SCD-1 Completa 18 Anos em Operação no Espaço

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada dia (07/02) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o satélite brasileiro SCD-1 completará dia 09/02 18 anos de operação no espaço.

Duda Falcão

SCD-1: Primeiro Satélite Brasileiro
Completa 18 Anos em Operação

07/02/2011

Ao completar 18 anos em órbita, no dia 9 de fevereiro, o SCD-1 terá dado 94.994 voltas ao redor da Terra. Primeiro satélite desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o SCD-1 se mantém operacional e retransmitindo informações para a previsão do tempo e monitoramento das bacias hidrográficas, entre outras aplicações.

O lançamento do SCD-1 pelo foguete americano Pegasus, em 1993, foi o início da operação do Sistema de Coleta de Dados Brasileiro, agora chamado de Sistema Nacional de Dados Ambientais (SINDA). O sistema é baseado em satélites de órbita baixa que retransmitem a um centro de missão as informações ambientais recebidas de um grande número de plataformas de coleta de dados (PCDs) espalhadas pelo Brasil.

Este sistema fornece dados para instituições nacionais governamentais e do setor privado que desenvolvem aplicações e pesquisas em diferentes áreas, como previsão meteorológica e climática, estudo da química da atmosfera, controle da poluição e avaliação do potencial de energias renováveis.

SINDA

O satélite capta os sinais das PCDs instaladas por todo o território nacional e os envia para a estação de recepção e processamento do INPE em Cuiabá (MT). Depois os dados são transmitidos para o INPE Nordeste, o centro regional do Instituto localizado em Natal (RN), onde são processados e distribuídos aos usuários a partir do endereço http://sinda.crn2.inpe.br

Atualmente, o sistema é composto pelos satélites SCD-1 e SCD-2, este lançado em 1998. A modernização e revitalização do sistema SCD é uma das prioridades de desenvolvimento e atuação do INPE, principalmente para atender à demanda de alerta de desastres naturais.


Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Comentário: Pois é leitor, realmente o funcionamento até hoje desse satélite no espaço demonstra claramente a grande qualificação dos profissionais que estiveram envolvidos na época com o seu projeto e também com o projeto do SCD-2. No entanto, também demonstra a total irresponsabilidade do governo para com o PEB. Vale lembrar que o período de vida previsto para esse satélite de baixo custo à época de seu lançamento era de um ano. Já o do SCD-2 era de dois anos e como a nota do INPE fala, o SCD-1 completará dia 09/02 18 anos no espaço e o SCD-2 completará 13 anos no espaço. Ou seja, já deveriam ter sido substituídos e felizmente ainda funcionam, mas podem parar a qualquer momento. Se isso acontecer, entra em colapso o Sistema Nacional de Dados Ambientais (SINDA). E ainda tem gente que defende a nossa desorientada agência espacial. Fazer o que? Minha avó costumava dizer com a sua simples sabedoria interiorana: “Meu neto, o maior cego é aquele que não quer enxergar”.

Comentários

  1. É uma surpresa para mim este satélite ainda a funcionar! Particularmente, gosto de equipamentos de longo uso, apesar de hoje sua tecnologia estar um tanto defasada...

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  2. Pois é Antônio,

    No entanto funciona perfeitamente. O problema é que pode parar a qualque momento.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  3. E eles quase não foram pro espaço, já que a ideia inicial eram leva-los com os lançamentos do VLS. Todos três perdidos...ouve uma briga entre CTA e o INPE, para o lançamento. O INPE ganhou o direito de lança-los pelos lançadores Phoenix americanos.

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  4. Bem lembrado Ricardo!

    Se não fosse isso, nem eles teríamos no espaço.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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