sofreu atraso devido a complicações de logística geradas pelo Coronavírus) o segundo cubesat do programa, este denominado de NanosatC-Br2 (chamado também de NCBR2), um 2Ucubesat (10x10x22.6cm) que terá três objetivos principais, ou seja, desenvolver a capacidade de construção da equipe, uma missão científica e também o desenvolvimento tecnológico da missão. Já quanto a missão científica citada, esta visará monitorar a ionosfera e o campo magnético da Terra, com uma sonda Langmuir e um magnetômetro XEN-1210.

Bom leitor, com a concretização do lançamento do NCBR2, se completa assim a fase inicial prevista para o Programa, e diante da grande incerteza que paira sobre o PEB, eu acreditava até então que o mesmo infelizmente não sofreria continuidade, coisa que (vale lembrar) não é nada incomum na história do nosso pífio Programa Espacial, mas felizmente foi decidido pela sua continuidade, um programa importante e inegavelmente exitoso e que vem colaborando e muito na formação de novos profissionais para o setor.

Segundo Informações colhidas pelo Blog, a equipe do programa resolveu dar sequência ao mesmo se aproveitando dos ‘modelos de engenharia’ do NCBR1 e do NCBR2, transformando ambos assim nos futuros NCBR3 (um 1UCubesat) e no NCBR4 (um 2UCubest), o que é uma decisão muito sapiente diante das circunstâncias atuais do PEB, e certamente digna de elogios.

Modelo de Engenharia do NCBR1 e futuro NCBR3.
Modelo de Engenharia do NCBR2 e futuro NCBR4.

Para completar amigo leitor, vale dizer que as futuras cargas úteis e as futuras missões científicas desses novos cubesats do programa serão ainda discutidas com os pesquisadores e engenheiros do INPE / MCTIC, UFSM e de outras universidades brasileiras. Avante Programa NANOSATC-BR.

Duda Falcão

Comentários

  1. Olá Duda,

    Apenas um comentário - a data de lançamento do BR2 foi modificada para Novembro/2020 devido às complicações de logística geradas pelo Coronavírus. Quando possível, corrija na reportagem.

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    1. Olá Unknown!

      Agradeço pela informações que já foram corrigidas.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Duda, achei um PDF do ministério da ciência e Tecnologia sobre o motor S-50...

    https://revif.mctic.gov.br/arquivos/workshop/Programa%20Espacial%20-%20Projeto%201%20-%20Motor%20S-50.pdf

    O que mais me chamou atenção foi...

    ● Utilização de conteúdo nacional na ordem de 29.28%

    O motor deve ter dimensões máximas 1,50m (D) x 5m (c), com empuxo de 550kN, 80s de tempo de
    queima e com massa do propelente de cerca de 12 toneldas

    E o melhor o CUSTO.......200 MILHÕES DE REAIS.....

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