Brasil Não Vai Desativar Estações Meteorológicas
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada hoje (29/06) no jornal “Folha de São Paulo” destacando que o Brasil não irá desativar as estações meteorológicas do PROANTAR (Programa Antártico Brasileiro) que é coordenado pelo INPE.
Duda Falcão
Brasil Não Vai Desativar Estações
Meteorológicas, Afirma Governo
Claudio Angelo
Folha de São Paulo
O presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Carlos Aragão, disse ontem que "não há a menor hipótese" de que as três estações meteorológicas que o Brasil mantém na Antártida sejam desativadas.
A coleta de dados pelas estações ficou ameaçada depois que o projeto de pesquisa meteorológica do PROANTAR (Programa Antártico Brasileiro) foi extinto, em abril deste ano, após perder um edital.
"O CNPq não deixará de financiar nenhum projeto estratégico para o país", afirmou o presidente à Folha.
Segundo Aragão, o projeto de meteorologia liderado por Alberto Setzer, do INPE, que coleta dados na região há 25 anos, ficou em trigésimo lugar do edital aberto em 2009 para apoiar o Proantar. Só 19 projetos foram contemplados.
"A comunidade que faz pesquisa antártica cresceu, a competição aumentou, e projetos que tiveram melhor qualidade foram contemplados."
Aragão diz que o edital provavelmente não foi "o instrumento adequado" para o projeto de meteorologia, e que este poderia ser financiado por carta-convite (quando há poucos grupos especializados numa área) ou por encomenda (quando só um grupo pode executar o projeto).
O IINPE também poderia financiar diretamente a manutenção da coleta de dados.
Segundo o glaciologista Jefferson Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a parte científica da pesquisa meteorológica foi absorvida pelos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia da Antártida, criados em 2008.
O que fica de fora é o serviço de previsão do tempo na Estação Antártica Comandante Ferraz, onde o Brasil faz pesquisa. Segundo ele, esse serviço deveria ser bancado pela marinha. "Isso não é atribuição do CNPq."
Fonte: Jornal Folha de São Paulo - 29/06/2010
Comentário: Pois é leitor, bastou o meteorologista Alberto Setzer, do INPE, divulgar pela folha.com (veja aqui a nota Corte de Verbas Soterra Pesquisa Climática Polar do INPE) de que o CNPq havia rejeitado por duas vezes o projeto apresentado por ele para a manutenção das estações meteorológicas para que o próprio presidente do órgão manifesta-se através desta matéria dizendo que "não há a menor hipótese" de que as três estações meteorológicas sejam desativadas. Engraçado né leitor, porque será que o órgão teve essa mudança de postura? Hummm, essa é tão fácil que não preciso responder, no entanto chamo a atenção do meteorologista Alberto Setzer que fiscalize e denuncie, pois nos bastidores do setor público brasileiro coisas cabeludas ocorrem sem que sejam devidamente explicadas.
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