Cientistas da NASA Tentam Determinar Se Viagem Mais Rápida do Que a Luz é Possível
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria publicada hoje (03/09) na no site do jornal “Folha de São Paulo” destacando
que cientistas da NASA tentam determinar se
viagem mais rápida do que a luz é possível.
Duda Falcão
CIÊNCIA
Cientistas da NASA
Tentam Determinar Se
Viagem Mais Rápida do Que a Luz é Possível
DANNY HAKIM
DO "NEW YORK TIMES"
03/09/2013 - 12h58
Na sede do Centro Espacial
Johnson, Harold White e outros engenheiros da NASA vêm redesenhando diversos
instrumentos --um laser, uma câmera e pequenos espelhos-- com o objetivo de
usá-los para distorcer a trajetória de um fóton, alterando a distância que ele
percorre em determinada área.
Tralhando em um laboratório
imune a vibrações, construído especialmente para esse fim, a equipe está
tentando determinar se uma viagem mais rápida do que a luz poderia ser
possível. Dobra espacial. Como em "Star Trek".
"O espaço vem se
expandindo desde o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos", disse White, 43,
físico e engenheiro de propulsão avançada que dirige o projeto de pesquisa.
"Sabemos, ao examinar alguns modelos cosmológicos, que houve períodos
iniciais do Universo em que ocorreu uma inflação explosiva, onde dois pontos
teriam se afastado mutuamente a velocidades muito elevadas."
"A natureza é capaz de
fazer isso. Então a pergunta é se podemos fazer o mesmo."
"Não excederás a
velocidade da luz", postulou Einstein, o que basicamente significa impor
um limite galáctico de velocidade.
Mas, em 1994, o cientista
mexicano Miguel Alcubierre teorizou que velocidades superiores à da luz seriam
possíveis sem contradizer Einstein.
A teoria de Alcubierre
envolvia o aproveitamento da expansão e da contração do espaço. Sob essa
hipótese, uma nave continuaria sem poder exceder a velocidade da luz numa
região específica do espaço. Mas um sistema teórico de propulsão que ele
esboçou manipulava o espaço-tempo ao gerar uma "bolha de dobra" que
expandiria o espaço num lado da nave e o contrairia no lado oposto.
"Dessa forma, a nave
espacial será empurrada pelo próprio espaço-tempo para longe da Terra e puxada
na direção de uma estrela distante", escreveu ele.
Mas o estudo de Alcubierre
era puramente teórico e sugeria obstáculos intransponíveis. Ele dependia, entre
outras coisas, de enormes quantidades de um tipo de "matéria exótica"
que violasse as leis típicas da física.
White acredita que os avanços
obtidos por ele e por outros tornaram menos implausível o conceito de dobra
espacial. Entre outras coisas, ele redesenhou a nave espacial teórica capaz de
viajar nessas dobras --e em especial o anel ao seu redor, que é crucial para o
sistema de propulsão-- de uma forma que ele acredita que reduziria grandemente
as exigências energéticas.
Ele se apressa em apresentar
ressalvas, dizendo que sua pesquisa está apenas tentando provar que uma
microscópica bolha de dobra pode ser detectada em um laboratório. "Não
estamos atrelando isso a uma nave espacial."
Teoricamente, uma dobra
espacial poderia reduzir o tempo de viagens interestelares de dezenas de
milhares de anos para semanas.
"Minha opinião pessoal é
de que essa ideia ainda é maluca", disse Edwin Taylor, ex-editor da
revista "The American Journal of Physics" e pesquisador sênior do
Instituto de Tecnologia de Massachusetts. "Confira comigo daqui a alguns
séculos."
Mas o físico Richard Obousy,
presidente da ONG Icarus Interstellar, composta por voluntários que colaboram
no projeto de uma nave espacial, disse que não se trata de um simples devaneio.
"Tendemos a superestimar o que podemos fazer em curtas escalas de tempo,
mas acho que subestimamos enormemente o que podemos fazer em escalas temporais
mais prolongadas", disse ele sobre o trabalho de White, que é seu amigo e
colaborador da Icarus.
O astrofísico Neil deGrasse
Tyson, do Museu Americano de História Natural, disse que a viabilidade das
viagens interestelares dependeria de algum salto para além da nossa atual tecnologia.
"Na minha leitura",
disse ele, "a ideia de uma dobra espacial que funcione continua sendo inconcebível,
mas o importante é que as pessoas estão pensando a respeito -lembrando a todos
nós que a ânsia por explorar continua correndo fundo na nossa espécie".
Fonte: Site do Jornal Folha de
São Paulo - 03/09/2013
Comentário:
Pois é, isso Dona DILMA é compromisso com o futuro. Veja você leitor que mesmo
num assunto que sabidamente está há séculos de se tornar uma realidade, não se
tendo nem mesmo a certeza se a humanidade irá sobreviver até lá, a sociedade
americana sai na frente investindo recursos financeiros e humanos na busca de
uma tecnologia super vanguardista que nesse momento encontra-se além da
imaginação da raça humana. Enquanto isso na republica tupiniquim da Mãe Joana,
sua sociedade vive integrada a tecnologia proveniente das atividades espaciais sem
nem mesmo reconhecer isso e apostando culturalmente em um caminho que levará a
nossa sociedade ao fundo do poço e a total dependência das sociedades que
apostam no futuro. Lamentável!
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