Supercomputador do INPE Mostra Desempenho Superior
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (21/06) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o novo supercomputador comprado pelo INPE demonstra desempenho superior ao esperado.
Duda Falcão
Novo Sistema de Supercomputação Mostra
Desempenho Superior ao Esperado
21-06-2010
Especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) estiveram na fábrica da Cray Inc., nos Estados Unidos, para verificar o novo sistema de supercomputação, recentemente adquirido, que irá aprimorar a qualidade das previsões meteorológicas e o desenvolvimento de cenários climáticos futuros globais e regionais. A entrega da máquina XT6 está prevista para o final do mês de julho, enquanto o início de suas operações deve ocorrer em dezembro.
A velocidade efetiva estipulada no edital para a aquisição do sistema era de aproximadamente 15 TFlops, ou seja, 15 trilhões de operações aritméticas por segundo. Durante o teste para o aceite do sistema, realizado semana passada na fábrica de Chippewa Falls, Wisconsin, a máquina atingiu velocidade efetiva de 16,6 TFlops.
“As extrapolações apresentadas pela Cray foram todas superadas e a máquina que o INPE receberá é muito mais rápida do que foi apresentada na proposta da Cray, que venceu a licitação para o fornecimento do sistema”, informa Dirceu Herdies, do INPE.
Os resultados atingidos mostram que se fosse atualizado hoje o Top500, que relaciona os computadores mais rápidos do planeta, a máquina que será instalada no INPE estaria na 20ª posição geral e em 1º lugar entre as utilizadas para previsão numérica de tempo e clima no mundo.
Novo Supercomputador
Adquirido com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o novo sistema de supercomputação será instalado no INPE de Cachoeira Paulista (SP) e será utilizado pelos Centros de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do próprio Instituto, além dos grupos de pesquisa, instituições e universidades integrantes da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas (Rede CLIMA) do MCT, do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas.
Este supercomputador permitirá gerar previsões de tempo mais confiáveis, com maior prazo de antecedência e de melhor qualidade, ampliando o nível de detalhamento para 5 km na América do Sul e 20 km para todo o globo. Será possível prever ainda eventos extremos com boa confiabilidade, como chuvas intensas, secas, geadas, ondas de calor, entre outros. As previsões ambientais e de qualidade do ar também serão beneficiadas, gerando prognósticos de maior resolução, de 15 quilômetros, com até seis dias de antecedência.
A nova máquina também será fundamental para o desenvolvimento e implementação do Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global, que incorporará todos os elementos do Sistema Terrestre (atmosfera, oceanos, criosfera, vegetação, ciclos biogeoquímicos, etc), suas interações e como este sistema está sendo perturbado por ações antropogênicas (por exemplo, emissões de gases de efeito estufa, mudanças na vegetação, urbanização, etc.). Este esforço envolve um grande número de pesquisadores do Brasil e do exterior, provenientes de diversas instituições, o que se constitui num projeto interdisciplinar de desenvolvimento de modelagem climática sem precedentes entre países em desenvolvimento.
O novo supercomputador irá ampliar em mais de 50 vezes a capacidade de processamento no INPE. A atual infraestrutura computacional está operando no limite de sua capacidade, o que tem impedido a incorporação de avanços já desenvolvidos nas áreas de modelagem numérica, modelagem de mudanças climáticas, assimilação de dados, química e aerossóis, atmosfera, oceanos e vegetação, que deverão trazer melhorias às previsões de tempo e clima e às simulações de mudanças climáticas.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Comentário: Não resta dúvida que essa é uma boa notícia para a meteorologia brasileira. No entanto, essa notícia é muito estranha, pois os americanos não dão nada mais do que o acertado. Isso faz o blog se questionar o que pode ter acontecido para que os yankes tivessem proposto entregar um produto com potencia Y e o entregassem com potencia X pelo mesmo preço. Muito estranha essa história, porém deixando de lado as esquisitices do setor público brasileiro, como disse no inicio do meu comentário, não resta dúvida que é uma boa notícia para a meteorologia brasileira. Entretanto serve também como uma cortina de fumaça para o governo esconder a necessidade do satélite meteorológico brasileiro. Esse sim, um equipamento extremamente crucial para tornar o país independente em previsão meteorológica de pequena, media e longa duração.
É claro que novos supercomputadores, novos satelites, expo xangai, é muito bom para o brasil, porém nada disso nos daria mais autonomia,maior conhecimento, independencia que a capacidade de lançarmos nossos próprios satelites.Não havia necessidade do cyclone, haveria de investirmos massiçamente no desenvolvimento do noso vls.Aliás ainda há tempo, é só querer, engraçado como aqui e alí vemos textos já se enaltecendo so chineses..tipo(quem sabe já poderiamos mandar um astronauta ao espaço na capsula chinesa!)Deveria ter vergonha quem diz isso (me desculpem)nós deveriamos esta comprometidos como nação a estabelecer datas para irmos ao espaço, com dinheiro a tecnologia se apreende!Não precisa de tanta parceria.Como dizem deixa o homem trabalhar eu diria deixa os meninos trabalharem!
ResponderExcluirOlá Benito!
ResponderExcluirVeja bem amigo, em minha modesta opinião você está certo quando diz que nada nos daria mais autonomia, maior conhecimento, independência que a capacidade de lançarmos nossos próprios satélites. No entanto Benito a cooperação espacial é a saída para termos acesso a certas tecnologias que mesmo com dinheiro suficiente levaríamos anos para desenvolver e o país não pode esperar tanto tempo. Isso deveria ter sido feito desde os primórdios e não foi feito, portanto a cooperação espacial é a melhor solução. O que acontece é que essas cooperações só fazem sentido com países como a China (está bem aquém do que poderia), com a Rússia (existem rumores ainda não confirmados pelo blog de que os russos estão insatisfeitos e não estão cumprindo o acordado), com a Alemanha (o acordo está de vento em popa e já trouxe bons frutos para o PEB) e outros países em menor escala. Já quanto ao Cyclone-4, esquece essa coisa, pois está parecendo que a motivação foi política, ou seja, o mesmo foi criado como compensação para o PSB e para o ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, conhecido pelo sua incompetência. Quanto a um programa espacial tripulado próprio, não creio que seja necessário no momento, mas poderíamos sim está participando de experiências na ISS e de vôos com nossos astronautas através do Space Shuttle, Soyuz e também com a nave chinesa, como fazem os europeus, canadenses e japoneses. Além disso, para não ficarmos tão distante do conhecimento que necessitaremos no futuro, poderíamos também estar envolvidos com o desenvolvimento de alguma nave tripulada como a KLIPPER russa, projeto que em seu início parece ter sido oferecido ao Brasil. No entanto, infelizmente com o orçamento que tempos e com a mentalidade reinante no governo, isso não passa de utopia.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)