VLS-1 Só Deverá Decolar em 2015
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (09/09) no site “Folha.com” do “Jornal Folha de São Paulo” destacando o quarto vôo de qualificação do VLS-1 (foguete completo) deverá ocorrer somente em 2015.
Duda Falcão
Foguete Nacional Só Deve Decolar em 2015
CLAUDIO ANGELO
FABIO AMATO
DE BRASÍLIA
09/09/2010 - 08h48
Sete anos após o incêndio que matou 21 pessoas na base de Alcântara, Maranhão, finalmente a torre de lançamento do VLS-1, o Veículo Lançador de Satélites brasileiro, está quase completa. Ela será inspecionada nesta quinta-feira pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.
O foguete, porém, só deve realizar um lançamento completo em 2015, quase uma década depois da promessa inicial do governo.
A previsão consta de um documento do Ministério da Ciência e Tecnologia. Nele, o primeiro vôo de teste do VLS-1, com apenas dois de seus quatro estágios, está agendado para 2012 ou 2013. Um teste do foguete completo, mas sem carga útil, ocorre até 2014.
Editoria de Arte / Folhapress/Editoria de Arte / Folhapress
O brigadeiro Francisco Pantoja, diretor do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), órgão da Força Aérea que desenvolve o VLS, diz que o lançamento em 2015 só acontece no pior cenário. "Pode ser que o vôo com carga útil aconteça antes. Tudo depende dos resultados dos ensaios", diz.
Em agosto de 2003, quando a torre de integração do foguete pegou fogo, o então ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, prometeu o VLS para 2006.
Mas problemas na licitação da nova torre impediram que o IAE cumprisse o cronograma. Além disso, o projeto sofreu uma revisão completa, que levou à necessidade de novos testes.
ESTRANHO NO NINHO
Enquanto o VLS não vem, o país espera poder lançar de Alcântara outro foguete, o ucraniano Cyclone-4.
O Brasil criou com a Ucrânia uma empresa binacional, a ACS (Alcântara Cyclone Space), para vender lançamentos de satélite.
A empresa, cujo diretor brasileiro é Roberto Amaral, foi instituída em 2006. Ela terá sua pedra fundamental lançada hoje por Rezende.
A presença da ACS dentro do CLA (Centro de Lançamentos de Alcântara) incomoda militares, pois cria competição por recursos do programa espacial.
Enquanto o projeto do VLS e a infraestrutura associada estão no patamar dos R$ 60 milhões por ano, os investimentos em centros de lançamento --que incluem o CLA, mas também o sítio do Cyclone-4-- chegaram a R$ 200 milhões em 2009.
O VLS é considerado por especialistas um "beco sem saída" tecnológico. Ele pode levar cargas úteis de apenas 150 kg, um décimo do peso de satélites como o sino-brasileiro CBERS. Rezende reconhece a limitação, mas aposta que o VLS poderia cada vez mais ser usado para microssatélites, tendência no setor.
Enquanto isso, o MCT quer usar o Cyclone para lançar um trio de satélites do INPE a partir de 2012: o Amazônia-1 (de monitoramento de florestas), o Lattes (de astrofísica) e o GPM-Br (meteorológico).
Fonte: Site Folha.com - 09/09/2010
Comentário: Pois é leitor, o que o blog temia está acontecendo sem que o IAE possa fazer qualquer coisa para mudar essa situação. Essa mal engenhada ACS prejudicou e muito o verdadeiro PEB e o programa VLS durante o governo LULA, como fica claro nessa matéria. Veja no final da mesma o que já havíamos abordado aqui no blog, ou seja, não existe ainda qualquer previsão de lançamento de satélites estrangeiros pelo Cyclone-4 (a não ser o microsatélite Nano-Jasmine japonês que será lançado de graça no primeiro vôo de qualificação do foguete) , e sim uma expectativa de lançar os satélites brasileiros atualmente em construção ou planejados e possivelmente satélites ucranianos em construção ou em desenvolvimento. A esperança do brigadeiro Pantoja (diretor do IAE) de lançar o VLS-1 antes de 2015 é louvável e verdadeira (é indiscutível sua luta pelo Programa do VLS-1), mas isso não dependerá somente dos resultados dos testes a serem realizados como o mesmo defende e sim e principalmente do resultado obtido com a ACS. A cada fracasso financeiro (nada difícil de prever) dessa mal engenhada empresa, recursos serão certamente desviados para cobrir seus prejuízos, diminuindo assim as verbas do VLS-1 e dos projetos de foguetes em curso (VLM-1 e VLS-Alfa). Uma vergonha capitaneada pelo incompetente Roberto Amaral e endossada pelo humorista Luiz Inácio LULA da Silva. Lamentável. Vale lembrar leitor que a previsão dos hermanos argentinos para o lançamento do seu véiculo lançador é 2013.
espero q o brasil um dia seja uma potencia atomica !!!
ResponderExcluirOlá Cleide!
ResponderExcluirJá eu não, não acredito que precisamos ter armas nucleares. Basta sabermos como fazer e isso já sabemos.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)