Novo Diretor do CLA Anuncia Lançamentos em 2010
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada hoje (15/01) no jornal “O Estado do Maranhão” destacando que o Cel. Aviador Ricardo Rangel assumiu o comando do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) na manhã desta quinta-feira (14/01) no lugar do Cel. Nilo Andrade. Leia a matéria com atenção leitor, pois a mesma tem informações importantes sobre o PEB.
Duda Falcão
Novo Diretor do CLA Anuncia Lançamento
de Foguetes para Este Ano
O coronel aviador Ricardo Rodrigues Rangel tomou posse no comando do Centro,
que deve realizar lançamentos de foguetes de pequeno e médio porte em 2010
Bruna Castelo Branco
Enviada Especial
15/01/2010
Douglas Júnior
Coronel Ricardo Rangel em solenidade de posse ontem no CLAALCÂNTARA - O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) deve realizar lançamentos de foguetes de pequeno e médio porte a cada dois meses este ano. Essas perspectivas de operações integram o programa de treinamento dos sistemas operacionais e recursos humanos do CLA e servem como um estágio para as operações de grande porte previstas para acontecer a partir de 2011, tendo como principais missões os lançamentos do VLS (Veículo Lançador de Satélites) e do foguete Cyclone 4.
O anúncio foi feito pelo novo diretor do CLA, coronel aviador Ricardo Rodrigues Rangel, que assumiu o comando do Centro na manhã de ontem. Ele substitui o coronel Nilo Andrade, que assumirá um cargo na Agência Espacial Brasileira (AEB).
Segundo Ricardo Rangel, as operações devem ser iniciadas em meados de fevereiro e fazem parte da programação de treinamentos iniciados no ano passado, quando foram lançados três foguetes - dois de pequeno e um de médio porte. Ainda este ano, estão previstos para serem lançados pelo menos dois foguetes de nível intermediário, desenvolvidos com tecnologia nacional e com fins de qualificação do produto.
"O lançamento de foguetes de nível intermediário deve acontecer no meio do ano. Esses foguetes servem como base para o lançamento do VLS, que deverá acontecer em dois anos. Antes disso, iremos fazer alguns testes simulados ainda este ano. Por isso, é fundamental que estejamos com uma equipe pronta", informou o novo diretor.
Além dos lançamentos de foguetes de pequeno e médio porte, uma das metas de Ricardo Rangel é concluir as obras da plataforma de lançamento do VLS, que deve ser concluída no fim deste ano. Após o término dos trabalhos físicos, serão realizados em dezembro/2010 os testes que simulam o lançamento do foguete, para correções e avaliações.
O anúncio foi feito pelo novo diretor do CLA, coronel aviador Ricardo Rodrigues Rangel, que assumiu o comando do Centro na manhã de ontem. Ele substitui o coronel Nilo Andrade, que assumirá um cargo na Agência Espacial Brasileira (AEB).
Segundo Ricardo Rangel, as operações devem ser iniciadas em meados de fevereiro e fazem parte da programação de treinamentos iniciados no ano passado, quando foram lançados três foguetes - dois de pequeno e um de médio porte. Ainda este ano, estão previstos para serem lançados pelo menos dois foguetes de nível intermediário, desenvolvidos com tecnologia nacional e com fins de qualificação do produto.
"O lançamento de foguetes de nível intermediário deve acontecer no meio do ano. Esses foguetes servem como base para o lançamento do VLS, que deverá acontecer em dois anos. Antes disso, iremos fazer alguns testes simulados ainda este ano. Por isso, é fundamental que estejamos com uma equipe pronta", informou o novo diretor.
Além dos lançamentos de foguetes de pequeno e médio porte, uma das metas de Ricardo Rangel é concluir as obras da plataforma de lançamento do VLS, que deve ser concluída no fim deste ano. Após o término dos trabalhos físicos, serão realizados em dezembro/2010 os testes que simulam o lançamento do foguete, para correções e avaliações.
CURRÍCULO
Nome completo:
Ricardo Rodrigues Rangel
Naturalidade:
Volta Redonda-RJ
Principais funções desempenhadas:
Pesquisador do Instituto de Aeronáutica
e Espaço, do Instituto de Estudos Avançados
e do Instituto de Proteção e Vôo; chefe da
Subdivisão de Estudos e Projetos do Instituto
de Proteção e Vôo; assessor de Acompanhamento
e Controle de Projetos de Proteção e Vôo; adjunto
da Divisão Administrativa do Instituto de Controle
e Espaço Aéreo; chefe da Divisão de Operações do
Centro de Lançamento de Barreira do Inferno (CLBI)
Programa - De acordo com Ricardo Rangel, após essa etapa, o CLA despontará como um dos pontos mais importantes do Programa Espacial Brasileiro, já em condições adequadas para grandes lançamentos. "O Centro está passando por um profundo trabalho de planejamento para que possamos efetuar lançamentos nossos e em parcerias com outros países. As dimensões da torre do VLS permitirão mais flexibilidade para lançamentos ainda maiores", afirmou.
Apesar de contar, atualmente, com espaço suficiente para suprir a demanda necessária para as operações do programa espacial, em breve, temas como expansão física e, conseqüentemente, relocação de algumas comunidades voltarão a ser discutidos. "Para que consigamos entrar no mercado comercial, precisaremos de mais área no litoral do CLA. É um projeto que será discutido com as comunidades próximas do Centro e se for necessário elas serão transferidas para uma área com as mesmas características", disse.
Para o coronel Nilo Andrade, o período de dois anos da sua gestão serviu como um estágio de preparação para grandes conquistas do CLA, como a aquisição de um novo radar meteorológico e o início do projeto de implantação do radar perfilador para medições de ventos em altitudes. Além de softwares de dados de meteorologia que facilitarão as operações de lançamentos. " Preparamos o Centro para parcerias, novos clientes. Hoje estamos com uma capacidade de lançamento muito significativa", informou Andrade.
Compromisso - Presente na solenidade de troca de comando do CLA, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, disse que, após grandes atrasos que incluem o processo com a reconstrução da torre de lançamento do VLS e as pendências para a construção dos sítios de lançamentos da empresa binacional Alcantara Cyclone Space (ACS), é hora de assumir um compromisso de colocar o CLA como uma referência na atividade espacial.
O CLA recebeu investimento de R$ 30 milhões em convênios, R$ 37 milhões para obras de infra-estrutura, e para 2010 a previsão é de um volume de recursos da ordem de R$ 190 milhões para serem aplicados na região de Alcântara.
"É hora de falar sério, de deixar essas querelas com as comunidades, de pensar em quanto o Brasil está perdendo em não concluir os trabalhos dentro dos prazos previstos. O Programa Espacial Brasileiro recebeu no ano passado o maior investimento desde a sua criação e, portanto, está na hora do Brasil começar a produzir suas próprias receitas", declarou Carlos Ganem.
O presidente da AEB destacou ainda que a empresa Cyclone Space, que já deveria funcionar a partir deste ano, tem uma expectativa de seis lançamentos ao ano, gerando uma receita em dólares ao país. "Por falta de entendimento com as comunidades, deixamos de ter a empresa funcionando ainda este ano. O Maranhão, especialmente Alcântara, só tem a ganhar em receitas, em produção de renda e geração de empregos", avaliou Ganem.
Apesar de contar, atualmente, com espaço suficiente para suprir a demanda necessária para as operações do programa espacial, em breve, temas como expansão física e, conseqüentemente, relocação de algumas comunidades voltarão a ser discutidos. "Para que consigamos entrar no mercado comercial, precisaremos de mais área no litoral do CLA. É um projeto que será discutido com as comunidades próximas do Centro e se for necessário elas serão transferidas para uma área com as mesmas características", disse.
Para o coronel Nilo Andrade, o período de dois anos da sua gestão serviu como um estágio de preparação para grandes conquistas do CLA, como a aquisição de um novo radar meteorológico e o início do projeto de implantação do radar perfilador para medições de ventos em altitudes. Além de softwares de dados de meteorologia que facilitarão as operações de lançamentos. " Preparamos o Centro para parcerias, novos clientes. Hoje estamos com uma capacidade de lançamento muito significativa", informou Andrade.
Compromisso - Presente na solenidade de troca de comando do CLA, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, disse que, após grandes atrasos que incluem o processo com a reconstrução da torre de lançamento do VLS e as pendências para a construção dos sítios de lançamentos da empresa binacional Alcantara Cyclone Space (ACS), é hora de assumir um compromisso de colocar o CLA como uma referência na atividade espacial.
O CLA recebeu investimento de R$ 30 milhões em convênios, R$ 37 milhões para obras de infra-estrutura, e para 2010 a previsão é de um volume de recursos da ordem de R$ 190 milhões para serem aplicados na região de Alcântara.
"É hora de falar sério, de deixar essas querelas com as comunidades, de pensar em quanto o Brasil está perdendo em não concluir os trabalhos dentro dos prazos previstos. O Programa Espacial Brasileiro recebeu no ano passado o maior investimento desde a sua criação e, portanto, está na hora do Brasil começar a produzir suas próprias receitas", declarou Carlos Ganem.
O presidente da AEB destacou ainda que a empresa Cyclone Space, que já deveria funcionar a partir deste ano, tem uma expectativa de seis lançamentos ao ano, gerando uma receita em dólares ao país. "Por falta de entendimento com as comunidades, deixamos de ter a empresa funcionando ainda este ano. O Maranhão, especialmente Alcântara, só tem a ganhar em receitas, em produção de renda e geração de empregos", avaliou Ganem.
Vídeo da Cerimônia de Posse - 14/01/2010
Fonte: Jornal O Estado do Maranhão - 15/01/2010
Comentário: Em mais uma matéria da competente jornalista Bruna Castelo Branco publicada pelo jornal o “Estado do Maranhão” fica clara a intenção do governo de entrar esse ano em negociações definitivas com as comunidades quilombolas. Apesar da matéria não esclarecer como isso será feito, não há o que fazer mais, a não ser reconhecer as terras das comunidades e negociar um preço para a compra das mesmas. Se assim não for feito, temo que essa história não seja resolvida e o tal do CEA literalmente irá para o espaço. Quanto às informações sobre os lançamentos de foguetes que estão programados para esse ano no CLA passada pelo Cel. Aviador Ricardo Rangel, não confirmam as informações que possuo. É sabido através da mídia que haverá no segundo semestre (por volta de dezembro) o lançamento de um foguete VS-40 com a SARA Suborbital, mas que não foi confirmado pelo coronel. Além disso, há quatro anos a comunidade científica brasileira participante do programa Microgravidade da AEB aguarda a conclusão do 3° AO (Anúncio de Oportunidade) com o lançamento de um foguete VSB-30, que segundo foi publicado anteriormente seria realizada ainda em 2010 numa operação dupla que envolveria o lançamento de um foguete americano Orion e do VSB-30 (Operação Maracati II). Ficou definido na época que essa operação do VSB-30 seria realizada a partir do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) devido às obras em curso no CLA (obras da TMI e das instalações de novos equipamentos). No entanto, segundo o que diz o Cel. Rangel nessa matéria, já agora em meados de fevereiro será realizada uma operação de lançamento do CLA. O coronel deixa entender que a operação citada será a de um foguete de treinamento, ou seja, muito provavelmente de outro FTB (foguete de Treinamento Básico) da Avibrás ou de um foguete Orion americano. Ele também cita o lançamento ainda esse ano de dois foguetes intermediários que muito provavelmente tratam-se dos vôos de qualificação dos foguetes FTI (Foguete de Treinamento Intermediário) que estão sendo desenvolvidos pela Avibrás. Com esse movimento todo no CLA desde fevereiro, aparentemente o CLBI em Natal volta para a sua costumeira hibernação, deus sabe lá por quanto tempo. Aproveito para agradecer uma vez mais a gentileza do leitor maranhense Edvaldo Coqueiro por ter enviado ao blog o conteúdo dessa matéria.
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