Transferência de Tecnologia Permite o Desenvolvimento na Indústria Nacional de Sistema de Propulsão Para Satélites
Olá leitor!
Pois é, segue uma nota postada ontem (01/07) no
site da “Agência Espacial Brasileira (AEB)” destacando
que Transferência de Tecnologia permitiu o desenvolvimento
na indústria nacional de Sistema de Propulsão Para Satélites.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Transferência de Tecnologia Permite o Desenvolvimento
na Indústria Nacional de Sistema de Propulsão Para Satélites
Coordenação de Comunicação Social
Publicado em: 02/07/2020 - 09h43
Última modificação: 02/07/2020 - 09h55
O plano de absorção e transferência de tecnologia
espacial para a indústria nacional, no âmbito do contrato de aquisição e
desenvolvimento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações
Estratégicas (SGDC), lançado em 2017, permitiu, à Fibraforte Indústria e
Comércio, uma das seis empresas brasileiras selecionadas por meio de edital de
seleção pública do MCTI/AEB/Finep/FNDCT, concluir, em junho de 2020, o ciclo
completo de design, desenvolvimento, produção e entrega de um sistema de
propulsão monopropelente para satélites. No caso específico da Fibraforte, o estado-da-arte
em equipamentos de propulsão monopropelente (hidrazina) foi transferido ao
nosso País.
O Acordo de Transferência de Tecnologia Espacial, firmado
entre a Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao MCTI, e a
empresa Thales Alenia Space (TAS), com o apoio do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep),
iniciou-se em 2015 e, desde então, possibilitou o fortalecimento da competência
técnica de empresas nacionais no desenvolvimento e fornecimento de soluções,
produtos e serviços espaciais.
A AEB é a instituição responsável pela coordenação,
monitoramento e avaliação dos resultados do plano de absorção e transferência
de tecnologia do SGDC. De acordo com o diretor de Satélites, Aplicações e
Desenvolvimento da AEB, Paulo Barros, o processo de transferência de tecnologia
permitiu às empresas selecionadas adquirir todo o know-how e a
competência tecnológica necessária para projetar, desenvolver, fabricar, testar
e qualificar produtos espaciais de excelência.
“O processo de transferência de tecnologia proporcionou
às empresas partícipes, além da garantia de manutenção de sua planta industrial
e geração de novos empregos, a possibilidade de se capacitar em tecnologias
avançadas, estando aptas a atender não só o mercado interno como também o
externo, ofertando produtos competitivos e de alta confiabilidade desenvolvidos
no Brasil”, afirmou Barros.
Quinze profissionais da Fibraforte, 13 engenheiros, um
técnico e um administrador, estiveram diretamente envolvidos no processo de
transferência de tecnologia, por meio de treinamentos realizados na França e no
Brasil. A capacitação desses profissionais foi conduzida em acordo com os
exigentes padrões e requisitos do mercado internacional e culminou no
desenvolvimento de um propulsor monopropelente de 1N de empuxo, tanque de
propelente de 40l e um sistema de propulsão monopropelente para
microssatélites.
Foto: Sistema de propulsão monopropelente para
microssatélites – MPS Unit, projetado, desenvolvido, fabricado, testado e
entregue pela Fibraforte em abril de 2020.
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“O processo de aquisição de tecnologia foi bem-sucedido
graças ao esforço harmônico da TAS e Fibraforte sob coordenação da AEB. Por um
lado, a TAS foi eficaz no ensinamento de regras de projeto, e requisitos para
qualificação, e a Fibraforte foi diligente nas tarefas de projeto, fabricação e
testes durante a concretização do desenvolvimento dos equipamentos” explica
Jadir Nogueira Gonçalves, sócio-diretor e um dos fundadores da Fibraforte.
O sistema de propulsão é um equipamento importante para
modificar a velocidade de um satélite e garantir a correta inserção em órbita,
além de ajudar a manter uma espaçonave na órbita e na atitude desejadas. O sócio-diretor
da Fibraforte, Jadir Nogueira Gonçalves, destacou que a empresa adquiriu novas
habilidades e considerável progresso técnico no ciclo completo de produção
desse tipo de sistema, após a participação no processo de transferência de
tecnologia do SGDC.
“O sistema de propulsão desenvolvido tem potencial
aplicação em projetos nacionais como, por exemplo, uma eventual
industrialização da Plataforma Multimissão (PMM) e futuros projetos de
satélites e lançadores”, afirmou Jadir.
Além de uma sequência extensa de testes realizados na
Fibraforte, todos os equipamentos foram testados no Laboratórios de Propulsão e
no Laboratório de Integração e Testes, ambos do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), em Cachoeira Paulista e São José dos Campos (SP),
respectivamente. Os propulsores passaram recentemente por testes de vibração e
teste de tiro.
As seis empresas nacionais selecionadas para participar
do plano de absorção e transferência das tecnologias do SGDC foram AEL
Sistemas, Cenic Engenharia, Equatorial Sistemas, Fibraforte, Opto Eletrônica e
Orbital Engenharia. Os resultados e realizações dessas outras empresas no marco
do Acordo de Transferência de Tecnologia Espacial firmado entre a AEB e a TAS
também serão apresentados por meio de uma série de matérias a serem publicadas
nos canais de comunicação da AEB.
Sobre a Fibraforte
Foto: Engenheiro da Fibraforte durante
treinamento de
soldagem da tubulação
de Sistema de Propulsão, em setembro
de 2016, nas
instalações da TAS,
na França.
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A Fibraforte foi criada em 1994, época do início do
envolvimento das indústrias no Programa Espacial Brasileiro. Atua no segmento
espacial fornecendo estruturas, mecanismos e sistemas de propulsão para
satélites.
A Fibraforte iniciou sua atuação na área de propulsão em
1998, com o desenvolvimento de propulsores de 2N, projetados pelo INPE, que
foram integrados numa plataforma suborbital fazendo parte de um experimento
tecnológico de sistema de controle de atitude.
Em 2002 a empresa assumiu o fornecimento do Subsistema de
Propulsão da PMM, que hoje está integrado no satélite Amazonia-1. A Fibraforte
desenvolveu para esse sistema as válvulas de enchimento e dreno (FDVs) e os
Propulsores de 5N. As tecnologias anteriormente desenvolvidas foram
determinantes para a escolha da Fibraforte no processo de seleção para o
Programa de Transferência de Tecnologias do SGDC e foram fundamentais para o
sucesso de sua participação no Programa.
Sobre o SGDC
O SGDC fornece cobertura de serviços de internet a 100%
do território nacional de forma a promover a inclusão digital para todos os
cidadãos, além de fornecer um meio seguro e soberano para as comunicações
estratégicas do Governo Federal. O satélite opera nas bandas X e Ka, destinadas
respectivamente ao uso de comunicações de defesa – que representa 30% da
capacidade do equipamento – e ao uso cívico social, provendo banda larga às
regiões mais remotas do Brasil – que corresponde a 70% da capacidade.
Hoje o satélite brasileiro provê conexão em banda larga
para mais de 9 mil escolas, com mais de 12.500 pontos instalados, beneficiando
cerca de 2,5 milhões de alunos da rede pública de ensino, áreas indígenas e
Unidades Básicas de Saúde.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira é uma autarquia vinculada
ao MCTI, responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial
Brasileira. Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha
para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da
sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB) - http://www.aeb.gov.br
Comentário: Bom leitor, isso é papo furado, não houve em
momento algum qualquer tipo de transferência tecnológica da França para o
Brasil no protejo deste trambolho espacial francês. Os técnicos que foram a
França só participaram da montagem e integração do satélite e de cursos de como operacionalizar
o mesmo. Vale dizer que para este satélite fora as partes críticas do mesmo
desenvolvidas devido as características únicas deste trambolho, a maior parte delas
eram peças de prateleira, ou seja, já desenvolvidas e armazenadas pela THALES. Se
a Fibraforte desenvolveu mesmo essa tecnologia (e vale aqui se investigar, pois
pode ter sido comprada), ou foi desenvolvimento próprio ou originado de tecnologia
desenvolvida na unidade do INPE em Cachoeira Paulista, não tendo nada haver com
o projeto deste trambolho espacial francês. Mas Duda, o Governo Petralha assinou ou não um documento com essa intenção? Assinou sim leitor, pro-forme, para justificar legalmente essa palhaçada, mas sabia desde o inicio de comum acordo com a Thales que era só uma justificativa legal. Transferência tecnológica leitor só ocorre com desenvolvimento conjunto, aí sim, o parceiro menos tecnológico tem a oportunidade de absorver a tecnologia do seu parceiro, bem como também a sua experiência, e em momento algum isso ocorreu neste projeto do SGDC. Além disso leitor, não precisa ser um
entendido para perceber que um sistema de propulsão para microssatélites é bem menos
complexo do que um sistema de propulsão para um satélite de mais de seis
toneladas. Fake News, e lamento muito que profissionais do setor espacial se
submetam a participar de divulgações como essa. Lamentável! Entretanto,
independente dessa nota tendenciosa para justificar o projeto deste trambolho
espacial sem precedentes na história da astronáutica mundial, vale aqui (por enquanto)
parabenizar a Fibraforte pelo feito.
A Fibraforte desenvolveu o desenvolvimento de propulsores de 2N
ResponderExcluirA Fibraforte desenvolveu os Propulsores de 5N
Qual Empresa desenvolveu os Propulsores de 15N ?
PROPULSÃO
ExcluirA Equatorial, também já desenvolveu partes e sistemas de propulsão para satélites. Entre os projetos é possível citar o desenvolvimento pioneiro de válvulas de enchimento e dreno para propulsor, propulsores bipropelentes 200N e micro propulsores com hidrazina, fornecido em conjunto com um banco de controle e testes hidráulicos.
Em 2003, a empresa transferiu essa tecnologia para a Fibra Forte, uma empresa local que fornece esse sistema para a plataforma PMM do INPE.