Brasil Precisa Se Preparar Para Mudança Climática, Defende Secretário
Olá leitor!
Segue uma nota postada hoje (10/09) no seu site do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando que segundo o Secretário de Políticas e Programas de
Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, o Brasil precisa se preparar para Mudança Climática.
Duda Falcão
Brasil Precisa Se
Preparar Para
Mudança Climática, Defende Secretário
Ascom do ON
10/09/2013 - 10:10
Fotos: Beto Garavello /
Ascom do MCTI
Secretário Carlos Nobre no lançamento do
1º relatório brasileiro
sobre mudanças climáticas.
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O Brasil teve um
grande avanço na redução de emissões de gases de efeito estufa e, por outro
lado, precisa se preparar para mudanças já inevitáveis no clima e suas
consequências. A avaliação é do secretário de Políticas e Programas de Pesquisa
e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI),
Carlos Nobre, que participou da divulgação do sumário executivo do Primeiro
Relatório de Avaliação do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas nesta
segunda-feira (9).
“O país avançou muito na redução nas emissões brasileiras
nos últimos sete anos, como mostram as estimativas. Houve também uma queda no desmatamento na
Amazônia e no Cerrado”, observa. “Precisamos avançar mais é no conhecimento
para políticas públicas de adaptação em cada setor – agricultura, zona
costeira, agricultura, recursos hídricos, cidades, saúde”, diz Nobre, que é o
atual presidente do painel, também conhecido pela sigla PBMC.
“O conhecimento científico é fundamental , é o primeiro
passo”, comenta. “E a aplicação dos conhecimentos exige uma nova mentalidade,
voltada à inovação, a novas maneiras de implementar políticas. Isso dirigido
não só à economia, mas à sociedade, e com proteção ao meio ambiente, aos
biomas, à nossa biodiversidade.” Para Nobre, há muito espaço para inovação no
sentido de tornar o país mais resiliente, ou seja, capaz de se adaptar e
retomar o equilíbrio diante dos impactos.
Na avaliação do representante do MCTI, o relatório traz
muitas informações relevantes para guiar ações e programas. “Principalmente no
momento em que o governo federal está revisando o Plano Nacional sobre Mudança
do Clima”, lembra. O sumário do documento foi divulgado na 1ª Conferência
Nacional de Mudanças Climáticas Globais, em São Paulo.
O PMBC envolve cientistas de numerosas instituições sob uma
metodologia similar à do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
(IPCC, na sigla em inglês). Seu papel é reunir, sintetizar e avaliar
informações científicas sobre as mudanças climáticas e seus impactos no Brasil.
A iniciativa é do MCTI e do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Previsões
Carlos Nobre destaca como “bastante preocupantes” as
tendências previstas até o fim do século para o território nacional, como o
aumento de temperatura em todas as regiões – geralmente entre 3 e 5 graus
Celsius –; a diminuição da disponibilidade de água e a ocorrência de secas mais
severas no Semiárido; uma maior sazonalizade no Brasil central, com estações
mais delimitadas e agravamento das queimadas; e aumento do nível do mar, entre
0,5 e 1 metro, ao longo da costa.
Ao lado de lacunas no conhecimento, o sumário aponta
constatações. “As mudanças no padrão de temperatura são visíveis. O padrão
brasileiro subiu entre 0,5 e 1 grau Celsius nos últimos 50 anos, o que é
compatível com o verificado globalmente”, aponta o secretário. “Nas cidades,
isso se dá com muito mais intensidade, o que é um efeito adicional da
urbanização. Em São Paulo, o aumento foi de cerca de 3 graus nos últimos 60
anos além do aquecimento global.” No que diz respeito às chuvas, ele pondera
que as alterações ainda não estão totalmente claras, mas se sabe que as
intensas estão ficando mais intensas.
Na manhã de hoje, foram apresentados também os primeiros
resultados do Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre, coordenado pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI). Foram concluídas simulações de
cenário para os próximos 50 anos e, segundo Nobre, muito em breve estarão
concluídas as projeções para as cinco décadas seguintes. O próximo relatório do
PBMC deve usar os resultados do modelo.
“É importante que o país tenha autonomia para elaborar
esses cenários”, diz. “Com esse passo, temos uma ferramenta que permite
antecipar prováveis impactos sobre nossas áreas de interesse mais direto – a
América do Sul, o Atlântico, o Pacífico.”
Leia mais sobre o relatório do PBMC e o modelo global brasileiro.
Brasil lança o primeiro relatório sobre mudanças climáticas. |
Lançamento do primeiro relatório nacional sobre mudanças climáticas. |
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI)
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