Novo Estudo de Pesquisadores Aponta Que Queima de Lixo Espacial Está Poluindo a Atmosfera da Terra
Olá leitores e leitoras do BS!
Foi postado ontem
(23/10) uma notícia no site ‘Olhar
Digital’ destacando que um estudo recente de uma equipe de pesquisadores detectou a
presença de poluentes provenientes da queima de Lixo Espacial na atmosfera da Terra.
Entendam
melhor essa história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E
ESPAÇO
Queima de Lixo Espacial Está Poluindo a Atmosfera da
Terra
Segundo pesquisadores, as substâncias são de satélites
que queimam na atmosfera no final das missões e podem impactar o clima da Terra
Por Alessandro Di Lorenzo
Editado por Bruno Capozzi
23/10/2023 - 02h00
Via: Site Olha Digital - https://olhardigital.com.br
Imagem: Frame Stock Footage / Shutterstock
Uma hipótese levantada por cientistas há anos agora se
tornou realidade. Uma equipe de pesquisadores detectou a presença de poluentes
provenientes da queima de lixo
espacial na atmosfera da Terra. O
estudo foi publicado na revista Proceedings
of the National Academy of Sciences.
Poluição da Atmosfera
* A equipe de pesquisadores detectou a poluição sobre o
Alasca através de aviões da NASA.
* Sensores instalados nessas aeronaves analisaram os
compostos químicos diluídos no ar estratosférico, que está fora do alcance das
fontes de poluição do ar baseadas na Terra.
* Os cientistas encontraram vestígios de lítio, alumínio,
cobre e chumbo no ar amostrado.
* As concentrações detectadas desses compostos foram
muito maiores do que as que poderiam ser causadas por fontes naturais, como a
evaporação de poeira cósmica e meteoritos ao se encontrarem com a
atmosfera.
* As informações são da Space.com.
(Imagem: Dotted Yeti/Shutterstock)
Queima de Lixo Espacial Proveniente de Satélites
Segundo os pesquisadores, as concentrações identificadas
desses poluentes refletiram exatamente a proporção de compostos químicos
presentes nas ligas usadas na fabricação de satélites.
“Estamos
encontrando esse material feito pelo homem no que consideramos uma área
intocada da atmosfera. E se algo está mudando na estratosfera – essa região
estável da atmosfera – isso merece um olhar mais atento.”
Dan Cziczo, professor de ciências da Terra,
atmosféricas e planetárias da Universidade de Purdue, um dos autores do estudo.
Nos últimos anos, cientistas têm alertado sobre os
possíveis efeitos do aumento do número de lançamentos de foguetes e reentradas
de satélites nas camadas superiores da atmosfera da Terra.
Por exemplo, o óxido de alumínio, um produto da queima de
ligas à base de alumínio, é conhecido por sua capacidade de destruir o ozônio.
Coincidentemente, a camada de ozônio da Terra, que protege a vida no planeta da
radiação ultravioleta (UV) nociva, reside na estratosfera, onde os poluentes
foram encontrados.
Além disso, as partículas de óxido de alumínio podem
alterar o albedo da Terra, a capacidade do planeta de refletir a luz.
Concentrações muito altas de óxidos de alumínio na estratosfera poderiam, portanto,
levar a mudanças de temperatura na estratosfera que, por sua vez, poderiam ter
consequências imprevistas para o clima da Terra.
O problema é que as partículas dispersas em grandes
altitudes provavelmente nunca cairão na Terra, o que significa que suas
concentrações só aumentarão com o tempo.
A maioria dos satélites é projetada para cair de volta
à Terra e queimar na atmosfera no final de suas missões. Dezenas ou
mesmo centenas de equipamentos podem ser lançados na próxima década, e isso
significa um aumento acentuado nas reentradas, e, portanto, nas concentrações
de produtos químicos criados por sua queima nas camadas superiores da
atmosfera.
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