ITA Desenvolve Monitoramento Hidrológico para Amazônia
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (09/06) no site do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), informando que o instituto está envolvido no desenvolvimento de um sistema nacional computadorizado para o monitoramento hidrológico da Bacia Amazônica.
Duda Falcão
Notícias
Modernização do Monitoramento Hidrológico da Bacia Amazônica
Regina França - Assessoria de Imprensa
09/06/2010 14:41
O desenvolvimento de um sistema nacional computadorizado para monitoramento dos recursos hídricos da Bacia Amazônica reúne pesquisadores do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Visando atender a uma demanda da Agência Nacional de Águas (ANA), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), teve início em 2007 o “Projeto de Integração e Cooperação Amazônica para a Modernização do Monitoramento Hidrológico”, sob a coordenação técnica do Prof Dr Adilson Marques da Cunha (Divisão de Ciência da Computação do ITA), que tem como objetivo obter o domínio de tecnologias para o desenvolvimento de um sistema nacional computadorizado para monitoramento hidrometeorológico da Bacia Amazônica, em tempo real.
Os dados telemétricos obtidos, transmitidos a partir de Plataformas de Coleta de Dados (PDC) e de outras fontes, constituirão um Banco de Dados Hidrológicos de Referência (BDHR), que será gerenciado pela ANA, na chamada Sala de Situação, onde será possível analisar e prever a ocorrência de eventos críticos tais como enchentes, secas e poluição de diversos tipos.
O projeto abrange cinco macrofuncionalidades: aquisição de dados hidrometeorológicos e operacionais de diferentes origens; tratamento dos dados adquiridos; armazenamento e recuperação de informações hidrometeorológicas de recursos hídricos em um repositório centralizado; monitoramento, controle e apoio à decisão sobre os recursos hídricos da região amazônica; e difusão de dados e informações aos interessados.
Para garantir a realização integrada destas atividades, entram em cena os seguintes elementos que se encontram em fase adiantada de desenvolvimento:
Plataforma de Coleta de Dados (PCD) - utilização de tecnologia nacional de hardware e de software, permitindo comunicações de dados via Satélite, Rede Celular ou Rádio Frequência;
Banco de Dados Hidrológico de Referência (BDHR) - integração em um repositório único dos dados hidrometeorológicos e operacionais provenientes de fontes diversas;
Sistema de Monitoramento, Controle e Apoio à Decisão (SMCAD) - visualização de informações hidrometeorológicas para o monitoramento dos recursos hídricos na Sala de Situação da ANA.
Principais Resultados
No campo das pesquisas acadêmico-científicas, este projeto tem se mostrado um excelente laboratório para o desenvolvimento de trabalhos de iniciação científica, de graduação e de pós-graduação, motivando a publicação de diversos artigos em eventos nacionais e internacionais, onde estão relatados os principais conhecimentos, experiências e resultados intermediários adquiridos nas pesquisas.
Cabe mencionar que o Banco de Dados Hidrológico de Referência (BDHR), concluído e entregue em setembro do ano passado, já está sendo utilizado pela ANA. Atualmente, o enfoque está na concepção e no desenvolvimento, totalmente nacional, de uma Plataforma de Coleta de Dados e de um Sistema de Monitoramento, Controle e Apoio à Decisão, a ser instalado na Sala de Situação da ANA, em Brasília.
Título: “Projeto de Integração e Cooperação Amazônica para a Modernização do Monitoramento Hidrológico” (ICA-MMH), Parte BFinanciamento: Ministério da Ciência e Tecnologia / Financiadora de Estudos e Projetos (MCT/Finep) Fundo Setorial CT-Hidro, Projeto Finep Nº 5206/06
Proponente: Fundação Casimiro Montenegro Filho (FCMF)
Instituição Executora: Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
Instituição Coexecutora: Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Prazo de Execução: 36 meses (início em 15 de setembro de 2007)
Recursos: R$ 2.800.000,00 (direcionado ao custeio de despesas referentes ao pagamento de bolsas para os recursos humanos envolvidos; aquisição de materiais de consumo e permanente; adequação tecnológica do ambiente de desenvolvimento; viagens técnicas; serviços de terceiros; e participação em Congressos, Cursos de Treinamento, de Aperfeiçoamento e de Capacitação)
Fonte: Site do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)
Comentário: Esse é mais outro exemplo dos benefícios que a tecnologia espacial traz para o país que resolve investir em seu desenvolvimento. No Brasil exemplos como esse ainda são raros devido ao baixo investimento do governo no setor espacial, mas mesmo assim devido à dedicação desses fantásticos profissionais brasileiros, tecnologias vão sendo desenvolvidas, transferidas para outros setores correlatos e os resultados aparecendo, mesmo que não sejam na velocidade que gostaríamos.
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