Espaço no "Radar" da Embraer?
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (17/02) no blog “Panorama Espacial” do jornalista André Mikeski, onde o mesmo faz um interessante questionamento sobre o crescente interesse da EMBRAER no setor espacial.
Duda Falcão
Espaço no "Radar" da Embraer?
André M. Mileski
17/02/2011
Desde o final de 2010, circulam comentários nos bastidores sobre o crescente interesse da Embraer pelo setor espacial. A empresa tem buscado entender sua dinâmica, conhecer projetos e perspectivas, e tem também analisado algumas oportunidades que lhe foram apresentadas. Visitas a ou de empresas nacionais e mesmo estrangeiras visando parcerias já ocorreram e continuar a acontecer.
Todo esse processo tem sido liderado pela Embraer Defesa e Segurança, unidade da fabricante aeronáutica cuja criação foi anunciada em 10 de dezembro de 2010, com o objetivo de atender as necessidades em defesa tanto do Brasil como para o mercado de exportação. Em press release divulgado à época, a companhia brasileira anunciou que seu interesse em defesa não se restringia apenas a aeronaves e sistemas embarcados, "mas também em soluções integradas para outras aplicações, inclusive para os segmentos de Comunicação, Computação, Comando, Controle e Inteligência (C4I) e de treinamento."
O curioso é que a empresa tem olhado oportunidades não apenas envolvendo satélites e redes de comunicações (algo relativamente lógico se considerarmos a intenção da Embraer em se envolver com projetos de redes de monitoramento, como o Sisfron), mas também em outros segmentos espaciais, alguns até surpreendentes.
A propósito, sobre a nova unidade da Embraer e suas áreas de interesse, recomendamos a leitura do artigo "Defesa e segurança, objetivos ampliados", de autoria de Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, publicado na "Folha de S. Paulo" em 17 de fevereiro de 2011.
Aguiar, apesar de se referir aos setores de defesa e segurança e não citar diretamente o ramo espacial, menciona três grupos tomados por paradigma: Boeing (EUA), e EADS (França, Alemanha, Espanha) e Finmeccanica (Itália). Os três grupos têm significativa atuação na área espacial.
Fonte: Blog “Panorama Espacial“ - André Mileski
Comentário: Se o companheiro Mileski estiver correto quanto a esse novo interesse da EMBRAER no setor espacial, isso poderá mudar a cara o PEB em poucos anos. Porém, não acreditamos que a EMBRAER entre nesse mercado sem uma garantia do governo de que o mesmo passará a tratá-lo como prioridade. Sem essa garantia dificilmente a EMBRAER entrará nesse setor, já que aventura, irresponsabilidade e falta de competência são coisas exclusivas do setor público, não no setor privado. Com essa garantia a EMBRAER poderia atuar como “main contractor” em diversas áreas do PEB como a de satélites e principalmente a de veículos lançadores, peça fundamental para alcançarmos nossa auto-suficiência espacial.
O que digo não é nenhuma novidade: na minha opinião, a Embraer entrar (se ela, de fato, o decidir) nesse segmento era só uma questão de tempo, um processo natural.
ResponderExcluirOlá Antônio!
ResponderExcluirConcordo contigo que a participação da EMBRAER é um processo natural, e já deveria ter acontecido ha muito tempo. Só não ocorreu ainda devido a falta de seriedade do governo para com o programa. Afinal, programas espaciais em qualquer parte do mundo, depende de encomendas de seus governos, para que assim se tornem viáveis para o setor privado, e é justamente por isso que até hoje a EMBRAER não entrou no setor.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Um processo natural, que pra EMBRAER, uma empresa de qualidade e privada, requer também que eles tenham LUCROS. Para isto, eles não entrariam para participar como pequeno, mas sim como um grande player.
ResponderExcluirNão resta qualquer dúvida quanto a isso Ricardo. Você está corretíssimo.
ResponderExcluirAbs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)