Programa Espacial Brasileiro Necessita de R$ 20 bilhões
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (15/07) no site do “Jornal da Ciência” da SPBC destacando que segundo o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antônio Raupp, o Programa Espacial Brasileiro necessita de R$ 20 bilhões até 2020.
Duda Falcão
Notícias
Programa Espacial Brasileiro
Necessita de R$ 20 bilhões
Renata Oliveira
Jornal da Ciência
15/07/2011
Em conferência realizada na 63ª Reunião Anual da SBPC, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp, fez um diagnóstico do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), apontando desafios entre os quais a necessidade de investimentos na ordem de R$ 20 bilhões até 2020.
"O PNAE deve ser considerado um programa de Estado e não de governo, mas como o Ministério de Ciência e Tecnologia tem restrições orçamentárias, é preciso atrair a iniciativa privada, mostrando nossa performance e a possibilidade de negócio, por exemplo, a geração de valor agregado aos produtos.
Entre as propostas apresentadas, está a criação de uma nova agência espacial brasileira, fruto da fusão da AEB com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Dominar as tecnologias críticas (giroscópios, acelerômetros, sensores ópticos, propulsão líquida, etc); integrar políticas públicas como a de defesa; desenvolver recursos humanos; estimular a criação de empresas integradoras; incentivar a cooperação com universidades; organizar o setor e definir uma gestão eficiente também fazem parte do elenco de propostas apresentadas por Raupp.
Coletar dados, prever índices pluviométricos, catástrofes, condições do solo, lançar satélites, desenvolver comunicação estratégica, aumentar a qualificação técnica e gerar empregos também são aspectos relevantes do PNAE. Na Europa, a área emprega 28 mil técnicos e nos Estados Unidos 70 mil, só no governo.
O programa espacial brasileiro teve início em 1979 e produziu, desde então, um satélite a cada 4,4 anos. Hoje, temos um veículo suborbital (USB-30), 2 satélites de coleta de dados (SCDs) e 2 satélites CBERS. O lançamento do próximo CBERS está previsto para o ano que vem.
Fonte: Site do Jornal da Ciência de 15/07/2011
Comentário: Ora leitor, seria maravilhoso se isso acontecesse e certamente mudaria a cara do PEB até 2020, transformando o Brasil num player importante neste setor no cenário internacional. Porém, esperar que o Brasil venha investir quase 2.223 bilhões por ano com a classe política que temos em seu programa espacial até 2020, não é só irreal como completamente insano. Mesmo que se faça um trabalho muito bom para atrair investimentos privados na área essa meta não me parece possível. Entretanto, um patamar de 10 bilhões até 2020 (pouco mais de 1 bilhão por ano) é uma meta viável e possível de ser alcançada se houver um pouco de vontade política.
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