La Niña Pode Influenciar Chuvas Diz o INPE
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (21/06) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o fenômeno La Niña poderá influenciar as chuvas no inverno, estação que inicia nesta segunda-feira (21/06).
Duda Falcão
La Niña Pode Influenciar Chuvas
21-06-2010
O fenômeno La Niña pode influenciar as chuvas no inverno, estação que inicia nesta segunda-feira (21/06). Elaborada pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE) em conjunto com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a previsão climática para o trimestre julho, agosto e setembro indica maior probabilidade de chuvas acima da média no extremo norte da Região Norte e variando de normal a abaixo da média no sul das regiões Centro-Oeste e Sudeste e na Região Sul do Brasil. Nas demais áreas, permanece a previsão de chuvas em torno da média histórica, com baixa previsibilidade no setor central do Brasil. O leste da Região Nordeste deve continuar apresentando grande irregularidade na distribuição temporal e espacial das chuvas, inclusive com possibilidade de episódios extremos de chuva intercalados por períodos de estiagem.
A temperatura do ar continuará com maior probabilidade de ocorrência de condições acima da normal climatológica na maior parte do Brasil. Para a Região Sul, as temperaturas estão sendo previstas próximas aos valores normais. Contudo, há possibilidade de incursões de massas de ar frio mais intensas ao longo deste trimestre tanto sobre a Região Sul quanto sobre o sul das Regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
A incursão de massas de ar frio no decorrer de maio e início de junho antecipou as condições típicas de inverno na maior parte do centro-sul do Brasil, com ocorrência do fenômeno conhecido por friagem no oeste da Região Centro-Oeste e sul da Região Norte. No litoral de Santa Catarina, a atuação de um ciclone extratropical causou chuvas mais intensas e enchentes em vários municípios. Em Florianópolis, os 253 mm registrados no dia 19 de maio excederam o total de chuva esperado para todo o mês (96,9 mm) e o acumulado mensal atingiu 443 mm.
A diminuição da temperatura das águas superficiais na região do Pacífico Equatorial em comparação com o mês de abril, e os ventos alísios mais intensos que o normal nos setores central e oeste do Pacífico, indicaram sinais característicos do início do fenômeno La Niña. O estabelecimento da fase mais ativa do fenômeno La Niña está previsto para o segundo semestre de 2010, podendo influenciar o início da estação chuvosa no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. No Atlântico Norte, a temperatura das águas superficiais continua acima da média, favorecendo a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ao norte de sua climatologia.
Informações adicionais sobre as condições oceânicas e atmosféricas globais e a situação da chuva em todo o Brasil estão disponíveis em http://infoclima1.cptec.inpe.br
Para saber sobre La Niña, fenômenos e termos meteorológicos consulte http://www7.cptec.inpe.br/glossario
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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