Cientistas Criam Projeto Para Produzir Pão em Marte
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (26/12) no site
“Olhar Digital” destacando que Cientistas criam projeto para Produzir Pão em
Marte.
Duda Falcão
CIÊNCIA E ESPAÇO
Cientistas Criam Projeto Para Produzir Pão em Marte
Com o objetivo de garantir boa alimentação aos tripulantes
em voos até o Planeta Vermelho, projeto testa produção de agricultura
extraterrestre.
Por Fabrício Filho
Editado por Cesar Schaeffer
Olhar Digital
Fonte: Via Estado de S.Paulo
26/12/2019 - 12h32
Com os constantes estudos para levar o ser humano a Marte, um problema aflige os cientistas: como fazer
prosperar a comida durante tanto tempo? Para solucionar esse entrave, um
consórcio de sete instituições belgas investiu 6,3 milhões de euros (cerca de
R$ 28,5 milhões) em uma forma de viabilizar o plantio de trigo, e, logo, criar
a possibilidade de gerar pão em condições inusuais da Terra.
O projeto, chamado “SpaceBakery”, será lançado na
primeira semana do ano que vem com o intuito de proporcionar o funcionamento da
agricultura extraterrestre. Ao longo de dois anos e meios, os resultados
devem ser testados.
"Os primeiros humanos em Marte precisarão produzir a
maior parte de seus alimentos. E os especialistas concordam que o alimento
básico ideal será o pão", disse ao Estado de S.Paulo o diretor de
pesquisa e desenvolvimento do projeto, Filip Arnaut, da multinacional de
panificação Puratos Group. "Isso porque o pão é o item alimentar mais
universalmente aceito, e o mais completo e nutritivo considerando suas
variedades".
A equipe responsável conta com 20 cientistas. Além da
Puratos, de Arnaut, o time compõem as Universidades Hasselt e de Gante, a
empresa de tecnologias agrícolas Urban Crop Solutions, a companhia de
tecnologia Magic Instruments, o grupo de pesquisas biocientíficas SCK-Cen e a
empresa de agroalimentos Flanders Food.
A vila de Groot-Bijgaarden, no subúrbio de Bruxelas, já
contém três contêineres instalados para o estudo. A partir de 2020, um quarto
se juntará aos demais e, ali, serão reproduzidas condições de cultivo
diferenciadas com o intuito de descobrir como as plantas poderiam desenvolver-se
em lugares inóspitos.
Os cientistas disponibilizarão de um sistema que
permitirá simular biosferas com características diversas, tudo hermeticamente
fechado e controlado artificialmente. Dessa forma, condições climáticas
distintas podem ser aplicadas. Além disso, um algoritmo foi desenvolvido para
ajudar a otimizar os resultados e minimizar os problemas.
Também haverá um sistema tecnológico baseado em chips e
semicondutores, no qual um robô, que possui inteligência artificial, ficará encarregado de realizar
diversas tarefas, como a polinização. O ambiente possuirá iluminação LED, com
lâmpadas especiais para favorecer o desenvolvimento das plantas, e irrigação
automática. "Um sistema de operações central vai regular as condições o
tempo todo. Níveis de temperatura, umidade, dióxido de carbono, oxigênio,
nitrogênio, etc", afirmou Arnaut.
"A biosfera fechada será um ambiente controlado, mas
não imitará o clima de Marte, pois nenhuma planta ou humano poderia sobreviver
nessas condições sem proteção. A atmosfera é pequena, há radiação intensa e as
temperaturas podem cair abaixo de - 100ºC", explicou o cientista.
"Para viver e cultivar nessas condições, será preciso operar em ambiente
hermeticamente fechado, no qual parâmetros como temperatura, luz e atmosfera
podem ser ajustados", concluiu.
Arnaut revelou que diversas variedades de trigo devem ser
testadas, de forma com que se escolha corretamente as ideias para condições
extremas. Os quatro contêineres contarão ainda com uma padaria experimental. O
trigo será transformado em farinha e, então, alguns aspectos serão testados,
como fermentação, preparo da massa e cozimento. O objetivo é obter as melhores
conclusões para tornar “o pão do espaço” possível.
Desafio
O cientista da NASA, físico e engenheiro brasileiro, Ivair Gontijo,
reiterou que a alimentação é uma das principais dificuldades para uma missão
espacial de longa duração de tempo. "Os problemas de uma viagem tripulada
daqui à Marte são gigantescos", comunicou Gontijo. "Não temos ainda
nem a solução para produzir oxigênio para as pessoas respirarem", avisou o
autor do livro "A Caminho de Marte".
Para contornar primeiro o entrave que envolve a
respiração dos astronautas, o brasileiro contou que, na próxima missão ao planeta
vermelho, que acontecerá em 2020, um novo equipamento será testado. "Um
instrumento que deve retirar o dióxido de carbono da atmosfera marciana,
quebrar sua molécula e produzir oxigênio", segundo ele.
Ainda assim, o principal desafio é a alimentação.
"Será uma viagem de nove meses até Marte, outros nove meses para voltar.
Considerando a estadia, estamos falando em uma viagem ideal de ao menos 26
meses", constatou. "Não temos uma solução no momento de como
transportar toda essa comida até lá. A ideia é que ao menos parte dela seja
produzida a bordo por algum processo de agricultura espacial que ainda tem de
ser inventado", analisou o cientista.
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Comentário: Pois é leitor, note que esse interessante e
necessário projeto para o futuro da colonização humana em Marte não é da NASA,
ou seja, o mesmo tem como origem a iniciativa de um consórcio de sete
instituições belgas, um país que tem quase nenhuma história com atividades
espaciais, mas que nem por isso deixou de enxergar a importância estratégica
deste setor. Estou muito preocupado com
o futuro do nosso “Patinho Feio”, muito mesmo, e ontem, fui contatado por um importante
e influente membro do governo com qual tive a oportunidade de colocar em poucas
palavras as minhas preocupações e defender com sapiência e veemência a importância da implantação
'em regime de urgência' (a começar pela transformação do PEB em ‘Programa de
Estado’ através de um decreto presidencial) das 24 sugestões contidas no
histórico documento conhecido como “Carta de Foz Iguaçu”, documento este
produzido pela Comunidade Espacial e entregue ao então candidato a Ministro
Marcos Pontes em novembro de 2018, durante a realização do ‘I Congresso
Aeroespacial Brasileiro (I CAB)’, evento este ocorrido nesta cidade paranaense.
Espero sinceramente que este membro influente do governo não meça esforços para
convencer o Governo Bolsonaro e ao Ministro Marcos Pontes a seguirem por este
caminho ouvindo quem deve ser ouvido e quem realmente entende do assunto, ou caso
contrario, pelo menos no que que diz respeito as atividades espaciais, estaremos infelizmente
caminhando para mais uma década perdida e a completa dependência e submissão das
nações que dominarem o ciclo completo de acesso ao espaço e seus benefícios. Ou se tem atitude, ou iremos definitivamente para o buraco.
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