Rio Grande do Sul Quer Sediar Outro Polo Aeroespacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (13/09) no site da “Agência
Espacial Brasileira (AEB)”, destacando que o estado do Rio Grande do Sul quer
sediar outro Polo Aeroespacial.
Rio Grande do Sul Quer Sediar
Outro Polo Aeroespacial
Abipti
13/09/2013
Brasília 13 de Setembro de
2013 – O segundo polo aeroespacial do país deve ser instalado no
Rio Grande do Sul. Há cinco meses o governo do estado assinou acordo com a
companhia israelense do ramo da eletrônica de defesa Elbit Systems, para que ela
seja a empresa integradora da iniciativa, por meio da sua subsidiária no
Brasil, a AEL Sistemas.
Com o parecer positivo do presidente da Agência Espacial
Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, para sua criação o grupo que forma o
polo se organiza para auxiliar o país no desafio de se tornar menos dependente
de tecnologias estrangeiras.
Em entrevista para o Informe da Associação Brasileira das
Instituições de Pesquisa Tecnológica.(Abipti), o presidente da Fundação de
Ciência e Tecnologia (Cientec), Luiz Antonio Antoniazzi, diz como a iniciativa
será estruturada e operada.
Uma das constantes
reclamações da nossa indústria aeroespacial é a falta de compras públicas.
Muitas empresas já fecharam as portas por não conseguir se manter. É viável a
construção deste novo polo?
Segundo estimativas do Plano Nacional de Atividades
Espaciais (PNAE), o governo federal deve investir R$ 9 bilhões para a
construção de 14 satélites. O plano também ressalta que os equipamentos deverão
ter conteúdo local, assim como a montagem, teste e lançamento do satélite.
Dessa forma, haverá demanda e recursos suficientes para tornar a nossa
iniciativa perfeitamente viável. O polo se concentrará no desenvolvimento de
pequenos satélites. Para isso, detemos toda a infraestrutura necessária, pois
trabalharemos em conjunto com a base industrial, as universidades, os
institutos de pesquisa e o governo do estado.
As universidades, indústria e
institutos de pesquisa têm expertise para trabalhar com tecnologias do setor?
Hoje, a indústria eletroeletrônica gaúcha está voltada
para componentes aeronáuticos. A AEL, que é uma grande empresa de Porto Alegre,
é fornecedora da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). O que ela fará é
trazer o conhecimento e a expertise da Elbit, que tem reconhecimento
internacional na área de eletrônicos de defesa e que tem cooperações técnicas
internacionais, com a Rússia na parte de satélites, a Ucrânia em lançadores e
com uma empresa alemã na área de controle de satélites. Pretendemos absorver
esse conhecimento e transferi-lo para as demais indústrias que farão parte
desse grupo.
O conhecimento virá todo de
fora?
Não. Dominamos muito conhecimento de grupos de pesquisa
das universidades pertencentes ao polo gaúcho. Cito o exemplo de um grupo de
pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que tem
reconhecimento internacional no que diz respeito ao impacto das radiações
cósmicas sobre os componentes dos equipamentos do satélite. Esse know-how será
transferido para a indústria e resultará em produtos que incorporarão satélites
produzidos, desenvolvidos e montados aqui.
Além da UFRGS, a Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM), a do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e a Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) também têm grupos de pesquisa e
desenvolvimento nesta área espacial
Qual é a participação do
Cientec no polo?
Atuaremos na avaliação de conformidade de componentes de
equipamentos que serão construídos no país. Faremos todos os ensaios de
avaliação nos nossos laboratórios, que é a nossa expertise. Essa será a nossa
grande contribuição.
Como será o gerenciamento do
polo?
No atual estágio, a Secretaria de Ciência e Tecnologia,
Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Sul (Scit) coordena
todo o processo. Ela integra a universidade, o instituto tecnológico, a
indústria e o governo. Em um segundo momento, será criada a Rede Espacial. Ela
funcionará nos moldes da RedePetro, iniciativa que congrega empresas privadas e
instituições de ensino e pesquisa para que, juntas, possam fazer frente aos
desafios do mercado por meio de novas tecnologias e de parcerias produtivas.
A Rede Espacial será um grupo permanente, coordenado pela
secretaria, que integrará a indústria, a academia e as demandas do governo
federal por satélite. Ele deve se reunir a cada 15 dias para discutir as
demandas reais com todos os atores da iniciativa.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Que estranho... o objetivo é ficar menos dependente de empresas estrangeiras, mas eles contratam uma empresa estrangeira para ficar responsável pelo polo espacial...
ResponderExcluirOlá DanielSSM!
ResponderExcluirBem observado amigo, e eu já disse aqui no blog o que eu penso sobre essa história.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)