Origem e Natureza do Objeto Interestelar Oumuamua Pode Ter Sido Descoberta
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (13/04) no site “Canaltech”
destacando que a Origem e Natureza do objeto interestelar
'Oumuamua' pode ter sido descoberta.
Duda Falcão
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Origem e Natureza do Objeto Interestelar
Oumuamua Pode Ter Sido Descoberta
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Space.com
13 de Abril de 2020 às 18h40
O estranho objeto interestelar ‘Oumuamua pode
ser, de fato, uma espécie de cometa, afinal de contas. Em
outubro de 2017, ele foi descoberto enquanto passava pelo Sistema Solar,
mas, diferente
do 2I/Borisov, que também veio de outro canto da galáxia, ainda não se sabe
muita coisa sobre este objeto em forma de charuto.
Inicialmente, o ‘Oumuamua foi catalogado como um cometa.
No entanto, ele não emitia nenhuma cauda visível ou qualquer coisa que
apontasse para uma emissão de gases da rocha espacial. Assim, ele foi logo reclassificado
como asteroide.
Além do formato alongado nunca visto antes no espaço,
pesquisadores também descobriram na época que o ‘Oumuamua é coberto por uma
espécie de camada
de isolamento composta por elementos orgânicos. Isso deixou tudo ainda mais
misterioso, até mesmo com muitas hipóteses de que se tratava de um objeto
artificial feito por alienígenas.
Agora, um novo estudo sugere que o ‘Oumuamua seria
provavelmente o fragmento de um corpo maior que foi dilacerado por forças
gravitacionais durante um sobrevoo em sua estrela nativa. Isso explicaria a
grande quantidade de objetos interestelares semelhantes a asteroides, de acordo
com o autor principal do estudo Yun Zhang.
(Imagem: YU Jingchuan)
lustração da evolução do objeto interestelar ‘Oumuamua’.
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Outro detalhe curioso é que o corpo celeste apresentou
uma "aceleração não gravitacional" durante sua visita no Sistema
Solar. Isso significa que sua trajetória não pode ser atribuída à gravidade do
Sol, Júpiter ou outros objetos grandes. Esse movimento pode ser causado pela
saída de gases cometários, que podem empurrar um objeto da mesma maneira que os
propulsores impulsionam uma espaçonave.
Em seu novo estudo, Zhang e sua equipe usaram simulações
de computador para investigar como os objetos são afetados pelos sobrevoos em
suas estrelas nativas. O trabalho revelou que a uma certa proximidade, os
corpos podem se partir em fragmentos alongados, que depois são lançados ao
espaço interestelar.
Com o aquecimento extremo durante o sobrevoo e o
resfriamento ao se afastar da estrela esses fragmentos desenvolvem uma crosta
na superfície, o que ajuda a manter sua forma estranha. O calor da aproximação
também “consome grandes quantidades de voláteis, de acordo com Zhang, o que
explica a cor avermelhada da superfície do ‘Oumuamua e a ausência de coma (a
nuvem de poeira e gás que circunda o núcleo de um cometa) visível.
No entanto, alguns voláteis como gelo de água podem ter
permanecido abaixo da superfície em forma condensada. Esses voláteis ocultos
podem ser "ativados" durante encontros com outras estrelas como o
nosso Sol, criando gases e acionando o movimento não-gravitacional.
O estudo, publicado
nesta segunda-feira (13) na revista Nature Astronomy, sugere ainda que os
fragmentos como o ‘Oumuamua podem ser pedaços de cometas, de corpos planetários
ou mesmo de planetas conhecidos como "super-Terras". Inclusive, os
objetos podem ter se afastado de estrelas que já “morreram”, como anãs brancas.
"Esses objetos interestelares podem fornecer pistas críticas sobre como os
sistemas planetários se formam e evoluem", disse Zhang.
Embora existam planos de perseguir o 'Oumuamua com uma nave,
provavelmente nunca saberemos com certeza o que ele é de fato. Mas a pesquisa é
útil principalmente poque devemos esperar encontrar muitos outros objetos
interestelares como este no futuro. Zhang acredita que, em média, um único
sistema planetário deve ejetar um total de cerca de cem trilhões de objetos
como o 'Oumuamua. As forças gravitacionais das simulações funcionam para
qualquer um deles que encontrarmos, independente da origem.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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