Vazamento de Informações: O Que é? Como Prevenir?
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante artigo publicado na edição de fevereiro de 2011 do jornal “NOTAER” da Força Aérea Brasileira (FAB) destacando como prevenir o vazamento de informações e a proteção do conhecimento gerado no Comando da Aeronáutica (COMAER).
Duda Falcão
Pensando Inteligência
Vazamento de informações:
O Que é? Como Prevenir?
Centro de Inteligência da Aeronáutica
A história mostra bons exemplos dos cuidados que as instituições têm que adotar para a proteção do conhecimento, quase sempre de inestimável valor comercial ou estratégico. Forças Armadas modernas e combativas não terão êxito em suas missões sem essa proteção.
Vivemos na sociedade da informação e o COMAER, como qualquer outra organização, detém uma infinidade de conhecimentos (elaborados a partir de dados, informações, pesquisas, desenvolvimentos, experiências, etc.) e o conhecimento, hoje em dia, é, cada vez mais, a chave do sucesso de qualquer empreendimento, seja ele civil ou militar.
No mundo inteiro, organizações combatem o vazamento de conhecimentos sensíveis de que são detentoras, investindo em medidas de proteção do conhecimento.
O vazamento de conhecimentos é quando ocorre uma divulgação não autorizada desse conhecimento para pessoas ou organizações que não deveriam tê-lo. Isso ocorre, em geral, por meio de furtos internos, acesso de pessoas não credenciadas às áreas restritas, circulação de visitantes desacompanhados e sem controle constante em organizações sensíveis, entrada e utilização de equipamentos fotográficos, de filmagem e de outros meios eletrônicos sem prévia autorização, falta de compartimentação do conhecimento, da documentação sigilosa e de ações irregulares por parte do efetivo face ao desconhecimento dos procedimentos e protocolos de segurança.
Podemos minimizar os prejuízos decorrentes dos vazamentos de conhecimentos sensíveis por meio de ações simples, porém eficientes, tais como: não conversar assuntos sigilosos ao telefone - principalmente ao celular; não comentar assuntos do trabalho em locais públicos, pois nunca se sabe quem está escutando; não utilizar meios vulneráveis (telefone/ fax, celular, e-mail) para trâmite de assuntos sigilosos; separar e triturar todo o lixo classificado; utilizar, diariamente, as fragmentadoras de papel; destruir as mídias (CD, DVD, HD, pen-drives) inservíveis; controlar a reprodução (em copiadoras, scanners etc.) de documentos sigilosos; credenciar, controlar e restringir o acesso de pessoal às áreas sensíveis; controlar e acompanhar o uso de máquinas fotográficas, filmadoras e demais meios eletrônicos nas OM do COMAER e cumprir rigorosamente o RSAS para os trâmites de expedição e recebimento de documentação sigilosa.
Por mais sofisticados, caros e bem montados que sejam os sistemas de proteção do conhecimento eles serão vulneráveis sem o comprometi mento dos componentes do COMAER.
O elo mais fraco de um sistema é, em geral, o ser humano por trás dele. Dessa forma, o nível de conhecimento e comprometimento do nosso pessoal definirá a eficiência das medidas de contra-inteligência implementadas nas nossas OM.
Fonte: Jornal “NOTAER” da FAB - Fevereiro de 2011
Comentário: Veja você leitor a preocupação atual do COMAER com a segurança. Segurança essa que após o acidente do VLS-1 em Alcântara foi intensificada não só neste centro de lançamento como no CLBI e em todas as instalações do Comando da Aeronáutica. Vale lembrar que desde este acidente corre nos bastidores (sem confirmação oficial e não poderia ser diferente) a suspeita de ter ocorrido sabotagem neste acidente. Entretanto, ocorrido ou não sabotagem, o “Programa Espacial Brasileiro” não é bem visto por vários países e sendo assim, todo cuidado é pouco, o que faz com que essa atual preocupação com a segurança do COMAER seja absolutamente necessária.
Lendo a ultima Info exame (aquela daquele artigo de Ubatuba, que enviei), existe uma materia legal sobre a Guerra Mundial Cibernética que já está acontecendo. O que antes era coisa de nerds e hackers querendo ganhar dinheiro ilegalmente ou destruir sistemas só pelo prazer de se autopromover, virou uma guerra entre nações. EUA, Europa, China e outras nações mais desenvolvidas, criaram centros de investigação para ataques via internet a outras nações. Entre os exemplos da guerra cibernética : suspeita-se que o departamento de Defesa americano, planejou um virus de computador, que conseguiu ser infiltrado dentro das centrais atomicas iranianas, fazendo vários computadores das intalações, incluindo as temidas centrifugas que produzem o uranio enriquecido, fossem tiradas fora de circulação. A China também já atacou varias vezes, paginas de empresas e de defesa europeias e americanas. Se o negócio virou governamental, o Brasil também precisa se prevenir contra estes ataques de outras nações.
ResponderExcluirPois então Ricardo!
ResponderExcluirEstá é uma das formas que os programas do DCTA podem vir a serem afetados e, portanto o COMAER como também outras instituições do governo que trabalham com o desenvolvimento de ciência e tecnologia precisam se preparar para enfrentar essas ameaças da melhor forma possível.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Segunda a reportagem da INFO, no Brasil, o Exercito criou em fevereiro de 2009, o CENTRO DE COMUNICAÇÕES E GUERRA ELETRÔNICA (CCOMGEX) e em agosto de 2010, o Centro de defesa cibernética do Exercito (CDCiber). Em alguns meses, alguns militares irão para Espanha, ganhar suporte de uma empresa chamada Panda Security.
ResponderExcluirPois é Ricrado!
ResponderExcluirEu já sabia sobre o CCOMGEX e do CDCiber, mais desconhecia a informação de que alguns militares estão de viagem marcada para Espanha no intuito de aprimorar-se nessa área. Muito boa notícia. Falta agora a Marinha, apesar de não acreditar que a mesma tenha ficado parada vendo a banda passar.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)