Como a Sonda JUICE Vai Procurar Por Oceanos de Água nas Luas de Júpiter?
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (10/04) no site “Canaltech”
explicando como a Sonda Espacial JUICE da Agência Espacial Europeia
(ESA) vai procurar por Oceanos de Água nas Luas de Júpiter.
Duda Falcão
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Como a Sonda JUICE Vai Procurar Por Oceanos de Água
nas Luas de Júpiter?
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Space.com
10 de Abril de 2020 às 20h00
Cientistas têm algumas razões para cogitar que existam
oceanos subterrâneos de água em algumas das luas de Júpiter. Para tentar
confirmar essa hipótese, a Agência Espacial Europeia (ESA) agendou o lançamento
da missão JUICE (Jupiter Icy Moons Explorer) para 2022. Ela investigará as três
das maiores luas do planeta: Ganimedes,
Calisto e Europa.
Olivier Witasse, cientista planetário da ESA no projeto
JUICE, fez uma apresentação em 31 de março para falar sobre os diferentes
métodos que serão usados. Uma das técnicas é bem mais direta, mas só se aplica
a uma das luas de Júpiter, Europa. É que os cientistas suspeitam que esse mundo
esteja atirando jatos de água em sua crosta. Se for esse o caso, a sonda voará
por esses jatos e estudará o líquido.
As outras táticas da JUICE são menos baseadas em uma
suspeita e não se limitam a Europa. Primeiro, haverá uma abordagem de longa
data, que depende da medição do campo magnético ao redor das luas. Essa medição
é importante, pois se houver algum líquido que conduz eletricidade no interior
de Ganimedes, por exemplo, ele vai interferir no campo magnético desse mundo.
Essa interferência deve ser detectável pela JUICE. No entanto, esse método pode
levar alguns anos.
Haverá ainda outras abordagens, como a medição de como
cada uma das luas é distorcida. Essas distorções causadas pela gravidade de
Júpiter e das luas entre si deve acontecer independentemente da presença de
oceanos, mas a magnitude das marés será diferente se os mundos forem oceânicos.
Isso exigirá que a espaçonave se aproxime da lua e mapeie toda a superfície
várias vezes, o que também pode levar bastante tempo para ser concluído.
(Imagem: ESA)
Por fim, a última técnica para procurar oceanos baseia-se
nas medições das auroras nos polos desses mundos. Essas auroras não circundam
os polos das luas de maneira totalmente simétrica, mas sim inclinadas. De
acordo com os modelos dos cientistas, o grau em que uma aurora se inclina ao
circular as luas deve variar de acordo com a estrutura interna.
Ou seja, se houver um oceano interferindo no campo
magnético de Calisto, por exemplo, a aurora terá uma determinada inclinação. Se
não houver nenhum oceano estiver escondido abaixo da superfície gelada da lua,
a inclinação será outra. Essa técnica deve exigir menos tempo de medições do
que as anteriores, e nos trará respostas mais rapidamente.
Mas para isso, teremos que aguardar que a sonda seja
lançada em 2022 e viaje por sete anos até chegar ao sistema de Júpiter. Se tudo
correr bem, a maior parte de suas observações serão feitas entre 2029 e 2033.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
Comentário:Pois é leitor, se por um lado estamos torcendo muito pelo sucesso dessa missão europeia, por outro é muito frustrante termos que esperar sete anos a partir do lançamento da sonda para chegarmos a Júpiter, isto devido a falta ainda de um sistema de propulsão que possa realizar essa viagem em menos tempo. Vale lembra que em 2029, caso o 'Programa Artemis' venha realmente atingir os seus objetivos, é quando os americanos já estarão se preparando para a viagem tripulada ao Planeta Marte. Enfim...
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