Em 2019, Satélite Brasil-China Vai Monitorar Desmatamentos

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria postada hoje (30/08) no site da revista “Época Negócios” tendo como destaque os 30 anos da Cooperação Espacial Sino-Brasileira.

Duda Falcão

Negócios

Em 2019, Satélite Brasil-China
Vai Monitorar Desmatamentos

Cooperação espacial sino-brasileira completou 30 anos

Por Agência Brasil
30/08/2018 - 10h46
Atualizada às 10h47

(Foto: Reprodução/Facebook)

O governo chinês e autoridades do setor aeroespacial brasileiro celebraram na Embaixada da China, em Brasília, o 30º Aniversário da cooperação entre os dois países na área de satélites. A parceria, conhecida como Programa CBERS (sigla em inglês para Programa Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), permitiu a produção de cinco satélites sino-brasileiros de recursos terrestres. O sexto equipamento de sensoriamento remoto, o Cbers-4A, está previsto para ser lançado no ano que vem em Taiyuan, no país asiático.

Coordenado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e pela Administração Nacional Espacial da China, o programa permitiu o desenvolvimento de um sistema completo de sensoriamento remoto (espacial e terrestre) para fornecimento de imagens gratuitas a ambos os países e a mais de 20 nações da América do Sul, do sul da África e do Sudeste Asiático.

O presidente da AEB, José Raimundo Braga Coelho, destacou a iniciativa pioneira de cooperação em alta tecnologia entre dois países emergentes. “Todo esforço que se faz para ampliar conhecimento em áreas estratégicas como a espacial é válido. Tínhamos a necessidade de desenvolver satélites de observação da Terra. E tivemos essa oportunidade incrível de sermos convidados pelos chineses para participar de um esforço coletivo”, disse.

“Escolhemos um objeto de mútuo interesse e desenvolvemos em conjunto [o programa CBERS]”, afirmou José Raimundo.

O embaixador chinês Li Jinzhang ressaltou que os 30 anos da parceria na área espacial é “modelo exemplar da cooperação Sul-Sul”. Segundo ele, “o desenvolvimento conjunto de inovação tecnológica traz benefícios mútuos”. Para o embaixador chinês, o CBERS reforça a parceria estratégica global entre China e Brasil.

Satélites

O sexto satélite está em fase de testes e é desenvolvido em conjunto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a China Academy of Space Technology (CAST). O CBERS-4A garantirá a continuidade do fornecimento de imagens para monitorar o meio ambiente por meio da verificação de desmatamentos e de desastres naturais, da expansão da agricultura e das cidades, entre outras aplicações. O custo deste equipamento é de cerca de R$ 120 milhões para cada país.

Foram lançados com sucesso o CBERS-1 (1999), CBERS-2 (2003) e CBERS-2B (2007). O CBERS-3 teve uma falha ocorrida no lançamento em dezembro de 2013. O CBERS-4 foi lançado em dezembro de 2014 e continua em operação.

Cooperação

Um dos pontos mais importantes do programa CBERS é a distribuição das imagens geradas pelos satélites, cobrindo as áreas ambiental e agrícola, e beneficiando não somente os estudantes universitários, mas toda a comunidade acadêmica. A distribuição das imagens é gratuita e, hoje, mais de 20 mil instituições brasileiras já receberam o material.

A cooperação entre Brasil e China é apenas uma parte do ambicioso programa espacial que vem sendo executado pela China. Nos próximos 20 anos, a China pretende enviar um homem à lua e uma sonda a Marte. Esta sonda, segundo o plano espacial chinês, deve retornar à Terra com amostra do solo de Marte para pesquisas.


Fonte: Site da revista Época Negócios - 30/08/2018

Comentário: Pois é leitor, na verdade tem muita gente da "Comunidade Espacial  Brasileira" que não acha mais esta parceria Sino-Brasileira como válida e benéfica para o Brasil, já que para esses profissionais os satélites produzidos no âmbito desta parceria já nascem defasados tecnologicamente (são considerados trambolhos tecnológicos), até mesmo para os chineses que só os mantém por questões politicas e para auxiliar na formação de seus novos profissionais. Na visão desses profissionais, com o dinheiro empregado nesses satélites do Programa CBERS, poderíamos está investindo no desenvolvimento de novas tecnologias a serem empegadas em satélites menores, mais baratos e tecnologicamente muito mais avançados. Enfim... Aproveitamos para agradecer a nossa leitora Mariana Amorim Fraga pelo envio deste matéria.

Comentários

  1. Se é assim, a comunidade científica brasileira não deveria trabalhar para renegociar o acordo com a China em função da produção das tais novas e revolucionárias tecnologias,ao invés de, simplesmente, falar em por fim a um acordo que já foi tão produtivo?

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    1. Olá Unknown!

      Por um lado sim, mas será que os chineses iriam querer? Não creio, só se houvesse algum diferencial para eles.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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