Carlos Ganem Discute Recursos Humanos no Senado

Olá leitor!

Como o blog já havia anunciado ontem o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, participou dia 31/05 de um painel com os setores aeronáutico e naval promovido pela Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) do Senado. Abaixo segue uma notícia mais completa postada ontem (01/06) no site da AEB sobre este assunto.

Duda Falcão

Carlos Ganem Participa de Debate Dobre Recursos Humanos no Senado

CCS/AEB

01-06-2010

O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, participou nesta segunda-feira (31), do painel da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) com tema “Desafios, necessidades e perspectivas da formação e capacitação de recursos humanos nas áreas de transportes aéreos e aquáticos”.

O debate integra o ciclo de discussões Agenda Desafio 2009-2015 - Recursos Humanos para Inovação e Competitividade, que vem sendo promovido pela comissão. Ganem falou das dificuldades que o Programa Espacial Brasileiro enfrentou nos últimos anos, principalmente no que se refere à falta de recursos humanos.

Segundo Carlos Ganem, entre os principais gargalos do programa espacial estão a falta de recursos humanos e o não domínio das tecnologias críticas. Atualmente, há cerca de 3 mil especialistas na área no Brasil. No entanto, o envelhecimento e a evasão deste quadro, a falta de reposição e novas contratações e as poucas ações de capacitação e treinamento para atividade espacial são preocupantes. “O déficit de especialistas na atividade espacial, no Brasil, é de cerca de 2 mil especialistas”, afirmou Ganem.

O presidente citou algumas ações que a AEB tomou, nos últimos anos, para modificar esse quadro. Uma delas, é o edital, lançado juntamente com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em maio deste ano, com o intuito de apoiar projetos voltados à fixação, formação e capacitação de especialistas para o setor espacial. No total serão destinados recursos da ordem de R$ 13 milhões, com desembolso de R$ 6 milhões este ano e R$ 7 milhões em 2011.

Participaram, ainda, do debate o diretor financeiro e administrativo da Infraero, Mauro Lima, o diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), tenente-brigadeiro Ramon Borges Cardoso; o vice-presidente executivo de Organização e Recursos Humanos da Embraer, Hermann Ponte e Silva e o vice-chefe do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Coordenação de Programas de Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Luiz Felipe Assis

Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: O engraçado nisto tudo leitor é que apesar do governo e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), representado pelo ministro Sergio Rezende, não terem como negar o pouco interesse no PEB durante o governo LULA, com exceção da privilegiada Alcântara Cyclone Space, o mesmo utiliza imagens espaciais em seus vídeos de promoção e vendem a imagem do PEB para a sociedade como se o mesmo fosse um programa estratégico. Não se precisa muito para se chegar à conclusão da propaganda barata e da conversa fiada empregada pelo governo. Basta se perguntar cadê o VLS? Cadê o satélite meteorológico tão necessário para o país? Cadê o SGB? Cadê as mudanças estruturais que o programa necessita? E o repertório de perguntas se estende suficientemente para encher uma página de jornal. A realidade leitor é que apesar do presidente LULA ter quadriplicado o orçamento de brinquedo do PEB durante o seu governo em momento algum foi tomada a decisão de realizar com seriedade um programa espacial que trouxesse benefícios a sociedade brasileira. E para piorar o quadro, este mesmo governo apoiou um projeto mal engenhado e irresponsável que poderá levar o país a um prejuízo enorme nos próximos anos, projeto este comandado por um político inexpressível que até o momento torrou deus sabe quanto nesta mal engenhada Alcântara Cyclone Space. Já o senhor Carlos Ganem, parece ter boas intenções e luta desesperadamente para mudar esta situação junto a um grupo de pessoas onde está claro que suas opiniões têm pouco peso. Vale lembrar leitor que nos bastidores da política brasileira adota-se o sistema do toma-la-da-cá e a verdade é que a AEB e o senhor Carlos Ganem tem pouco ou nada a oferecer. Enquanto esta situação perdurar o PEB ficará refém dessa política de interesses reinante, sobrevivendo como pode e comprometendo seriamente o futuro da sociedade brasileira. Se serve de consolo, o PEB não é o único programa que passa por esta situação, ou seja, estamos ferrados.

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