Spin Offs Espacias Brasileiros Estão Expostos SBPC
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (13/07) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que os spins-offs espaciais brasileiros estão expostos no estande da AEB na “63ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)”.
Duda Falcão
Spin Offs Espacias Brasileiros
Estão Expostos SBPC
AEB
13-07-2011
As tecnologias desenvolvidas no campo espacial encontram inúmeras aplicações em outros setores industriais. Por esta razão, a Agência Espacial Brasileira (AEB) exibe em seu estande na 63ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em Goiânia, alguns spin-offs ( expressão inglesa usada para denominar casos nos quais as tecnologias, desenvolvidas no contexto dos programas espaciais, são usadas em atividades fora desse setor) desenvolvidos no Brasil.
Confira os spin-offs que podem ser vistos no estande da AEB na SBPC:
Mini tubo de calor - Este dispositivo é uma réplica do que foi testado na “Missão Centenário”, em 2006. O experimento enviado à Estação Espacial Internacional continha dois mini tubos de calor. A principal função de um tubo deste é transportar o calor concentrado em uma região mais quente para uma região mais fria, de forma a manter o controle de temperatura sobre toda a superfície. Ele é um eficiente meio de transporte de calor para controle térmico de equipamentos em ambiente espacial.
A aplicação desta tecnologia, no cotidiano, é a utilização de tubos de calor na construção de fornos mais eficientes para padarias. Além disso, ela permite a construção de fornos energeticamente mais econômicos e com temperatura mais homogênea diminuindo desta forma a perda de matéria prima na indústria petrolífera.
Desenvolvimento: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Pinos, buchas e sistema de abertura de painéis solares dos satélites - No ambiente espacial, os satélites não podem operar com o uso de lubrificantes e graxas convencionais devido à sua evaporação nas condições de alto vácuo.
Pesquisadores brasileiros estudaram as propriedades do diamante, em especial, o Diamond-Like Carbon (DLC), que apresenta baixíssimo coeficiente de atrito, e a solução encontrada foi utilizá-lo como lubrificante sólido para abertura de painéis solares dos satélites.
Desenvolvimento: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Empresa Fibraforte
Brocas Odontológicas - Resultado direto do desenvolvimento e pesquisa para novos materiais aplicados para abertura dos painéis solares dos satélites, essas brocas odontológicas de ultra-som são, hoje, peças presentes nos consultórios odontológicos de todo o País.
Fabricante: Empresa CVDentus
Forno Multiusuário para Solidificação - Trata-se de um forno de solidificação multiusuários para crescimento de ligas, metais e semicondutores com pontos de fusão de até 800oc, testado em vôo suborbital, no foguete VSB-30 fabricado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (IAE/DCTA).
O forno voou nas missões Cumã I e II e levou em seu interior um experimento piloto para solidificação em microgravidade de uma liga semicondutora com importantes aplicações tecnológicas, como detectores para a faixa do infravermelho termal (como as ondas emitidas pelo corpo humano), usados em câmeras de satélites meteorológicos.
Desenvolvimento: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Fibra de carbono – As fibras carbônicas são matérias-primas que provém da pirólise de materiais carbonáceos que produzem filamentos de alta resistência mecânica usados para os mais diversos fins, entre eles motores de naves espaciais. O carbono possui propriedades refratárias excepcionais. Sua temperatura de vaporização chega aos 3700 °C e sua resistência às modificações químicas e físicas é grande mesmo em altas temperaturas.
Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Isso é muito bom. A sociedade brasileira precisa tomar consciência dos benefícios adquiridos quando se investe em tecnologia espacial. É verdade que os spin-offs brasileiros ainda são tímidos se levarmos em conta os grandes benefícios que esta tecnologia pode gerar, entretanto os mesmo são condizentes com os investimentos pífios até o momento empregados em nosso pobre e desprestigiado programa espacial.
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