Após Revisão Independente, NASA Repensa a 'Missão Mars Sample Return (MSR)' de Retorno de Amostras de Marte
Olá leitores e leitoras do BS!
Foi postado ontem
(23/10) uma notícia no site ‘Olhar
Digital’ destacando que a NASA
esta reavaliando sua abordagem
na primeira missão de retorno de amostras do Planeta Marte para a Terra após uma revisão independente apontar desafios orçamentários e de cronograma
na “arquitetura” atual do projeto Mars Sample Return (MSR). Entendam
melhor essa história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
NASA Repensa Missão de Retorno de Amostras de Marte
A agência se organizou para responder aos apontamentos do
seu Comitê de Ética em Pesquisa sobre empecilhos da missão em Marte
Por Pedro Borges Spadoni
23/10/2023 - 09h51
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
(Imagem: NASA/JPL-Caltech)
A NASA reavalia sua abordagem na primeira missão de retorno
de amostras de Marte
para a Terra após uma revisão independente apontar desafios orçamentários e de
cronograma na “arquitetura” atual do projeto Mars Sample Return (MSR).
Para Quem Tem Pressa:
* A NASA está reavaliando a missão de retorno de amostras
de Marte, Mars Sample Return (MSR), devido a desafios de orçamento e cronograma
apontados por uma revisão independente.
* O Comitê de Ética em Pesquisa da NASA (IRB) considerou
o escopo da missão irrealista desde o início, com expectativas inalcançáveis de
orçamento e cronograma.
* A NASA formou a Equipe de Resposta do MSR, liderada por
Sandra Connelly, para conceber uma nova arquitetura para a missão, dividida em
subcomitês técnicos, científicos, programáticos e orçamentários.
* A agência planeja selecionar duas a três arquiteturas
alternativas para um estudo mais detalhado, com uma revisão de confirmação
prevista até o final de 2024.
* A incerteza sobre o financiamento disponível nos anos
fiscais de 2024 e 2025 é um desafio adicional, e a NASA terá que ajustar os
planos de acordo com as limitações orçamentárias.
Em setembro, o Comitê de Ética em Pesquisa da NASA (IRB)
divulgou um relatório no qual apontou que a missão – um esforço conjunto entre
a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) – não tem condições de ser cumprida conforme o escopo apresentado,
que contém “expectativas irrealistas de orçamento e cronograma desde o início”.
O comitê consultivo – Grupo de Análise do Programa de
Exploração em Marte (Mepag) – foi informado por Sandra Connelly,
vice-administradora associada da NASA para ciência, que a agência formou uma
equipe para lidar com as recomendações do IRB.
Resposta da NASA Para Missão Sair do Papel
(Imagem: NASA/ESA/JPL-Caltech)
A Equipe de Resposta do MSR, liderada por Connelly,
trabalha na concepção de um novo escopo para a missão. Esta equipe se dividirá
em subcomitês focados em questões técnicas, científicas, programáticas e
orçamentárias relacionadas ao programa, e espera-se que concluam seu trabalho
até o final de março de 2024, conforme publicado pelo Space News.
A revisão de “arquiteturas” alternativas será guiada por
vários indicadores, entre eles: custos totais e anuais, questões técnicas e o
valor científico da missão revisada. E a redução do número de amostras
retornadas está entre as abordagens consideradas.
Jeff Gramling,
diretor do MSR na sede da NASA, delineou um plano para a seleção de dois a três
escopos alternativos para um estudo mais aprofundado. A agência visa realizar
uma revisão para confirmação até o final de 2024 – período no qual compromissos
formais de custos e cronogramas serão estabelecidos para o programa.
O desafio
adicional para o MSR está na incerteza sobre o financiamento disponível nos
anos fiscais de 2024 e 2025. A NASA terá que ajustar os planos conforme
apropriado, dadas as limitações orçamentárias.
Apesar dos desafios atuais, tanto os funcionários da NASA
quanto outros presentes na reunião do MEPAG enfatizaram a importância da missão
Mars Sample Return, destacando sua relevância para a liderança da NASA na
exploração de Marte.
A Missão (e Seus Obstáculos)
(Imagem: NASA)
A Mars Sample
Return é um dos projetos mais ousados já elaborados por qualquer programa de
exploração espacial do mundo.
A ideia consiste
em: levar dois helicópteros a Marte para buscar as amostras coletadas pelo
rover Perseverance, acomodá-las em um foguete, tentar o primeiro lançamento de
foguete a partir de outro planeta, entrar em órbita, voar de volta à Terra e
pousar.
Com isso, seria possível
analisar material marciano imaculado na Terra pela primeira vez, usando
equipamentos mais sofisticados do que os instrumentos disponíveis em Marte.
Dessa forma, seria possível até dizer se alguma vez houve vida por lá.
No entanto, o
parecer do IRB não é nada otimista para esse cenário ambicioso. “Atualmente não
há cronograma, custo e linha de base técnica credíveis, congruentes e com
margens adequadas que possam ser alcançados com o provável financiamento
disponível”.
O documento
aconselha uma mudança do cronograma de lançamento atual para uma janela
posterior, transferindo-o de 2027 para 2030. Isso aumentaria significativamente
seu orçamento e certamente enfrentaria problemas com o Congresso dos EUA – o Senado já expressou pouca simpatia pela MSR e seus
custos.
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