Controvérsia Sobre Existência do Planeta Nove Ganha Mais Fôlego Com Novo Estudo
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (30/04) no
site “Canaltech” destacando que controvérsia sobre existência do Planeta
Nove ganha mais fôlego com novo estudo.
Duda Falcão
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Controvérsia Sobre Existência do Planeta Nove Ganha Mais Fôlego Com Novo Estudo
Por Patrícia Gnipper
Canaltech
Fonte: New Scientist e Big Think
30 de Abril de 2020 às 13h17
A conversa sobre a existência ou não do tal do Planeta
Nove (também chamado de Planeta X algumas vezes), é antiga. A própria NASA
já chegou a admitir que as
evidências se sua existência são grandes demais para serem ignoradas, e
muitos estudos e observações vêm sendo feitas nos últimos anos para tentar comprovar
(ou refutar) essa ideia. E, agora, mais um estudo surge colocando lenha nessa
fogueira.
Mas, primeiro, precisamos explicar que evidências são
essas, e por que raios imagina-se que exista um objeto tão grande e massivo
quanto um planeta nos confins do Sistema Solar, sendo que, até agora, ninguém
conseguiu observá-lo diretamente — mesmo com os telescópios mais modernos.
Depois, vamos falar sobre esse novo estudo que chega para, talvez, refutar a
hipótese do Planeta Nove.
Por Que Imaginamos Que o Planeta Nove Exista
Antes de qualquer coisa, precisamos deixar claro que
estamos falando da suposta existência de um nono planeta no Sistema Solar, além
da órbita de Netuno, e não daquele folclórico
planeta que conspiracionistas chamam de Nibiru — que seria responsável pelo
"fim do mundo", de acordo com essa "viagem na maionese".
Mas por que se imagina que o Planeta Nove existe? É que,
analisando a órbita peculiar de diversos objetos no Cinturão de Kuiper — região
do Sistema Solar que se estende muito além da órbita de Netuno, com
"trocentos" objetos presentes ali, chamados de Objetos
TransNetunianos (TNOs, na sigla em inglês) —, uma explicação viável para essas
órbitas estranhas seria justamente a presença de um mundo grande e massivo o
suficiente para ser chamado de planeta, com sua interação gravitacional sendo a
responsável por interferir na órbita desses pequenos objetos ao redor do Sol.
(Imagem: James Tuttle Keane/Caltech)
E que objetos são esses, cujas órbitas estranhas podem
ser explicadas pela influência gravitacional de um planeta desconhecido? A
resposta é: são muitos. Recentemente, por sinal, descobrimos
mais de 100 pequenos mundos além de Netuno. Mas falando de apenas alguns
deles, aqueles que mais chamaram atenção na comunidade científica nos últimos
anos… Um
deles é o 2015 BP519 , que é grande o suficiente para chegar à categoria de
planeta-anão — a
mesma da qual Plutão faz parte desde 2006, quando deixou de ser o nono
planeta do Sistema Solar, sendo "rebaixado" de categoria.
(Imagem: Lucy Reading-Ikkanda/Quanta Magazine)
Arte mostra a órbita do objeto 2015 BP519 e imagina como
seria a órbita do Planeta Nove.
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Outro objeto recentemente descoberto por ali, reforçando
a hipótese do Planeta Nove, é o TG387, apelidado
de The Goblin. Ele fica extremamente distante, muito mais do que Plutão —
uma volta completa ao redor do Sol leva cerca de 40 mil anos para acontecer. E
justamente por estar tão distante dos demais grandes mundos do Sistema Solar
que ele reforça a existência do Planeta Nove na região. Afinal, como sua órbita
seria "bagunçada", como se descobriu, sem a influência de um grande
corpo rochoso por lá?
(Imagem: reprodução/Instituto de Ciência de Carnegie)
Órbita do planeta-anão The Goblin.
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Mais um objeto com características orbitais similares às
do The Goblin, que reforça a hipótese do Planeta Nove, é 2018 VG18, apelidado
de Farout (que pode ser traduzido como "muito longe").
Estimativas iniciais indicam que ele deve levar mais de mil anos para dar uma
volta completa ao redor do Sol, e ele fica 3,5 vezes mais longe do que Plutão
está de nossa estrela. E sua órbita também tem características inusitadas, que
podem ser explicadas pela influência da gravidade de um mundo grande o
suficiente para ser um planeta na região.
(Imagem: Roberto Molar Candanosa/Carnegie Institution for
Science)
Localização do Farout (2018 VG18) comparada com a órbita
de outros objetos do Sistema Solar.
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No final do ano passado, o
telescópio espacial TESS pode ter encontrado pistas capazes de confirmar a
existência do Planeta Nove. Pode, mas esse martelo ainda não foi batido.
Esse telescópio foi projetado para detectar planetas orbitando outras estrelas
que não o Sol, pelo método do trânsito — quando um planeta passa à frente de
sua estrela, o brilho dela apresenta uma leve redução, e essa diminuição
temporária do brilho é justamente o que o TESS detecta, indicando que existe um
planeta na órbita de tal estrela. Mas, mesmo que ele não seja capaz de observar
um planeta escuro no Sistema Solar (como seria o caso do Planeta Nove), ele
"olha" fixamente para áreas específicas do céu, por longos períodos,
tirando muitas fotos do mesmo campo de visão. Empilhando essas imagens, pesquisadores
conseguem, então, detectar objetos mais fracos que ficariam ocultos à primeira
vista. Ou seja: pode ser que o TESS já tenha descoberto dados concretos sobre o
Planeta Nove – e é isso que cientistas vêm tentando confirmar.
Mas Pode Ser Que o Planeta Nove Não Seja Um Planeta
Que há alguma coisa ainda desconhecida interferindo na
órbita de objetos do Cinturão de Kuiper, isso é quase que inegável. Agora, se
essa coisa é mesmo um planeta, a dúvida permanece — e há outras hipóteses na
mesa.
Uma delas sugere que o Planeta Nove pode ser um buraco
negro primordial — algo ainda no campo hipotético, já que nenhuma
observação chegou a comprovar que esse tipo de buraco negro exista. Um buraco
negro primordial seria um buraco negro relativamente pequeno, porém muito
antigo, formado como consequência de flutuações de densidade que aconteceram no
início do universo conhecido, logo após o Big Bang. Se tais objetos existem, os
de menor massa já evaporaram há muito tempo, mas os mais massivos poderiam ter
sobrevivido até os dias de hoje. Cálculos recentes indicam que um buraco negro
primordial com massa de mais ou menos cinco vezes a da Terra (e um raio de
apenas cinco centímetros) poderia explicar as anomalias gravitacionais
observadas na região onde estaria o suposto Planeta Nove. Ou seja: esse tipo
hipotético de buraco negro seria mais um candidato capaz de explicar os
fenômenos misteriosos observados naquela região.
Outra ideia sugerida recentemente é a de que o Planeta
Nove pode ser, na verdade, um
aglomerado de objetos menores atuando em conjunto, exercendo, portanto, a
força gravitacional necessária para bagunçar a órbita dos demais objetos da
região. E é aí que entra o novo estudo mencionado no título desta matéria,
questionando, também, tal possibilidade.
O Que Diz o Novo Estudo
Arte imagina o escuro e massivo Planeta Nove.
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Astrônomos da Universidade da Pensilvânia, usando dados
do observatório Dark Energy Survey, divulgaram um estudo
desafiando a hipótese do aglomerado de pequenos objetos agindo como se fossem
um planeta no Cinturão de Kuiper.
A pesquisa mostra que não seria possível haver objetos
transnetunianos agrupados de tal maneira. Pedro Bernardinelli, astrônomo e
principal autor do artigo, disse que seus dados mostram a região do Cinturão de
Kuiper habitada por numerosos objetos pequenos, porém distribuídos de maneira
uniforme, e não agrupados.
Resumo da ópera: o novo estudo entra em contradição com a
ideia de que, em vez de um planeta grande e rochoso, o Planeta Nove seria a
junção de um montão de pequenas rochas impactando a órbita de outros mundos por
lá. Mas não chega a refutar a possibilidade de existir alguma coisa massiva o
suficiente na região, a ponto de "bagunçar" as órbitas dos
planetas-anões recentemente descobertos.
Ou seja: o mistério continua, bem como as controvérsias
no meio científico. Samantha Lawler, da Universidade de Regina, no Canadá,
entende que "a única maneira de provar que o Planeta Nove não existe é
procurar em cada centímetro quadrado do céu, e não encontrá-lo". Só que
isso é como procurar agulha em um palheiro, processo que envolve muitos
recursos, muitas pessoas, e muito tempo.
Mas há uma luz no fim do túnel surgindo aí: em 2022, o Large Synoptic Survey Telescope, cujo nome recentemente foi
modificado para Vera
C. Rubin Observatory, será inaugurado. Atualmente em construção no Chile, o
telescópio representará a próxima geração desses observatórios terrestres,
sendo muito mais potente do que os da geração atual — e proporcionando
descobertas sem precedentes. Quem sabe não seja por meio dele que, finalmente,
resolveremos o mistério do Planeta Nove, não é mesmo?
Telescópios
espaciais não substituem os baseados em solo; eis os porquês
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
Vou estudar sobre esse planeta nove, ou buraco negro, ou seja vou estuda as moléculas desse fenômeno qui estar acontecendo, (vou te dar uma dica, mandem umas sondas espaciais ao redor desse de fenômeno para estudar a massa, à temperatura, a velocidade de energia qui ele faz por segundo) eu entendi quê isso possa ser mesmo destroços de pedras rochuosas:
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