Sonda Espacial New Horizons da NASA Confirma Redução de Ventos Solares nos Confins do Sistema Solar
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (03/12) no site “Canaltech”,
destacando que a Sonda Espacial New Horizons da NASA confirma a redução de
ventos solares nos confins do Sistema Solar.
Duda Falcão
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Sonda da NASA Confirma Redução de Ventos Solares nos Confins do Sistema Solar
Por Felipe Junqueira
Canaltech
Fonte: Space Daily
03 de Dezembro de 2019 às 16h00
A sonda New Horizons, que
estudou Plutão e suas luas em 2015, segue sua jornada depois de sobrevoar o
objeto transnetuniano 2014 MU69 (agora
chamado oficialmente de Arrokoth) e tem retornado dados importantes para
ajudar nossa compreensão dos confins do Sistema Solar. Um novo estudo
sobre o vento solar confirmou a teoria de que a velocidade das partículas
expelidas pela estrela diminui naquela região.
O artigo foi publicado no The Astrophysical Journal e usou dados do
instrumento Solar Wind Around Pluto (SWAP, na sigla em inglês, “vento solar ao
redor de Plutão”, em tradução livre), que está a bordo da New Horizons. Heather
Elliot, cientista responsável pelo SWAP e autora principal do estudo, explicou
mais detalhes sobre os dados coletados.
“Antes, só as missões Pioneer 10 e 11 e Voyager 1 e 2
haviam explorado o exterior do Sistema Solar e a heliosfera, mas agora a New
Horizons está fazendo isso com instrumentos científicos mais modernos”,
observou. “A influência do nosso Sol no ambiente espacial se estende muito além
dos planetas externos, e o SWAP está mostrando novos aspectos de como esse
ambiente muda com a distância”.
A New Horizons atualmente se encontra na heliosfera
exterior, onde encontrou um ambiente levemente diferente do que foi analisado
pelas missões anteriores que passaram pela região. O ciclo solar agora é
moderado, diferente daquele mais ativo na passagem das Voyager.
(Imagem: Southwest Research Institute)
A heliosfera, região onde os ventos solares são mais
intensos que o interestelar.
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O vento solar cria uma espécie de “bolha” ao redor de
todo o Sistema Solar, e é formado por partículas emitidas pela estrela,
chegando a distâncias consideráveis. A Voyager 1 atingiu a heliopausa,
fronteira em que a influência do Sol é superada pelos ventos interestelares,
enquanto a Voyager 2 fez o mesmo um tempo depois.
Além do vento solar, o SWAP também analisa íons
interestelares na heliosfera exterior. São partículas neutras do espaço
interestelar que penetram a zona de influência do Sol e se tornam ionizadas
pela luz solar. Conforme a gente se afasta da estrela, encontramos mais
material interestelar. As partículas solares também são influenciadas pela
presença maior de partículas externas e, como teorizado, perdem velocidade e
calor, de acordo com os dados coletados pela New Horizons.
Comparação com Dados na Terra
Além dos dados do SWAP, o estudo também considerou
medições do vento solar feitas aqui na Terra. As medições da New Horizons
detectaram redução na velocidade das partículas ao passar por Plutão, quando
o instrumento detectou redução de cerca de 7% na força do vento solar em
comparação com a medição na Terra.
Os dados também ajudam a estimar quando a New Horizons
vai se juntar às Voyager na espaço interestelar. Também dá para ter uma ideia
de quando a sonda passará pelo choque de terminação, área que delimita onde o
vento solar reduz para abaixo do nível supersônico. Calcula-se que esta
passagem deve acontecer no próximo ano.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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