Startup Britânica Desenvolve Satélite Para Produção de Semicondutores no Espaço

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Foi postado ontem (02/10) uma notícia no site ‘Olhar Digital’ destacando que a startup espacial britânica (Reino Unido) ‘Space Forge’, está se preparando para enviar ao espaço um satélite que fabricará novos materiais semicondutores para serem usados em dispositivos eletrônicos na Terra. Chamado 'ForgeStar-1', o pequeno satélite está prestes a ser enviado aos EUA para lançamento no fim deste ano ou no início de 2024. Entendam melhor essa história pela matéria abaixo. 
 
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CIÊNCIA E ESPAÇO
 
Startup Desenvolve Satélite Para Produção de Semicondutores no Espaço 
 
A Space Forge fechou contrato com uma gigante aeroespacial norte-americana para fornecer substratos semicondutores feitos no espaço
 
Por Flavia Correia
02/10/2023 - 15h39
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br 
 
Crédito: Space Forge / Divulgação

Uma startup do Reino Unido está se preparando para enviar ao espaço um satélite que fabricará novos materiais semicondutores para serem usados em dispositivos eletrônicos na Terra.
 
Chamado ForgeStar-1, o equipamento está prestes a ser enviado pela Space Forge aos EUA para um lançamento no fim deste ano ou no início de 2024, de acordo com Josh Western, CEO e fundador da empresa.
 
A Space Forge fechou recentemente um contrato com a gigante aeroespacial norte-americana Northrop Grumman para fornecer substratos semicondutores feitos no espaço.
 
Espaço Oferece Condições Ideais Para Fabricação de Semicondutores
 
Conforme destaca o site Space.com, os materiais semicondutores são essenciais para todos os tipos de tecnologias eletrônicas, mas sua fabricação na Terra é cara e exige muita energia. Segundo Western, as condições de vácuo e microgravidade do espaço podem permitir que materiais semicondutores completamente novos sejam desenvolvidos com muito mais eficiência.
 
Crédito: IM Imagery – Shutterstock
Macrofotografia de uma pastilha de silício durante a produção de semicondutores – fespaço fornece condições de fabricação mais adequadas que a Terra.
 
“Produzir semicondutores compostos é um processo muito intenso e muito lento, eles são literalmente cultivados por átomos”, disse ele. “E assim a gravidade tem um efeito profundo, basicamente mudando as ligações entre esses átomos. No espaço você consegue superar essa barreira, porque há uma ausência de gravidade”.
 
O empresário explicou que o espaço também fornece um vácuo perfeito, que é necessário para proteger o material sensível da contaminação. Nas fábricas aqui na Terra, esse vácuo tem que ser criado por máquinas industriais. “A combinação da microgravidade e do vácuo do espaço pode permitir que os pesquisadores criem semicondutores que são 10 a 100 vezes mais eficientes do que temos na Terra”, acrescentou.
 
Como é o Satélite da Startup Britânica
 
Com o tamanho de um micro-ondas, o satélite ForgeStar-1 contém um laboratório de química automatizado em miniatura que permitirá à equipe misturar remotamente vários compostos químicos e desenvolver novas ligas semicondutoras com a espaçonave em órbita.
 
Então, o ForgeStar-1 transmitirá os resultados desses experimentos aos cientistas digitalmente, já que esse satélite não foi projetado para retornar à Terra. Uma missão subsequente da empresa, será construída para sobreviver à reentrada ardente através da atmosfera e trazer os produtos à superfície. Segundo Western, o primeiro satélite retornável pode ser lançado em dois ou três anos.
 
A indústria global de semicondutores vale atualmente mais de US$500 bilhões e deve dobrar de tamanho até 2030. Esse crescimento vai exigir investimento em materiais, equipamentos e serviços avançados de fabricação. “A fabricação no espaço oferece vantagens únicas, como condições de microgravidade e vácuo, que podem levar à criação de semicondutores com desempenho superior e defeitos reduzidos em comparação com os fabricados na Terra”, diz um comunicado da startup britânica.

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