Rússia Considera Inaceitável Tentativa de Trump de Privatizar o Espaço
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (12/04) no site “Canaltech”
destacando que a Rússia considera inaceitável tentativa do Presidente
Trump de privatizar o espaço.
Duda Falcão
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Rússia Considera Inaceitável Tentativa de Trump de Privatizar
o Espaço
Por Patrícia Gnipper
Canaltech
Fonte: Reuters
12 de Abril de 2020 às 14h00
Mais polêmica! No início do mês, o presidente Donald Trump assinou
uma ordem executiva para que os Estados Unidos (bem como as empresas
privadas locais) possam minerar recursos naturais da Lua e de asteroides, o que
pode abrir o caminho para a exploração comercial do espaço, possivelmente
visando o lucro, e não mais apenas a ciência. Em resposta, tanto a agência
espacial russa (Roscosmos) quanto o próprio governo russo disseram que a ideia
é "inaceitável".
A Roscosmos, segundo a Reuters, declarou que a ordem
executiva de Trump prejudica a cooperação internacional no espaço, e que
"o espaço sideral é um domínio legal e fisicamente único da atividade
humana, e os EUA não o veem como um bem comum global". Para a agência russa,
a ordem executiva coloca os EUA em desacordo com a noção de que o espaço
pertence a toda a humanidade.
"Tentativas de desapropriar o espaço sideral e
planos agressivos para realmente tomar territórios de outros planetas
dificilmente colocam os países no caminho para a cooperação frutífera",
diz o comunicado da Roscosmos. Concordando com a agência espacial, o próprio
governo se manifestou. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse a repórteres
locais que "qualquer tipo de tentativa de privatizar o espaço de uma forma
ou de outra seria inaceitável".
A ordem executiva em questão foi assinada no dia 6 de
abril, chamada Encouraging International Support for the Recovery and Use of
Space Resources ("Incentivando o apoio internacional à recuperação e
uso de recursos espaciais", na tradução literal). Ela reforça uma lei
aprovada pelo Congresso em 2015, que permite que até mesmo as empresas privadas
possam coletar e usar recursos espaciais, para além das coletas de materiais da
Lua e asteroides que vem sendo realizada por agências espaciais, como a NASA,
há várias décadas.
(Imagem: Reprodução)
De acordo com o governo dos EUA, a ideia com essa ordem
executiva seria permitir que empresas privadas minerem recursos da Lua para
permitir os planos da NASA (e do próprio governo) de estabelecer
uma presença humana permanente e sustentável em nosso satélite natural. Para
isso, a NASA trabalha no Programa Artemis, que prevê o retorno de astronautas à
superfície lunar em 2024, mas a agência está contando com diversas empresas
privadas nesta missão — elas, justamente, precisam de permissão para usar
recursos lunares a fim de produzir, localmente, coisas como combustível e
"tijolos" para a construção de bases fixas na Lua.
Contudo, a polêmica é justamente essa: enquanto as
empresas privadas precisam fazer essa mineração espacial para colaborar com os
planos da NASA, a ordem executiva abre uma brecha para que elas, depois disso,
possam continuar coletando recursos lunares (e, lembrando, também de
asteroides) à sua vontade, para fins comerciais, possivelmente deixando a
ciência de lado.
Mas é preciso ressaltar que uma ordem executiva nos
Estados Unidos não funciona da mesma maneira que uma Medida Provisória aqui no
Brasil. Lá, essa ordem nada mais é do que uma declaração do presidente para que
agências federais e departamentos governamentais usem os recursos do governo de
uma maneira específica, sendo que o Congresso não precisa aprová-la para que
entre em vigor. No entanto, uma ordem executiva não vale como uma lei federal —
e, caso a oposição política entenda que ela é fruto de um abuso de autoridade
por parte do presidente da nação, é possível que uma revisão seja realizada,
podendo derrubá-la.
Ou seja: muitas pedras provavelmente ainda vão rolar, e
seguimos acompanhando essa história para noticiar e analisar seus
desdobramentos. O que você pensa sobre tudo isso? Deixe sua opinião nos
comentários abaixo!
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
Comentário: Pois bem leitor, que me desculpem aqueles que
defendem a não exploração comercial do espaço (e eu me encontro entre eles),
mas há uma diferença muito grande entre o querer, e o poder, e neste caso o
querer está misturado com uma ingenuidade infantil gigantesca de que isso jamais
ocorreria (somo humanos, gostemos disso ou não, infelizmente faz parte do estágio
atual de desenvolvimento espiritual de nossa espécie agir dessa forma
competitiva e arrogante), enquanto o poder se manteve até esse momento inativo aguardando
o momento tecnológico certo. Quando leitor esses acordos espaciais foram
assinados nos anos 60, eles só foram possíveis devido naquela época estarmos
nos primórdios do desenvolvimento tecnológico espacial, e sendo assim, os
governos da época apenas fizeram o politicamente correto para agradar os seus
povos e a comunidade internacional, puro jogo de cena, mas que agora com o
franco desenvolvimento tecnológico nesta área começa uma nova corrida, e a
verdade é que quem sair na frente colherá os melhores frutos. Quanto ao que a 'Roscosmos'
disse, é pura hipocrisia motivada pelo atraso deles nesta área diante do grande
avanço americano. Choro russo, eles cometeram erros e agora terão de correr atrás.
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