Projeto Abre Oportunidades para Empresas Brasileiras
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada dia (25/06) no Jornal “Valor Econômico” destacando que o projeto do Brasil com a Denel Dynamics sul-africana abre oportunidades para empresas brasileiras absorverem tecnologia.
Duda Falcão
Projeto Abre Oportunidades para
Brasileiras Absorverem Tecnologia
Valor Econômico
25/06/2010
A Opto Eletrônica, especializada em óptronica de precisão, é responsável pelo desenvolvimento do sistema seeker (cabeça de busca infravermelha) do A-Darter, que funciona como olho do míssil. O sistema foi testado no início do ano e, segundo especialistas que acompanham o projeto, seu desempenho foi acima do esperado.
"Assim como a Denel Dynamics, estamos trabalhando no desenvolvimento de uma solução tecnológica autônoma, de forma que o Brasil não dependa de componentes estrangeiros para produzir seu míssil", diz o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento e um dos fundadores da Opto Eletrônica, Mário Stefani.
No Brasil, 25 técnicos e engenheiros da Opto Eletrônica trabalham no projeto do A-Darter e outros quatro estão envolvidos com o programa binacional na África do Sul. Stefani destaca que o custo de desenvolvimento do míssil representa um terço dos custos históricos de programas similares em outros países.
Para a empresa, segundo ele, a parceria com a Denel Dynamics é mais ampla e vai além do míssil A-Darter. "Fornecemos peças para outros projetos da Denel."
A experiência da Opto Eletrônica na área de mísseis começou com o fornecimento de lentes, espelhos e espoleta de proximidade para o míssil MAA-1 Piranha, MAA-1B (mísseis ar-ar, de quarta geração) e do míssil anti-radiação MAR-1, produzidos pela Mectron e que hoje equipam os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). A Opto Eletrônica também fornece sistemas para o míssil anti-tanque MSS 1.2, vendido para o Exército e Marinha do Brasil.
Criada em 2004, a divisão aeroespacial e de defesa da Opto Eletrônica respondeu por 40% da receita da empresa no ano passado. A Opto Eletrônica também atua no programa espacial brasileiro, com o fornecimento de câmeras imageadoras de média e alta resolução para o satélite CBERS, de observação da Terra, que o Brasil desenvolve em parceria com a China.
Fonte: Jornal Valor Econômico - 25/06/2010
Comentário: Não costumo colocar aqui no blog matérias relacionadas com o desenvolvimento de armas, não só por ser um pacifista por natureza, mas também por esse assunto não está incluído nos temas abordados pelo blog. No entanto, não poderia deixar de postar essa matéria já que a mesma demonstra com propriedade a qualificação tecnológica atingida pela empresa brasileira Opto Eletrônica, tanto na área de defesa como também na área espacial. Parabéns a empresa Opto Eletrônica pelo grande trabalho que vêm realizando e espero que a mesma possa em breve participar do desenvolvimento ou de absorção de tecnologia de imageamento por radar.
Caro duda,
ResponderExcluirTem uma empresa brasileira chamada Orbisat que produz varios tipos de radar (SAR) para serem aerotrasportados.
Não seria bem mais fácil,junto com a Opto talvez, desenvolverem tecnologia própria brasileira pro satelite MAPSAR ?
http://www.orbisat.com.br/
É uma idéia Ramir, mas para tanto o governo precisa colocar esse desafio para ambas empresas. Infelizmente não se tem essa visão no Brasil, bem diferente dos EUA onde as empresas deste setor são e foram constatemente desafiadas a atingir metas e objetivos que construíram o programa espacial americano.
ResponderExcluirAbs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)