INPE Divulga Dados do Sistema DETER
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (28/03) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando
que o instituto divulgou os dados do Sistema DETER no período de novembro
de 2012 a fevereiro de 2013.
Duda Falcão
INPE Divulga Dados do Sistema
DETER
Quinta-feira, 28 de Março de 2013
De novembro de 2012 a fevereiro de 2013, as áreas de alerta de
desmatamento e degradação na Amazônia somaram 615,4 km². Os dados foram
registrados pelo DETER, o sistema de detecção do desmatamento em tempo real do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que serve para orientar a
fiscalização. A distribuição das áreas de alerta nos estados da Amazônia Legal
é apresentada na tabela a seguir.
As nuvens encobriram 34% da Amazônia Legal em novembro, enquanto em
dezembro 54% da região não pôde ser observada. No mês de janeiro a cobertura de
nuvens chegou a 67%. Já em fevereiro esse índice foi de 64%.
Entre novembro e abril, época de chuvas na Amazônia, a observação por
satélites se torna mais difícil devido à intensidade de nuvens que cobrem a
região. Nesta época, o INPE divulga os resultados do DETER agrupados por
período, embora o sistema mantenha durante todo o tempo sua operação regular e
o envio diário dos dados ao IBAMA e Ministério do Meio Ambiente, responsáveis
pela fiscalização e controle do desmatamento.
No mapa abaixo, os pontos em verde indicam a localização dos alertas
emitidos em novembro; os pontos em vermelho, dos alertas de dezembro; os pontos
em laranja, dos alertas de janeiro; e os pontos em amarelo, dos alertas de
fevereiro.
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e,
também, da resolução dos satélites, o INPE não recomenda a comparação entre
dados de diferentes meses e anos obtidos pelo sistema DETER. Os relatórios
mensais completos estão disponíveis na página www.obt.inpe.br/deter
Sobre o DETER
Realizado pela Coordenação de Observação da Terra do INPE, o DETER é um
serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal
baseado em dados de satélite de alta frequência de revisita.
Os alertas produzidos pelo DETER servem para orientar a fiscalização e
garantir ações eficazes de controle da derrubada da floresta. Embora sejam divulgados
relatórios que reúnem dados de um ou mais meses, os resultados do DETER são
enviados quase que diariamente ao Ibama.
O DETER utiliza imagens do sensor MODIS do satélite Terra, com
resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar polígonos de
desmatamento com área maior que 25 hectares. Nem todos os desmatamentos são
identificados devido à ocorrência de cobertura de nuvens.
A menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela
capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para
informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.
Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites
detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas com evidência de
degradação decorrente de extração de madeira ou incêndios florestais, casos que
fazem parte do processo de desmatamento na região.
A liberação dos dados ao público segue cronograma mensal no período de
maio a outubro, quando há grande disponibilidade de imagens sem nuvens na
região amazônica. A divulgação se torna mais espaçada entre novembro e abril,
meses que tradicionalmente apresentam limitações de observação devido às
condições meteorológicas.
Os números apontados pelo DETER são importantes indicadores para os
órgãos de controle e fiscalização. No entanto, para computar a taxa anual do
desmatamento por corte raso na Amazônia, o INPE utiliza o PRODES (www.obt.inpe.br/prodes),
que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também
os pequenos desmatamentos.
A cada divulgação sobre o sistema de alerta DETER, o INPE apresenta
ainda um relatório de avaliação amostral dos dados. Os relatórios, assim como
todos os dados relativos ao DETER, podem ser consultados em www.obt.inpe.br/deter.
Fonte: Site do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE)
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