Imagens de Teste do 'Telescópio Espacial Euclid' da ESA, Lançado Recentemente, Mostraram Uma Anomalia no Equipamento Que o Impede de Localizar as Estrelas-Guia da Missão
Olá leitores e leitoras do BS!
Foi postado dia
(09/10) uma notícia no site ‘Olhar
Digital’ destacando que o Telescópio
Euclid da Agência Espacial Europeia
(ESA), lançado em julho, e que está apenas no início de sua importante
missão, já vem enfrentando problemas. Entendam
melhor essa história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Telescópio Euclid Encontra Estrelas-Guia e Pode Começar a Estudar
o Universo Escuro
Imagens de teste do telescópio Euclid
mostraram uma anomalia no equipamento que o impedia de localizar estrelas-guia
da missão
Por Flavia Correia
09/10/2023 - 16h45
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Crédito: Agência Espacial Europeia (ESA)
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, o Telescópio Espacial
Euclid, da Agência Espacial Europeia (ESA), lançado em julho, está
apenas no início de sua importante missão de estudar o Universo escuro – mas,
já vem enfrentando problemas.
* O Telescópio Espacial Euclid foi projetado pela Europa
para investigar o Universo escuro;
* Ele foi lançado em 1º de julho e enviou as primeiras
imagens de teste um mês depois;
* Ao analisar as imagens, os cientistas perceberam que a
espaçonave não estava identificando estrelas de brilho fraco;
* O processo de comissionamento foi interrompido e será
retomado agora que o problema foi solucionado.
Depois de passar cerca de um mês percorrendo uma
distância de 1,6 milhão de km da Terra, na direção oposta ao Sol, para chegar
ao seu ponto de destino, o observatório começou a fase de comissionamento
(planejada para durar em torno de sete meses).
Este é um período em que os instrumentos e subsistemas de
uma espaçonave são implantados, ligados, testados e calibrados – Euclid,
inclusive, já enviou imagens de teste para o controle da missão em
solo.
Anomalia Impede Telescópio Euclid de Rastrear Estrelas
Fracas
Ao analisar essas imagens, os cientistas detectaram que o
equipamento sofreu uma anomalia em um dispositivo chamado Sensor de Orientação
Fina (FGS).
De acordo com um comunicado da ESA, trata-se de uma tecnologia inovadora
composta por sensores ópticos que selecionam e capturam estrelas encontradas
pela missão Gaia, usando-as como guias para navegar e determinar exatamente
para onde Euclid precisa apontar no Universo. Essas informações são alimentadas
no “Sistema de Controle de Atitude e Órbita”, que controla a orientação e o
movimento orbital do observatório.
A equipe percebeu que o FGS não conseguiu rastrear
estrelas fracas – uma falha, no entanto, previsível. Em órbita, o telescópio
detecta o verdadeiro céu em condições espaciais reais, algo que é muito difícil
de simular antes do lançamento. Além disso, os raios cósmicos solares e
galácticos poluem as observações, tornando desafiador o trabalho do FGS.
Crédito: ESA
Imagem mostra o efeito da anomalia no Sensor de Orientação Fina do Telescópio Euclid, que fez perder as estrelas-guia da missão. |
Por causa desse problema, o controle da missão decidiu
estender a fase de comissionamento de Euclid para fazer uma atualização de
software que pudesse resolver a anomalia do sistema.
Em um novo comunicado, a ESA anunciou que, “depois de ser atualizado e
passar por 10 dias de testes em órbita, o Sensor de Orientação Fina está
funcionando como pretendido, e as estrelas-guia de Euclid foram novamente
localizadas”.
Tudo Pronto Para Investigar o Universo!
Segundo a agência, a espaçonave agora está pronta para
reiniciar a fase de verificação de desempenho, que foi interrompida em agosto,
durante a qual serão realizados os testes finais.
“A fase de verificação de desempenho que foi interrompida
em agosto já foi totalmente reiniciada, e todas as observações estão sendo
realizadas corretamente”, disse Giuseppe Racca, gerente de projeto da missão
Euclid, no comunicado. “Esta fase durará até o final de novembro, mas estamos
confiantes de que o desempenho da missão será excelente e as observações
regulares de pesquisas científicas podem começar a partir de então”.
Este é o último passo antes que Euclid possa começar a
investigar o Universo sombrio. O equipamento fará isso examinando cerca de um
terço do céu sobre a Terra e olhando para trás ao longo de 10 bilhões de anos
de história cósmica. Com isso, ele vai mapear modelos 3D de galáxias para ver
como o Universo de 13,8 bilhões de anos tomou a forma atual e qual papel a
matéria escura desempenhou nessa evolução.
Ele também analisará a perturbação galáctica em grande
escala para verificar a influência da energia escura à medida que ela afasta as
galáxias e acelera a expansão cósmica.
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