Segundo Perquisadores do 'Observatório do Japão', a Descoberta Recente de 'Disco Protoplanetário Virgem', Poderá Ajudar a Construir uma Compreensão Teórica Mais Completa da Formação Planetária

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Pois então, no dia de ontem (30/10) foi postada uma notícia no site Inovação Tecnológica destacando que segundo pesquisadores do ‘Observatório Astronômico Nacional do Japão’, o achado recente de um Disco Protoplanetário onde não há nenhum indício de formação de planetas, permitirá construir uma compreensão teórica mais completa da formação planetária. Entendam melhor essa história pela matéria abaixo.
 
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ESPAÇO
 
O Que Um Disco Protoplanetário Virgem nos Diz Sobre a Formação dos Planetas
 
Redação do Site Inovação Tecnológica
30/10/2023
 
[Imagem: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/S. Ohashi et al.]
O disco protoplanetário é totalmente liso, sem qualquer sinal de aglomeração que possa estar criando planetesimais.
 
Disco Protoplanetário Sem Sinais de Planetas
 
Nos últimos poucos anos, os radiotelescópios mais modernos, como o multiantena ALMA, finalmente permitiram obter as primeiras evidências observacionais de uma teoria de longa data sobre a formação dos planetas a partir dos discos de poeira e detritos deixados após a formação de uma estrela.
 
Embora a teoria da formação de planetas em discos protoplanetários como estes ainda seja objeto de discussão entre os astrônomos e astrofísicos, as primeiras imagens diretas desses discos protoplanetários foi um ponto importante a favor da teoria.
 
O crescimento de um planeta é tão lento que não é possível observar sua evolução à medida que ela acontece, por isso os astrônomos observam muitas protoestrelas e seus discos em fases ligeiramente diferentes, para construir uma compreensão teórica mais completa da formação planetária.
 
É por isso que agora eles estão comemorando um achado interessante: Um disco protoplanetário onde não há nenhum indício de formação de planetas. Embora alguns cientistas usem observações como esta para questionar a teoria, Satoshi Ohashi e colegas do Observatório Astronômico Nacional do Japão afirmam que, para uma compreensão completa da formação planetária, também precisamos de estudar exemplos onde a formação planetária ainda não começou.
 
Foi essa "não descoberta" que eles obtiveram ao fazer observações detalhadas da jovem estrela DG Touro: As imagens mostram que ela possui um disco protoplanetário liso, sem sinais de formação planetária. Para os astrônomos, a ausência de qualquer estrutura de porte no meio da poeira pode indicar que a DG Touro está às vésperas da formação planetária, naquilo que seria o "primeiro estágio" da formação planetária. Mas nem todas as informações foram boas para a teoria.
 
Problemas Para as Teorias
 
[Imagem: Satoshi Ohashi et al. - 10.3847/1538-4357/ace9b9]
Contestando as teorias, os dados mostram que as partículas maiores estão na parte mais externa do disco.
 
Os astrônomos utilizaram o radiotelescópio ALMA para realizar observações de alta resolução de um disco protoplanetário em torno de uma protoestrela relativamente jovem, localizada a 410 anos-luz de distância na direção da constelação de Touro.
 
A equipe descobriu que a DG Touro tem um disco protoplanetário liso, sem quaisquer anéis que indiquem a aglomeração de detritos, rumo à formação de planetas. Isto os leva a acreditar que o sistema começará a formar planetas no futuro.
 
Nesse disco liso, os grãos de poeira ainda são pequenos demais para se aglomerar, ao menos até dentro de 40 unidades astronômicas a partir da estrela, o que é cerca de duas vezes o tamanho da órbita de Urano no Sistema Solar. Além desse raio, os grãos de poeira aumentam de tamanho, o que se acredita ser o primeiro indício da futura formação de um planeta.
 
Mas aqui há dois problemas para as teorias. Em primeiro lugar, partículas maiores na parte mais externa do disco é algo contrário às expectativas teóricas, que propõem que a formação planetária começa na parte interna do disco. E, em segundo lugar, recentemente simulações computadorizadas mostraram que a poeira cósmica não parece se agregar para formar planetesimais, que então se aglomerariam pela força da gravidade até formar um planeta.
 
Bibliografia: 
 
Artigo: Dust Enrichment and Grain Growth in a Smooth Disk around the DG Tau Protostar Revealed by ALMA Triple Bands Frequency Observations
Autores: Satoshi Ohashi, Munetake Momose, Akimasa Kataoka, Aya E Higuchi, Takashi Tsukagoshi, Takahiro Ueda, Claudio Codella, Linda Podio, Tomoyuki Hanawa, Nami Sakai
Revista: The Astrophysical Journal
Vol.: 954, Number 2
DOI: 10.3847/1538-4357/ace9b9

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