Divisão do IAE Dedica-se à Meteorologia Aeroespacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (22/03) no site do Departamento
de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) dando destaque às atividades da Divisão
de Ciências Atmosféricas (ACA) do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).
Duda Falcão
Divisão do IAE
Dedica-se à
Meteorologia Aeroespacial
ACS/DCTA
22/03/2013
No próximo dia
23, é celebrado o Dia Mundial da Ciência Meteorológica. A data, comemorada
desde 1960 pelas instituições enquadradas pela Organização Meteorológica
Mundial (OMM), visa tornar mais conhecido e valorizado o trabalho dos serviços
Meteorológicos pela sociedade. No Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE),
organização subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial
(DCTA), cerca de 40 servidores desenvolvem uma atividade única no país: a
meteorologia aeroespacial.
Dentro do DCTA,
seis meteorologistas – 3 militares e 3 civis – trabalham na Divisão de Ciências
Atmosféricas (ACA), unidade do IAE responsável pelo apoio meteorológico para as
atividades de lançamento de foguete, tal como a previsão do tempo durante as
operações no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e Centro de Lançamento da
Barreira do Inferno. A área de meteorologia tem um papel estratégico nas ações
de um instituto que tem como umas das principais finalidades o lançamento de
foguetes para o espaço. “Compete à nossa divisão realizar
pesquisas, desenvolvimento e inovação tecnológica na área de meteorologia
aeroespacial que garantam o sucesso das missões do IAE”, explica Gilberto
Fisch, chefe da divisão.
A atividade da
ACA em um lançamento de foguete é fundamental. Para a missão, um previsor
meteorologista acompanha as condições do tempo e fornece informações para
subsidiar o envio do artefato para o espaço. A depender do parecer, um
lançamento pode ser adiado até que as condições meteorológicas tornem-se
favoráveis. “Em uma missão como essa, são avaliadas, principalmente, variáveis
como o vento e a chuva”, explica o Major Fontinele, meteorologista e chefe adjunto
da ACA.
Para realizar
com precisão as atividades de meteorologia aeroespacial, são necessários
investimentos em tecnologia de ponta e em recursos humanos. Na ACA, por
exemplo, os meteorologistas têm à disposição dois computadores de alto
desempenho – que custam em média R$ 50 mil cada um – preparados para fazer
milhares de cálculos ao mesmo tempo e armazenar as informações. “As previsões
meteorológicas são baseadas em modelos matemáticos que descrevem o movimento
das massas de ar; nossos computadores devem ser capazes de realizar esses cálculos
volumosos”, conta Fisch.
Os investimentos
constantes em recursos humanos são um reflexo da complexidade da atividade
desenvolvida pela divisão. Dos 42 servidores envolvidos no trabalho de
meteorologia espacial, quatro possuem a titulação de doutorado e três, de
mestrado. A ACA ainda mantém cerca de 10 bolsistas – nas modalidades de
iniciação científica, mestrado e doutorado – que trabalham em parceria com os
pesquisadores nos projetos de meteorologia.
METEOROLOGISTAS NA FAB – Dentro da Força Aérea Brasileira, o caminho para a formação em
meteorologia é a Escola de Especialistas da Aeronáutica (EAAr), maior
complexo de ensino técnico da América Latina. Durante o curso, o aluno estuda
física da atmosfera, informática básica, meteorologia geral, serviço de
controle do espaço aéreo, entre outras matérias. Ao final do curso, o militar é
promovido ao posto de terceiro-sargento. Após chegar a suboficial ou a
primeiro-sargento, pode concorrer ao oficialato pelo Estágio de Adaptação ao
Oficialato (EAOF) ou Curso de Formação de Oficiais Especialistas (CFOE), ambos
ofertados no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica
(CIAAR).
Fonte: Site do Departamento de Ciência e Tecnologia
Aeroespacial (DCTA)
Comentário: Pois é leitor a ACA é de fundamental importância
para as atividades espaciais brasileiras e não é por acaso que é chefiada pelo
Dr. Gilberto Fisch, um grande
profissional do IAE que eu tive a oportunidade de conhecer pessoalmente durante
a minha primeira visita ao instituto em outubro de 2010 (veja aqui), quando então o mesmo
me apresentou o equipamento “MINI SODAR”, aparelho esse adquirido pelo IAE junto a NASA
para à
realização de experimentos relacionados com o projeto “Perfil do Vento no Centro de
Lançamento de Alcântara”, mas que na época se encontrava ainda
na fase de testes. Além disso, ele me apresentou um projeto que estava sob a
sua gerência intitulado “Escoamento Atmosférico no Centro de Lançamento
de Alcântara”, que visava à avaliação da problemática
da dispersão da queima de propelentes sólidos e líquidos, e da liberação de
gases na atmosfera durante os lançamentos no CLA, e também obter uma
estimativa dos riscos ambientais possíveis. Aproveito para enviar da Bahia um
grande abraço ao Dr. Fisch e desejar sucesso a ele e toda a sua equipe.
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