Paraquedas São Tão Difíceis de Se Construir Quanto Foguetes

Olá leitor!

Segue abaixo uma interessante matéria postada ontem (25/12) no site “R7 Notícias” destacando que Paraquedas são tão difíceis de se construir quanto Foguetes.

Duda Falcão

Tecnologia e Ciência

Paraquedas São Tão Difíceis de Se Construir Quanto Foguetes

A responsabilidade é alta; o pouso deve ser pensado nos mínimos detalhes, pois, caso algo dê errado, tripulantes podem morrer com o impacto no solo.

Por Thiago Felix, do R7*
25/12/2019 - 02h00

NASA/Cory Huston
Sonda da SpaceX tem impacto do pouso absorvido pelo paraquedas.

Quando pensamos em dificuldades de missões espaciais, os primeiros itens que imaginamos são os foguetes. Mas o que realmente tem dado trabalho para as grandes empresas, como a SpaceX e a Boeing, são os projetos dos paraquedas que auxiliam no pouso durante a aterrissagem que cruza a atmosfera em uma velocidade supersônica.

A repórter Samantha Masunaga, do jornal Los Angeles Times, fez uma matéria sobre a dificuldade que essas empresas estão encontrando no desenvolvimento de um produto mais seguro e eficaz. Durante a cobertura do tema, ela pôde compreender que abrir um paraquedas preso a uma espaçonave é uma manobra um tanto quanto arriscada. O pouso deve ser pensado nos mínimos detalhes, os tripulantes, caso houver, podem morrer no impacto. A responsabilidade é alta.

Uma das maiores dificuldades apresentadas nesses projetos são os testes. Um modelo previsto e estudado em um computador não atinge a mesma eficácia e poder de mensuração que um teste real possui. Inteligência artificial não pode demonstrar e prever todas as reações adversas possíveis durante um pouso.

Tanto a SpaceX quanto a Boeing têm contrato de tecnologia com a NASA para o desenvolvimento e criação de aeronaves que irão transportar tripulações para a Estação Espacial Internacional (ISS). Ambas se preocupam com o tema da aterrissagem segura por meio do paraquedas.

Durante um teste em abril deste ano, a SpaceX perdeu três de quatro paraquedas que transportavam carga, que falharam no teste. Já a empresa Boeing testou no último domingo (22) o sistema de paraquedas da cápsula Starliner (que pretendia chegar até a ISS), agora batizada de Calypso, e, apesar de a espaçonave não conseguir completar sua missão, seu retorno foi perfeito. Teve um pouso tranquilo no estado do Novo México.

Os paraquedas estão em pauta em projetos espaciais desde o início das primeiras explorações. O projeto Apollo também fez experimentos para ter mais segurança nos paraquedas das cápsulas. O item de segurança era tão importante para o programa que apenas três pessoas eram habilitadas para embalar manualmente o paraquedas para o voo do Apollo 15. Dezenas de testes foram realizados, porém mesmo assim um dos paraquedas não funcionou. No entanto, não houve impacto, e o pouso foi realizado em segurança graças as outros equipamentos.

Na aterrissagem, a pressão atmosférica muda em uma fração de segundo. Por isso a modelagem do computador não detecta todas as tensões que o paraquedas irá percorrer até finalmente pousar. Durante testes realizados neste ano, a SpaceX identificou problemas no peso que as cordas poderiam suportar. Para resolver o problema, a empresa deixou suas cordas mais resistentes, mas com um material mais leve, para que o peso adicionado fosse compensado. 

*Estagiário do R7, sob supervisão de Isadora Tega 


Fonte: Site R7 Notícias - https://noticias.r7.com 

Comentário: Pois é leitor, mesmo não tendo a menor duvida quanto a isso, nunca tive realmente uma confirmação de quem quer que fosse, até que, durante a realização do evento da OBA em que participei recentemente em Barra do Piraí-RJ, esta confirmação veio através de dois especialistas brasileiros, o jovem Eng. Raphael Risspoli e seu pai, o Eng. Sérgio Risspoli (pioneiro do PEB), ambos da empresa BAIUCA Sport, uma fantástica empresa brasileira especializada no desenvolvimento de paraquedas de todos os tipos, inclusive para Área Aeroespacial. Que bom que o autor deste artigo escolheu este tema para abordar, pois infelizmente esta área de paraquedas não recebeu ainda a importância que deveria receber no Brasil pelos profissionais do setor espacial que necessitam desta tecnologia, especialmente hoje que a BAIUCA Sport é uma grande referencia internacional nesta área.

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