Novo Estudo Aponta Que, Asteroide Que Se Acredita Ser 'Ultradenso', Pode Carregar 'Elemento Químico Desconhecido'

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Pois então, segue agora uma notícia publicada ontem (13/10) no site ‘Canaltech’, destacando que um novo estudo do ‘Asteroide 33 Polyhymnia’, que é suspeito de carregar elementos químicos desconhecidos e ultradensos (embora as medições anteriores de sua densidade seja considerada “provavelmente errônea”), mostrou haver alguma chance de existir um átomo mais pesado que os descritos na Tabela Periódica. Entendam melhor essa história pela nota abaixo.
 
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Asteroide Ultradenso Pode Carregar Elemento Químico Desconhecido
 
Por Daniele Cavalcante
Editado por Patricia Gnipper
13 de Outubro de 2023 às 10h02
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
 
Imagem: N. Bartmann, ESO/M. Kornmesser, S. Brunier, N. Risinger

Um asteroide chamado 33 Polyhymnia é suspeito de carregar elementos químicos desconhecidos e ultradensos. Embora as medições anteriores de sua densidade seja considerada “provavelmente errônea”, um novo estudo mostrou haver alguma chance de existir um átomo mais pesado que os descritos na Tabela Periódica.
 
O elemento mais pesado conhecido é o oganessônio (Og), produzido artificialmente em laboratório. Com número atômico 118, este átomo não é famoso por ser estável; ao contrário, é o elemento com meia-vida mais curta já descoberto.
 
Por outro lado, o elemento estável mais denso é o ósmio, com número atômico 76 e densidade de 22,59 g/cm3. Objetos mais densos que isso — como corpos celestes imensos cuja gravidade esmagou seus átomos — são considerados ultradensos compactos (CUDOs, na sigla em inglês).
 
Acontece que existe um objeto com densidade de 75 g/cm3 (mais que três vezes mais a do ósmio), sem o tamanho necessário para isso. Trata-se do 33 Polyhymnia, cuja massa foi mensurada em 2012 com ceticismo dos próprios autores daquela pesquisa. Agora, um novo artigo científico explorou as possibilidades teóricas da existência de um elemento químico de densidade tão alta.
 
Existe um número atômico superior a 118 que poderia ser estável e, portanto, ter meia-vida mais prolongada do que aqueles a partir de 105. Este elemento hipotético teria o número de prótons igual a 164, um valor elevado o suficiente para apresentar uma ultradensidade sem decair rapidamente.
 
(Imagem: Reprodução/NASA/Wikimedia Commons)
Órbita do asteroide 33 Polyhymnia.
 
Para o novo estudo, os autores usaram algo conhecido como modelo atômico de Thomas-Fermi. Não é exatamente o preciso, mas é eficaz o suficiente para a proposta da pesquisa. Eles descobriram que a estabilidade prevista antes para o número atómico 164 é realmente viável e mostraram que este elemento teria densidade de até 68,4 g/cm3.
 
O resultado é bem próximo dos cálculos de 2012 para a densidade do asteroide 33 Polyhymnia. Mas ainda é muito cedo para concluir que essa rocha espacial realmente carrega um elemento desconhecido. As medições do objeto ainda são consideradas irreais e qualquer afirmação exótica exigirá evidências muito mais contundentes.
 
A pesquisa foi publicada na European Physical Journal Plus.

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